Ontem,
ao fim da tarde, eu escrevia no Facebook que, nos próximos dias,
algo de muito importante iria acontecer na Ucrânia. Não foi preciso
esperar muito. Iúri Mirochnichenko, representante do Presidente da
Ucrânia no Parlamento, revelou, numa entrevista televisiva, que
Victor Ianukovitch está disposto a ir para eleições presidenciais
antecipadas.
“O
Presidente disse que se “nós, políticos, não soubermos chegar a
um acordo...as eleições antecipadas são o único meio democrático
de resolver a situação”, declarou ele, precisando que se trata
das alterações na Constituição, das eleições do parlamento e do
Presidente.
Segundo
Mirochnichenko, Iakukovitch teria afirmado que jamais recorrerá à
força para resolver o conflito com a oposição, nomeadamente da sua
expulsão do centro de Kiev.
Hoje,
o Parlamento da Ucrânia reúne-se para discutir as alterações à
actual Constituição. A oposição exige o restabelecimento da Lei
Suprema de 2004, que definia a Ucrânia como uma república
parlamentar e previa que o mandato do Presidente terminava em março
de 2014. Para que a proposta seja aprovada, parte dos deputados dos
partidos das Regiões e Comunista, que têm mantido Ianukovitch no
poder, terão de votar ao lado da oposição. Este cenário não é
de todo improvável, pois no Partido das Regiões há deputados
controlados pelos oligarcas que estão descontentes com a política
de Ianukovitch.
Depois
de vários recuos e cedências à oposição, Iankovitch parece ter
decido que o contra-ataque é a melhor forma de chegar à vitória.
Em caso de eleições presidenciais, ele pode recandidatar-se ao
cargo de Presidente e poderá vencer se a oposição não arranjar um
candidato de peso. Segundo alguns analistas, Vitali Klitchko é,
actualmente, o único político da oposição capaz de derrotar
Ianukovitch.
Se
a Ucrânia for para eleições antecipadas, certamente que iremos
assistir a uma nova espiral de confronto entre a Rússia e a União
Europeia em torno da Ucrânia.
Por
isso, a crise ucraniana está muito longe da sua solução. Mas as
eleições presidenciais antecipadas poderão, no mínimo, evitar a
deterioração da situação no país e o resvalamento para uma
guerra civil.
A mais correcta, mais democrática, mais civilizada e melhor maneira de resolver as coisas.
ResponderEliminarTendo o líder ucraniano mudado a sua palavra quanto a tão importante assunto, e sendo a Ucrânia uma Democracia, deveria ter sido esta, até, a única exigência por parte da sua oposição. Não se justificando, em nada, a violência que ocorreu/ocorre no país.
O pior que poderia acontecer, aliás, para quem queira mesmo fazer parte da UE, seria ter de esperar uns poucos anos até que pudesse voltar a decidir sobre esta importante questão.
Ora, porque não fazer simplesmente isto, em vez de partir logo para a violência? Não é esta oposição democrática? Tem ela medo de eleições?
Fernando, a resposta é:
ResponderEliminarNos países daquela zona, não são as eleições que costumam resolver as coisas. Muitas pessoas não acreditam na democraticidade das eleições porque, durante décadas, elas foram falsificadas a contento dos grupos governantes.
Em poucos anos de governo, os filhos do atual presidente da Ucrânia já são as pessoas mais ricas do país. É um regime corrupto!
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ResponderEliminar"Anónimo Cristina Mestre disse...
Fernando, a resposta é:
Nos países daquela zona, não são as eleições que costumam resolver as coisas. Muitas pessoas não acreditam na democraticidade das eleições porque, durante décadas, elas foram falsificadas a contento dos grupos governantes"
Senhora Dona Cristina Mestre onde e quando acha que a vontade popular ( a legitimidade do voto) deve ser respeitada?
Será que não sabe que o presidente da Ucrânia foi legitimamente escrutinado por a maioria dos eleitores num ato vigiado por observadores estrangeiros independentes?
Senhora Dona Cristina Mestre, direcione esse seu ódio ideologico para a direção certa, ou também já incluiu yanukovich no rol dos comunistas?
Cumprimentos desde a terra dos marafados.
Mais precisamente da capital do turismo.