Antiglobalistas conseguiram sair à rua

Não obstante as fortes medidas de segurança tomadas pela polícia de São Petersburgo, centenas de antiglobalistas manifestaram-se no centro da capital do G-8. Os participantes desta acção de protesto pretendiam percorrer a Avenida Nevski, artéria central da cidade, e chegar ao couraçado "Aurora", navio de guerra que, em 1917, fez os primeiros disparos da revolução comunista.
"Não nos dão direitos, temos de os conquistar!", "Abaixo o capitalismo!", "Revolução!" - gritavam os manifestantes, com bandeiras vermelhas com a foice e martelo ou Che Guevara, símbolos soviéticos.
A manifestação, organizada por mais de 30 organizações e movimentos da esquerda comunista, não foi autorizada pelas autoridades e a polícia de choque actuou para cortar o caminho aos antiglobalistas. Os manifestantes foram encurralados no Estádio Kirov, único lugar onde as autoridades tinham permitido a concentração de antiglobalistas.
"A Rússia não é uma prisão!", gritavam, depois da polícia ter fechado as portas da arna desportiva.
Os confrontos com a polícia provocaram vários feridos e os organizadores da manifestação anunciaram que alguns dos seus camaradas foram detidos."Pessoas vestidas à civil espancaram e levaram para local desconhecido o dirigente da "Frente de Esquerda", Ilia Ponomariov. Foram detidos também activistas dos movimentos juvenis "Pátria", "Defesa" e "Vanguarda da Juventude Vermelha" - declarou Serguei Udaltsov, um dos organizadores dos protestos