Ele deverá ter já falecido no dia 29 de Agosto, mas a notícia só foi divulgada hoje para não estragar a festa da independência, 1 de Setembro, (Nesse dia, um jornalista leu a mensagem de felicitações de Karimov aos seus súbditos, mas ela deve ter sido obra de outra pessoa que não o Presidente).
Será sepultado amanhã, 3 de Setembro, na cidade natal de Samarcanda. Trata-se de um acontecimento importante porque se trata de um dos maiores países da Ásia Central e vizinha com o Afeganistão. Rússia, China e Estados Unidos seguiam e seguem com atenção a situação nesse país, pois ninguém parece estar interessado na desestabilização da situação no país.
Karimov tinha 79 anos e dirigiu o país com mão de ferro durante 25 anos. Não deixou herdeiro, mas se tudo correr como o previsto, o seu lugar irá ser ocupado por Chavkat Mersieev, actual primeiro-ministro, (na foto) membro do clã do falecido Presidente. É familiar de um dos maiores magnatas russos de oriem uzbeque: Alicher Usmanov.
Não existe oposição legal ao regime, mas apenas grupos de islamitas que, até agora, Karimov soube controlar.
Se a luta pela sucessão se transformar numa luta de lacraus numa lata, as consequências poderão ser funestas para o país e a região em geral. Moscovo está atento e não hesitará em empregar a força militar se vir que aquela região está a fugir ao seu controlo.
A China tem fortes interesses económicos na região, já maiores do que os russos, e também não querem problemas. Além disso, a destabilização no Uzbequistão poder-se-á alargar ao território chinês com numerosa população muçulmana.
Como diz um personagem de um famoso filme soviético: "O Oriente é matéria delicada".
1 comentário:
Já ponto de vista dos americanos: Pimenta no cu dos chinos e dos russos seria um doce refresco. Apesar das suas palavras diplomáticas a aparentemente preocupadas, nao enganam ninguém. O seu doce sonho seria o caos completo na região.
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