É difícil
imaginar que desgraças ainda maiores terão de acontecer com os
migrantes para que o mundo reaja a este espectáculo macabro apenas
com lamentações.
É difícil
compreender porque é que os ministros do Interior da União Europeia
só se irão reunir em meados de Setembro para decidir que medidas
tomar para solucionar o problema. Mas será que os bombeiros só
combatem os incêndios durante o dia porque à noite têm de tratar
de outros assuntos?
É preciso
tomar medidas radicais, e não paliativas, para travar esta desgraça
que se abate sobre a toda a Europa, pois não há vedação possível
que proteja enclaves, por mais armados que estejam.
Para que as
medidas a tomar sejam eficazes, é indispensável analisar as causas
da doença, neste caso, da vaga de refugiados. Alguns analistas
comparam estas ondas de migrantes às invasões bárbaras contra o
Império Romano, mas talvez se esqueçam de que existe uma diferença
fundamental. No caso presente, os Estados Unidos, a Europa e alguns
regimes árabes têm sérias responsabilidades na oigem deste
processos. Eles contribuíram para a destruição de estruturas
estatais que, não sendo democráticos, garantiam pelo menos alguma
ordem e controlo dos processos migratórios. A experiência
desastrosa do envio de tropas norte-americanas para o Iraque não foi
tida em conta durante a chamada “primavera árabe”, onde, para
alguns, o principal era derrubar Kadhafi, Mubarak, etc., sem pensarem
no que depois poderia vir a acontecer.
Agora,
torna-se urgente contribuir para reconstruir estruturas de poder que
consigam normalizar a situação no terreno, chegar a acordo, sempre
que possível, com as forças políticas actuantes nessas regiões
que queiram contribuir para isso.
Segundo, é
preciso desmantelar e reprimir as redes de traficantes de seres
humanos, começando o seu combate em terra, ainda antes de
conseguirem barcos ao mar com milhares que condenados à morte.
Igualmente é
preciso perceber que, entre os refugiados, há pessoas que fogem às
perseguições religiosas e políticas, mas também há as que fogem
por razões económicas e para terem uma vida mais confortável e
segura. Se se prestar atenção às reportagens televisivas, muitos
dos refugiados apresentam bom aspecto físico, falam muito bem inglês
e tiveram alguns milhares de euros para pagar aos traficantes. Aqui,
temos de ser realistas e fazer uma distinção clara entre essas duas
correntes. Além disso, não se deve perder de vista o facto de com
os refugiados entrarem na Europa radicais islâmicos.
Os
refugiados de guerra podem vir da Síria, Iraque, Sudão, mas entre
os migrantes aparecem pessoas, por exemplo, da Etiópia ou da
Eritreia, onde não se registam conflitos armados.
No caso da
Síria, é urgente que Estados Unidos, União Europeia, Rússia e
países muçulmanos cheguem a um acordo como travar o conflito entre
facções rivais a fim de criar uma frente única contra o Estado
Islâmico. Por enquanto, Moscovo pode não estar preocupado com as
ondas de refugiados, pois estes procuram lugares mais seguros e
prósperos, mas tem presente que a infiltração dos radicais
islâmicos no Cáucaso do Norte lhe poderá trazer fortes problemas.
Por isso, nos últimos dias, se tem falado do aumento da ajuda
militar russa ao regime de Assad, só que essas armas servem para
combater tanto a oposição moderada como os grupos do Estado
Islâmico.
A solução
de todos estes problemas não é fácil e irá ser longa devido aos
interesses geopolíticos presentes, mas é preciso começar por
alguma ponta. Por exemplo, superar o “factor Assad” na Síria e
criar uma frente única de combate ao Estado Islâmico.
Além disso,
a UE, tal como os bombeiros, tem de estar pronta para responder às
crises, mas deve, acima de tudo, preveni-las. E isto só poderá
acontecer quando Bruxelas deixar de ser “um saco de 28 gatos” e
falar a uma só voz, ou seja, continuar o processo de integração.
