Os membros do G-8 publicaram, após longas e difíceis conversações, uma declaração conjunta sobre a situação no Médio Oriente, onde apelaram ao fim da violência e à normalização da situação no Sector de Gaza e no Líbano.
Os dirigentes dos países mais influentes do mundo atiram a responsabilidade da crise para cima do movimento extremista Hazbollah e reconhecem o direito de Israel à autodefesa. Porém, apelam ao Estado hebraico à “autocontenção”.
A declaração apela ao início do diálogo político entre Israel e o Líbano, mas, antes disso, considera ser necessário “o regresso, de boa saúde, dos militares israelitas raptados em Gaza e no Líbano, o fim dos ataques contra o território israelita, a cessação das operações militares de Israel e a retirada rápida das forças israelitas de Gaza, a libertação dos ministros e deputados palestinianos presos”.
Além disso, os oito apoiaram a iniciativa da ONU de enviar para a região uma missão de contacto e apelaram ao reatamento do diálogo entre Mahmud Abbas, Presidente da Autonomia Palestiniana, e Israel.
Só foi possível chegar a uma posição unânime depois de algumas cedências feitas pelos Estados Unidos. Durante a sua estadia em São Petersburgo, onde se realizou a Cimeira do G-8, o dirigente norte-americano, George W. Bush, não pronunciou nenhuma crítica à actuação das forças militares de Israel, mas essa crítica acabou por aparecer na declaração comum, o que é considerado um recuo face à posição russa.
Na madrugada de Domingo, Vladimir Putin, durante uma conferência de imprensa, declarou que "Israel persegue objectivos mais amplos do que a simples libertação dos militares raptados".
Resta esperar para ver se as partes do conflito dão ouvidos aos dirigentes do G-8.
Sem comentários:
Enviar um comentário