quinta-feira, julho 20, 2006

Guerrilha tchetchena rejeita proposta russa de rendição e amnistia


A guerrilha tchetchena rejeitou a oferta de rendição e aministia feita pelo Kremlin depois da morte recente do principal comandante rebelde, Chamil Bassaev, e ameaçou com uma nova campanha de ataques contra alvos russos fora da Tchetchénia.
"As Forças Armadas da Tchetchénia e da Frente do Cáucaso estão mais do que nunca organizadas e motivadas" - afirma o comando da guerrilha num comunicado difundido pela página dos separatistas na net Kavkaz Center. A nota acrescenta que o "Presidente" da Tchetchénia separatista, Doku Umarov (na foto), "ordenou abrir duas novas frentes, nos Urais e no Volga".
"Esta é a resposta da direcção da Tchetchénia e dos mujahidines do Cáucaso aos apelos a "depor as armas" e a aceitar uma amnistia... Todas as declarações de Moscovo sobre "o fim da guerra" e sobre a chamada "amnistia", os seus apelos a "depor as armas" e as demais especulações são mais uma tentativa vã do Kremlin encobrir com mentiras a real situação na Tchetchénia e em todo o Cáucaso" - lê-se no comunicado.
Na semana passada, Nikolai Patruchev, director do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB), propôs aos "bandos armados ilegais" que actuam na Tchetchénia o início de negociações com as autoridades locais ou federais antes de 1 de Agosto com vista à rendição dos separatistas e à sua amnistia. "Aqueles cidadãos russos que foram enganados pelos cabecilhas dos bandos armados e que se viram envolvidos em actividades criminosas têm uma oportunidade real de voltar à vida pacífica" - declarou Patruchev, acrescentando que a morte de Bassaev, que se responsabilizou pelos maiores ataques terroristas realizados na Rússia nos últimos anos, abriu uma oportunidade para aqueles que não regressaram à vida pacífica.
Por enquanto, as autoridades tchetchenas pró-russas anunciaram a rendição de um guerrilheiro
e que mantêm conversações com mais 13.
Quanto às possibilidades da guerrilha separatista realizar ataques terroristas fora da Tchetchénia, os analistas consideram que elas são poucas, porque, no último ano, sofreu perdas consideráveis. Porém, ainda poderá fazer sérios estragos no Cáucaso.

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