Caso contrário, iremos continuar a assistir a espectáculos tristes
como a “crise da Ucrânia”, a “crise dos refugiados”, a
“crise da Grécia”, etc.
7 comentários:
http://penaeespada.blogspot.co.uk/2015/09/o-problema-europeu.html
-> A superclasse (alta finança - capital global) pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- implosão das soberanias...
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: estão a ser criadas as condições para uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
{uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse}
.
.
Todos diferentes, todos iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta.
[nota: Inclusive as de 'baixo rendimento demográfico' (reprodutivo)!... Inclusive as economicamente pouco rentáveis!...]
.
Devemos estar preparados para a CONVERSA DO COSTUME dos nazis made-in-USA [nota: estes nazis provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]: «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia…»
.
.
P.S.
Existem 'globalization-lovers' (que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa), e existem 'globalization-lovers' nazis (estes buscam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones).
.
P.S.2.
É preciso dizer não ao nazismo democrático e sim ao separatismo, isto é: é preciso dizer NÃO àqueles que pretendem determinar/negar democraticamente o Direito à Sobrevivência de outros.
.
P.S.3.
http://separatismo--50--50.blogspot.com/
(antes que seja tarde demais
O que a UE está fazendo com essa pobre gente que chega desesperada e faminta é completamente desumano e digno de governos tiranos.Justamente a UE que sempre se colocou como paladina dos direitos humanos. Bem, parece que a máscara caiu. O que pouco se vê é a discussão de quem são realmente os culpados. Mas, isto também é óbvio. Podemos colocar essa situação na conta de quem tirou o Saddam, Kadafi e apoiou a primavera árabe dando passe livre para a ISIL. Vocês que também querem derrubar o Assad serão os culpados, porque se ele cair ISIL tomará conta da Síria e o número de refugiados vai aumentar muito. Parabéns a toda essa gente por seu ótimo trabalho de destruir a vida desses coitados que vivem nesses país.
Exercito de trolls russos:
http://flagelorusso.blogspot.com.br/2015/09/exercito-de-comentaristas-fantasmas.html
http://flagelorusso.blogspot.com.br/2015/09/exercito-de-comentaristas-fantasmas_2.html
Guerra hibrida tb na Siria:
http://ucrania-mozambique.blogspot.com.br/2015/09/a-2-guerra-hibrida-para-que-russia-vai.html
Lamento, mas o húngaro, o checo, o dinamarquês e todos os que querem cumprir as leis da UE, ou seja, identificar e só deixar entrar uns tantos, têm razão, porque estamos a assistir ao regresso do Cavalo de Troia.
Arranjaram forma de não haver controlo nenhum nesta massa de gente, quando há anos se espiam cidadãos identificados 24 horas por dia à conta de terrorismo. As leis foram suspensas, por causa do humanitarismo. Boa jogada, ó ISIS e Al-Qaida! Pois que os troianos também pensaram que o cavalo era bom e lhes traria proteção divina e suspenderam as leis de segurança para o deixar entrar.
Eu sei como vai acabar a UE: como Troia acabou. Os deuses têm humor macabro, porque a maioria dos migrantes entrarão na UE pela Grécia(quem fez o cavalo) e vindos da Turquia (Troia).
Dou 3 a 4 meses para a coisa começar a estourar e os europeus começarem a ser vítimas dos terroristas que agora acarinham. E depois logo veremos o que gritarão os que agora aplaudem o que se passa.
Ande lá, Milhazes, que a opinião contra deve também ser ouvida. Não quer aceitar que isto é mesmo uma invasão encapotada? Por mim, continue a fazer de avestruz, porque a verdade é que anda a UE aflita para distribuir 120 mil, quando se sabe já que estão na Europa mais de 400 mil! e a subir!!!
Vai um refugiadozinho? É preciso é ser solidário e levar uns tantos para casa. Ou é só para fazer figura?
Enviar um comentário