Eduard Snowden, ex-funcionário da
Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, renunciou à ideia de
pedir asilo na Rússia, anunciou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
“Ele renunciou à
sua intenção e ao pedido para ficar na Rússia”, declarou ele aos jornalistas.
Peskov revelou que
esse passo de Snowden se deveu ao facto de ele não concordar com as exigências
do Presidente russo, Vladimir Putin.
“Realmente Snowden
pediu para ficar na Rússia. Porém, ao saber, ontem, a posição da Rússia,
anunciada pelo Presidente Putin, relativamente às condições para ele, teoricamente,
poder fazer isso, ele renunciou à sua intenção”, precisou Peskov.
O
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu asilo político a Snowden, mas
impôs uma condição: ele deve pôr fim à sua atividade que visa prejudicar aos
nossos parceiros americanos, por muito estranho que isso possa parecer da minha
boca”.
O
porta-voz do Kremlin excluiu a possibilidade de extradição de Snowden para os
Estados Unidos por neste país existir pena de morte.
“A
entrega de Snowden para um país como os Estados Unidos, onde se emprega a pena
de morte, é impossível”, frisou Peskov.
“A
Rússia nunca extraditou ninguém, nem extradita e nem irá extraditar. Tiveram
lugar trocas, mas não extradições”, precisou.
Eduard Snowden
encontra-se na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo de Moscovo desde
domingo passado, esperando que algum país o receba.
O Presidente da Venezuela,
Nicolas Maduro, declarou hoje que não tenciona levar consigo o ex-agente da CIA
Eduard Snowden e que este não pediu asilo político nesse país.
“Por enquanto, ele não pediu
asilo político na Venezuela”, disse Maduro aos jornalistas.
O dirigente venezuelano
encontra-se em Moscovo para participar numa cimeira de presidentes do Fórum de
Países Exportadores de Gás Natural.
Quando lhe perguntaram se
tenciona levar consigo Snowden para a Venezuela, Maduro respondeu com um
sorriso: “Levaremos numerosos acordos respeitantes a investimentos no campo do
gás”.
Porém, frisou que o ex-agente
deve ser defendido pelo direito internacional e humanitário.
“Ele não matou ninguém, não
colocou bombas. O que ele fez: disse uma grande verdade para impedir a guerra.
Snowden merece a defesa do direito internacional e humanitário”, concluiu.
Países
como a Finlândia e a Polónia já vieram dizer que não irão conceder asilo
político a Snowden, mas por razões diferentes. Varsóvia diz que recebeu o
pedido de asilo, mas já informou que a resposta vai ser negativa.
“Recebi
uma carta que não corresponde aos critérios formais de um pedido de refúgio,
mas mesmo que correspondesse, eu daria uma opinião negativa”, escreveu no
Twitter Radoslav Sikorsky, ministro polaco dos negócios estrangeiros.
Helsínquia
anunciou que o ex-agente da CIA não pode pedir asilo político na Finlândia,
pois não se encontra no seu território.
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