
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússsia confirmou a morte de quatro diplomatas russos sequestrados no Iraque.
"Comunicamos com grande dor que, a julgar por tudo, com os funcionários da embaixada russa no Iraque sequestrados ocorreu algo irreparável, não obstante os esforços feitos para os libertar" - lê-se num comunicado publicado pelo MNE da Rússia.
A diplomacia de Moscovo acusa as "forças multinacionais" de não terem garantido a segurança dos diplomatas e exige a captura e o julgamento dos autores deste crime, acrescentando que "independentemente das palavras de ordem e motivos religiosos com que se encobrem os terroristas, estes não são seres humanos, não têm honra e fé".
"O Iraque converteu-se num palco de ataques terroristas que afectam não só os representantes estrangeiros, mas, antes de tudo, os cidadãos iraquianos" - sublinha o MNE da Rússia.
Os quatro diplomatas russos - Fiodor Zaitsev, terceiro secretário da embaixada russa em Bagdad, Rinat Agliulin, Anatoli Smirnov e Oleg Fedosseiev - foram sequestrados no início do mês em Bagdad por um grupo extremista ligado à rede terrorista Al Qaeda, que exigia que, em 48 horas, Moscovo retirasse as suas tropas da Tchetchénia e libertasse todos os prisioneiros muçulmanos das prisões russas.
Moscovo pareceu não levar muito a sério a ameaça, pois nunca apoiou a intervenção americana no Iraque. Além disso, ontem, o Governo iraniano ofereceu ao Kremlin os seus préstimos para a libertação dos reféns, mas sem resultado.
Agora, as autoridades russas prometeram vingar a morte dos quatro diplomatas assassinados no Iraque , mas puseram de parte a possibilidade de emprender uma operação militar."Todas as estruturas do Estado trabalharão para castigar os responsáveis do sequestro e para evitar uma repetição de casos semelhantes" - declarou Anatoli Safónov, enviado especial do Kremlin para a luta contra o terrorismo e o crime internacional.
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