Enquanto
a guerra verbal entre a União Europeia e a Rússia em torno da
Ucrânia aumenta de tom, os dirigentes ucranianos põem os pés pelas
mãos e as mãos pelos pés para explicar a sua decisão de não
assinar o Acordo de Parceria com a UE.
Nikolai
(Mykola) Azarov, primeiro-ministro ucraniano, veio dizer que a Rússia
“aconselhou” a Ucrânia a suspender a celebração do acordo com
a UE e a negociar o melhoramento das relações comerciais
russo-ucranianas, frisando que Moscovo prometeu rever o preço do gás
russo vendido à Ucrânia se esta renunciasse ao citado acordo.
A
Gazprom veio desmentir essas palavras e Azarov diz agora que hoje
“não existe acordo claro se o contrato do gás vai ser alterado ou
não”. Porém, para não ficar mal na fotografia, promete o início
de conversações com a Rússia em Dezembro para “restabelecer as
relações económicas e comerciais” com Moscovo.
E
para “agradar a gregos e troianos”, Azarov repetiu a ideia de
Victor Ianukovitch, Presidente da Ucrânia, que pretende, na Cimeira
de Vilnius, o início de um processo de conversações entre UE,
Rússia e Ucrânia sobre a assinatura do Acordo de Parceria entre
Kiev e Bruxelas, que poderá acontecer na primavera de 2014, na
próxima cimeira euro-ucraniana. Deste modo, as autoridades tentam
descartar-se de responsabilidades.
A
oposição ucraniana aproveitou esta oportunidade para exigir a
demissão de Ianukovitch, tento trazido para as ruas de Kiev, no
passado Domingo, mais de cem mil pessoas. Iúlia Timochenko,
antiga-primeira-ministra, que se encontra na prisão, anunciou uma
greve de fome por tempo indeterminado com vista a apoiar a “opção
europeia” do seu país.
O MNE da Rússia acusa a UE de exercer pressão sobre Kiev a propósito da integração na UE, incitando a oposição ucraniana a protestos e ações ilícitas contra o poder legítimo.
“Foi
avançada a sugestão de que a UE e a Rússia estudassem este tema em
conjunto, mas Bruxelas apenas aumenta a pressão sobre a liderança
ucraniana, procurando a todo custo obter a assinatura do acordo de
parceria”, considera Moscovo.
Volta
novamente a pairar o fantasma da desintegração no maior país da
Europa depois da Rússia.
Esta luta que divide a Ucrânia desde há
muito tempo, pode conduzir mesmo à fragmentação do país, pois o
número de pessoas que apoiam a aproximação de Kiev a Bruxelas é,
segundo as sondagens, praticamente igual ao dos que estão contra. Um
estudo do Centro de Sociologia de Kiev revela que 39% dos ucranianos
são pela aproximação à UE e 37% pela aproximação a Moscovo.
5 comentários:
Confesso que há muito tempo que penso que a melhor solução para a situação da Ucrânia, era se ela pudesse ser dividida em dois.
Tal como está hoje, vai estar sempre em "stress" político. Uma força política puxa para a Rússia, outra força puxa para a UE.
A UE não pode comportar a Ucrânia tal como ela está, a Rússia não quer ouvir falar em NATO,num país como a Ucrânia.
Com o país dividido em dois, seria mais fácil para todos os lados. A UE teria uma metade de uma Ucrânia para injectar dinheiro, a Rússia teria a garantia que a NATO não se aproximaria demais e poderia investir na industria ucraniana.
Tal como está a Ucrânia, politicamente instável, a Rússia não pode investir, porque a cada mudança de mandato temos mudança de política.
E a UE não pode simplesmente "engolir" um país da dimensão da Ucrânia e com os problemas que tem.
A Ucrânia tal como existe hoje, não pode ser ajudada até que se defina ela própria o rumo que quer tomar.
Isto a meu ver, significa que não há solução para o país nos próximos anos.
E tal como está, não sei por quanto tempo mais pode a Ucrânia aguentar.
Escolher entre a Rússia e a UE é como nalguns estados americanos em que o condenado pode escolher entre a injecção letal e o fuzilamento...
PortugueseMan,
Eu há muito já havia pensando nessa solução. A Ucrânia deve ser dividida de acordo com os seus dados demográficos. A parte Ocidental, falante de ucraniano, seria um país. A parte Oriental, falante de russo, seria outro. O rio que corta o país ao meio seria uma espécie de divisor entre os dois países. A Criméia e Odessa que ficaria como um enclave da parte russa.
Idealmente parece-me que seria a melhor solução para a Ucrânia.
Na prática, não me parece possível.
Mas interrogo-me se a questão não deveria ser levantada a todos os ucranianos.
Mas mesmo isto não resolve o problema actual, mais premente, que é o país estar sem dinheiro.
Este tem que ser resolvido muito em breve e a UE não vai resolver este problema.
O FMI, diz que empresta, mas primeiro têm que aumentar o preço da energia.
Confesso que não sei o que irá acontecer ao país se fôr por aí.
Quem pode realmente afrouxar o nó do pescoço ucraniano é a Rússia, mas a Rússia para se envolver em algo tão grande, precisa de garantias que existe uma política externa estável.
Os ucranianos estão completamente tramados, não vislumbro uma solução para os problemas que têm que ser resolvidos já.
Quem apoia a UE, que provavelmente se irá tornar uma entidade política, apoia uma nova ditadura. Uma ditadura na qual os escravos devido ao consumismo e entretenimento terão amor à escravidão. Uma ditadura na qual um pequeno grupo de banqueiros e intelectuais dirigem o mundo nas sombras de líderes políticos, moldarão a história como querem, criarão eventos de dimensões destrutivas com a finalidade de provocar histeria nos Europeus e aí eles intervirão com leis totalitárias, que são suportadas pelo pretexto de nos proteger dos inimigos, e aos poucos vão remover as liberdades individuais do cidadão aí passaremos sem nos aperceber a uma sociedade totalmente colectivista e alienada. WAKE UP EUROPE. KARL MARX NO MANIFESTO COMUNISTA É A FAVOR DOS BANCOS CENTRAIS, PARA QUEM É QUE ESSE INTELECTUAL, QUE FEZ TANTO MAL À HUMANIDADE, TRABALHAVA? PESQUISEM E ESTUDEM: ROCKEFELLER's, MORGAN's, ROTSCHILD's, GEORGE SOROS, GOLDMAN SACHS, ADMIRÁVEL MUNDO NOVO... procurem a verdade e a verdade libertar-vos-á.
Enviar um comentário