terça-feira, dezembro 11, 2007

Opus Dei abre representação em Moscovo


A organização católica Opus Dei abriu a sua primeira representação oficial na capital russa, num apartamento particular, informa a agência noticiosa russa ITAR-TASS.
“A decisão de abrir uma representação em Moscovo foi tomada pelo chefe da Opus Dei, o arcebispo Javier Echevarria, e com a bênção do Papa de Roma” – declarou o sacerdote José António Senovilla, dirigente da representação na Rússia dessa organização católica.
“Para nós, a Rússia é um país muito atraente, não só porque é o maior do mundo, mas também pode influir em todo o mundo, e nomeadamente ajudar o Ocidente no sentido espiritual. Nós viemos para aqui aprender” – declarou o sacerdote católico.
José António Senovilla revelou que as mulheres reúnem-se em Moscovo num apartamento separado, onde as aulas são dirigidas por activistas de países da Europa e América Latina.
“Não tencionamos realizar na Rússia propaganda activa. Esse não é o nosso método. Trabalhamos com cada pessoa individualmente” – acrescentou.
A Opus Dei foi fundada em Espanha em 1928 e não goza na Rússia de boa reputação. Tal como em outros países, essa organização é vista como uma “loja maçónica”, “seita”, “espionagem do Vaticano”, escreve o sítio newsru.com.
Senovilla refuta semelhantes acusações, “sublinhando que “a missão da Opus Dei é ajudar os cristãos a tomar consciência da sua vocação, estejam onde estiverem: em casa ou no emprego”.
A Rússia era o último país da Europa onde não havia representação desta organização, embora tenha começado as actividades neste país em 1990. Nos últimos anos, abriu representações nos países do Báltico e no Cazaquistão.
A Igreja Ortodoxa Russa não vê no aparecimento da Opus Dei na Rússia “nada de extraordinário”.
“Desde o início dos anos noventa que na capital russa trabalham representantes de numerosas ordens monásticas e movimentos laicos católicos” – declarou o sacerdote Igor Vijanov, secretário do Departamento de Relações Internacionais da Igreja Ortodoxa Russa.
“O principal é que essas organizações realizem trabalho espiritual com os crentes da Igreja Católica, mas não tentem alargar a sua prática entre os ortodoxos” – concluiu.

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