sexta-feira, agosto 31, 2012

Crimes de estalinismo: Dniproges



Texto traduzido e enviado pelo leitor Jest: 

"No dia 18 de agosto de 1941, o 157° regimento de guarda do NKVD e o tenente-coronel Boris Epov, receberam a ordem secreta do Estaline de explodir a maior hidroelétrica soviética – DniproHES.

O orgulho da industrialização soviética, DniproHES era uma cópia das hidroelétricas americanas, desenhada pela Freyn Engineering Company de Chicago. As suas turbinas hidráulicas foram fabricadas pela norte-americana Newport News Shipbuilding and Drydock Company. Em 1932, DniproHES era a maior e mais poderosa hidroelétrica europeia, produzindo cerca de 50% de toda a eletricidade usada nas indústrias da parte europeia da URSS. A hidroelétrica também elevou o nível do rio Dnipro em cerca de 37 metros.

Na noite de 17 para 18 de agosto de 1941, o exército alemão rompeu as defesas do Exército vermelho e a cidade de Zaporizhia estava condenada. A 274ª divisão de infantaria, completada pelos soldados inexperientes, empurrada pelos alemães, começou a sua retirada.

No dia 18 de agosto na represa da hidroelétrica foram colocados 20 toneladas de trotil, tapado com sacos de arreia para direcionar a força da explosão contra a crista da DniproHES. Os sapadores eram comandados pelo técnico principal do laboratório de minas e explosivos, engenheiro militar e tenente-coronel (segundo outras fontes, coronel), Boris Epov (Epin?), o mesmo que em 1931 comandou a destruição da Igreja do Cristo Redentor em Moscovo.

Segundo diversas fontes, a explosão que ocorreu entre 20h00 à 20h30, causou um rombo entre 100 e 165 metros na represa da hidroelétrica, através do qual uma onda gigantesca de mais de 30 metros de altura avançou, causando a destruição total à sua passagem.

Nem a população local, nem as unidades do Exército vermelho foram avisados de antemão. As aldeias inteiras, animais, colunas de refugiados, unidades militares, hospitais de campanha, não tiveram o tempo de se salvar e foram aniquilados momentaneamente. A onda gigantesca destruiu equipamentos militares e armazéns de alimentos e munições, afundou diversas embarcações da frota militar de Zaporizhia, juntamente com as suas tripulações. Foram atingidas as unidades da Frente Sul (2° Corpo da cavalaria, 9° e 18° Exércitos), que em combate se retiravam em direção ao Kherson. Uma parte dos militares se afogou, outros foram capturados pelos alemães, não conseguindo passar para a margem esquerda do rio Dnipro. A quantidade total das vítimas nunca foi contabilizada. As estimativas mais conservadoras apontam a morte de cerca de 80.000 civis e 20.000 militares soviéticos [1].

As perdas dos alemães foram avaliadas pelo comandante do 3° Corpo de blindados, coronel, mais tarde general, Hasso-Eccard von Manteuffel em cerca de 1500 homens. Os números semelhantes foram mencionados pelo general e marechal-de-campo alemão, Ewald von Kleist.

Crime e castigo

A ordem formal foi assinada pelo marechal soviético Semion Budionny. Mas a liderança política e militar da Frente Sul, o chefe do Conselho Militar, general A. Zaporozhets e o chefe do Departamento político, Leonid Brejnev, não foram informados sobre a operação. Em consequência disso, Boris Epov e os seus subordinados diretos foram desarmados e entregues ao SMERSH. Por sua vez, SMERSH também não sabia da operação e durante 10 dias torturou Epov, exigindo confessar a alegada “traição da Pátria”.

Um outro responsável do Departamento político da Frente Sul, Mamonov, enviou um telegrama ao chefe do Departamento Político Geral do Exército, Lev Mekhlis:

“Tenente-coronel Petrovsky … e tenente-coronel Epin (provavelmente Epov) … não informando o Conselho Militar da Frente, explodiram a represa e a ponte (a crista da represa funcionava e funciona com a ponte sobre o rio Dnipro) … os responsáveis foram detidos e entregues ao juízo do Tribunal militar”.

Apenas no dia 20 de setembro, após pôr Epov “em ordem” (colocação da maquilhagem para dissimular as torturas), ele foi enviado a Moscovo, onde no ano seguinte foi condecorado com Prémio Estaline de 1942-43 [2].

