“Nós não podemos renunciar a esse monopólio, mas estamos em condições de garantir o acesso dos produtores mundiais a esse sistema” – declarou o dirigente russo, Vladimir Putin, no Forum Económico Internacional de São Petersburgo.
Putin considera que o sector de transformação dos hidrocarbonetos na Rússia é já bem mais aberto do que nos países da OPEC.
“No sector da extracção do petróleo e do gás não temos limitações estruturais, mas pensamos garantir os interesses nacionais em poços, cujas reservas são equivalentes às reservas de Estados inteiros. E nós tencionamos introduzir mecanismos regulizadores, mas isso será apenas uma questão de grande controlo por parte do Estado” – acrescentou Putin.
Iúri Trutnev, Ministro dos Recursos Naturais da Rússia, ilustrou com números as palavras do Presidente. Segundo ele, na nova lei “Sobre Recursos Naturais”, não serão acessíveis a empresas estrangeiras os poços com reservas de petróleo superiores a 70 milhões de toneladas e com reservas de gás superiores a 50 mil milhões de metros cúbicos.
No primeiro projecto-lei, as limitações eram bem maiores: 150 milhões de toneladas de petróleo e 75 mil milhões de metros cúbicos de gás.
Mesmo assim, a nova política russa no campo dos hidrocarbonetos irá aumentar a tensão já existente entre a Rússia e os países ocidentais neste campo.
A União Europeia exige que Moscovo ratifique a Carta Energética, que prevê a renúncia do consórcio público Gazprom ao monopólio das condutas de transporte dos combustíveis. Além disso, o acesso das companhias estrangeiras à exploração de poços de petróleo e gás na Rússia é também originador de atritos entre o Kremlin e os países ocidentais.
1 comentário:
Mas que raio tem a União Europeia que ditar ordens à Russia! Se eles em primeiro lugar se dedicassem à lutar contra os monopolios que existem dentro da UE é que faziam bem!
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