quarta-feira, julho 26, 2006

Crise no Dínamo de Moscovo agrava-se


O Dínamo de Moscovo, a equipa ainda mais luso-brasileira do Campeonato de Futebol da Rússia, continua a atravessar uma aguda crise, que se prende com as divergências entre o milionário Alexei Fedoritchev e o Conselho Central do clube, orgão máximo de direcção.
Quando investiu dezenas de milhões de euros na aquisição de reforços para a equipa de futebol (mais de 80 milhões de euros), Fedoritchev esperava poder controlar as infraestruturas do Dínamo, nomeadamente os terrenos onde se encontra o estádio de futebol (Park Petrovski), no centro da capital russa. O milionário estava mesmo disposto a investir na construção de um novo complexo desportivo. Porém, o Conselho Central do Dínamo, que primeiramente aceitou a proposta de Fedoritchev, voltou com a palavra atrás, receando perder o controlo do clube.
Nesta situação, Alexei Fedoritchev deixou de injectar dinheiro no Dínamo de Moscovo e o clube mergulhou numa profunda crise. O Vneshtorgbank (Banco de Comércio Externo) da Rússia passou a patrocinar o futebol, mas não tem cumprido todas as promessas. Por exemplo, os jogadores e funcionários continuam com salários em atraso, não obstante a promessa da direcção do banco de regularizar a situação.
O Dínamo de Moscovo, na "era das vacas gordas", tinha alugado para os jogadores apartamentos e casas, algumas delas mais parecidas a palacetes. Porém, agora, o pagamento das rendas de casa está atrasado e alguns dos senhorios já convidaram os jogadores, nomeadamente estrangeiros, a mudar de residência.
Alguns, como Costinha e Seitaridis, conseguiram transferir-se para Espanha, mas jogadores como Nuno Espírito Santo continuam à procura de clube.
Quanto a Maniche, muitos clubes pretendem os seus serviços, mas alguns (por exemplo, o Galatasarai da Turquia) já desistiram porque o preço da transferência é muito alto. O Dínamo pagou ao F.C. Porto pelo médio português cerca de 14 milhões de euros. O Atlético de Madrid continua na corrida, mas, por enquanto, sem êxito. Talvez o clube espanhol tenha mais sorte pois o Dínamo está mesmo a precisar de dinheiro para sobreviver e não descer de divisão.

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