sexta-feira, outubro 04, 2013

Rússia acusa tropas sauditas de ataque químico na Síria,




O ataque químico nos arredores de Damasco, na Guta Oriental, a 21 de agosto, que matou centenas de pessoas, foi realizado como provocação para desestabilizar a situação por um grupo especial enviado pela Arábia Saudita, informa a Interfax citando fontes diplomáticas russas.
“Com base em dados obtidos de várias fontes, pode-se concluir que a provocação criminosa em Guta Oriental foi realizada por um grupo especial enviado pelos sauditas a partir do território da Jordânia e que agiram sob a proteção do grupo “Liba al-Islam”, precisou a fonte da agência russa.
Outra fonte citada pela Interfax declarou que “visto que o próprio ataque químico e a sua discussão revoltaram a opinião pública, os sírios dos mais diferentes quadrantes políticos, incluindo os guerrilheiros da oposição, tentam ativamente levar todas as informações a esse propósito aos diplomatas e funcionários de estruturas internacionais que operam na Síria”.
Hoje, o Presidente sírio Bashar Assad acusou, numa entrevista ao canal turco Halk, “grupos terroristas” dos ataques químicos, sublinhando que não é do interesse dele o seu emprego e que ele nunca deu ordem para o emprego de armas químicas.

P.S. E se as acusações russas se provarem, quem e como irá sancionar a Arábia Saudita? Ou será isto um aviso de Moscovo aos sauditas para que deixem de apoiar a guerrilha islâmica no Cáucaso do Norte?

1 comentário:

Pippo disse...

"E se as acusações russas se provarem, quem e como irá sancionar a Arábia Saudita? Ou será isto um aviso de Moscovo aos sauditas para que deixem de apoiar a guerrilha islâmica no Cáucaso do Norte?"

1 - Se de facto se provar que os autores do ataque foram sauditas, não só o governo de Riade negará tudo até ao fim como, mesmo que se prove o seu envolvimento, nada, repito, nada, acontecerá, salvo, obviamente, um enorme embaraço diplomático. É que valore$ mais alto$ se levantam...
2 - Não sei que tipo de efeito poderia ter um "aviso" sem provas agregadas. O dinheiro e os fanáticos continuarão a chegar às guerrilhas islamitas do Cáucaso, sendo os únicos entraves, ou uma perturbação financeira (provocar um quebra bolsista num grande banco saudita, por exemplo), ou uma perturbação económica, por exemplo, um "acidente" numa refinaria da Saudi Aramco.