Quarenta e seis dias após a explosão, quando os alemães tomaram a cidade de Zaporizhia, a parte danificada de represa foi parcialmente reconstruída e no verão de 1942 a hidroelétrica renovou o seu funcionamento. Em 1943, deixando a cidade, os alemães novamente explodiram o que restava da DniproHES.     

Bibliografia


Blogueiro

Cerca de 100.000 cidadãos soviéticos foram sacrificados para atingir 1500 alemães. Este era o preço terrível que os cidadãos da URSS tiveram de pagar pelo mito estalinista de “vencer o inimigo à custa do pouco sangue no seu próprio território”. Após o fim da II G.M., durante o julgamento de Nuremberga, a URSS apresentou a caso de destruição de DniproHES como um dos crimes nazis. E Alemanha teve que pagar pelo crime comunista.
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FIM"

9 comentários:

agilityz disse...
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agilityz disse...
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agilityz disse...

outra coisa interresante e a falta da de dados como como a distancia das aldeias ea represa e como as ondas se formaram ate la. e como uma coluna tao fina mato tanta gente assim e claro qual era o tamanho normal do rio ja que estava. a pergunta eessa ea foto? voce tem alguma foto da represa antes da explosao?

Pippo disse...

O artigo é um pouco absurdo pois não leva em conta a extrema desorganização existente no RKKA (e na URSS em geral) quem em muito afectou as operações até fins de 1942. As deficiências na cadeia de comando, aliada à má preparação das tropas e dos oficiais em geral e à existência de ordens absurdas por parte da STAVKA (como à que conduziu à criação da Bolsa na zona de Kiev, por exemplo).

Esta questão da desorganização já foi abordada num artigo em 5 partes que eu publiquei neste blog, o qual eu recomendo a leitura...

Anónimo disse...

DUVIDO MUITO. MUITO MESMO.

as minhas perguntas sao:

1) onde tava o suposto aumento de 37 vezes? obvio que era só na testa onde foi feito o riombo pq se fosse por todo o rio. ela vaziria pelos lados logo so havia um pouco de agua acumulada e que vazou apos a explosão
2) pq essa falta tao grande de precisao? sabe a altura de um buraco de 100 metros? e mais de 3 predios de 3 andares intao a pressao deve te saido loggo no inicio

Anónimo disse...

Só creio nesta história se houver relatos verídicos, com um mapa dando explicações detalhadas, pois como seria possível tal onda de 37 metros andar por tal distância a ponto de devastar tantas aldeias? E o possível planeamento, em plena guerra?


J.Ribeiro

Anónimo disse...

O celebre caçador de nazis Simon Wiesenthal, natural de Lvov, que perdeu toda a familia durante a guerra, escreveu que em parte nenhuma da Europa existiram mais colaboradores das forças de ocupação Alemãs que na Galicia.

Quem sou eu ou quem somos nós para desmentir tão ilustre figura, que foi galardoado por os principais dirigentes mundiais durante a vida pela contribuição que deu para a localização de muitos criminosos nazis? Por ex: Eichaman, Mengele, Klaus Barbier.....!

Talvez se Wiesenthal ainda vivesse hoje e toma-se conhecimento das manobras disfarçadas que certos simpatizantes do nazismo fazem para encobrir os crimes cometidos, dizia de certeza. Afinal Hitler continua a ter muitos seguidores na malvada Galicia.



Pippo disse...

É muito improvável, para não dizer impossível, que a destruição da barragem tivesse provocado o número de baixas avançadas pelo artigo. Tal implicaria uma enorme concentração de gente colocada directamente no trajecto da torrente, o que é inverosímil.

Por comparação, temos os efeitos das destruições das barragens do Ruhr pela aviação britânica, em 1944. Note-se que o Ruhr é uma zona de grande densidade populacional.

“Initial German casualty estimates from the floods when the dams broke were 1,294 killed, which included 749 French, Belgian, Dutch and Ukrainian prisoners of war and labourers. Later estimates put the estimated death toll in the Möhne Valley at about 1,600, including people who drowned in the flood wave downstream from the dam.”

http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Chastise#Bomb_damage_assessment

Portanto, numa zona de elevada densidade populacional, ocorreram 1600 mortes; é de crer que numa zona de muito menor densidade populacional, na URSS, tivessem ocorrido 100.000 mortos?!? Alegações dessas, só com provas inatacáveis, meu caro Dmitro Yatsyuk. :0)

Anónimo disse...

O sr nasceu e foi registado com o nome de Dimitri na Urss. Uns anos mais tarde, para provar a independência do estado falhado da Ucrânia mudou para Dimitro