Tropas russas sofrem baixas em ataque a coluna militar

Pelo menos 6 militares russos morreram e 21 ficaram feridos durante um ataque contra uma coluna de veículos do Exército na Tchetchénia. Este ataque ocorreu no mesmo dia em que o Presidente Putin declarou que nessa região “não se realiza nenhum tipo de acções militares”.
“Um grupo armado desconhecido atacou um comboio militar às 14.00 horas locais na estrada entre as povoações de Avturi e Sergen-Iurt, no distrito de Chali. Seis militares morreram e cerca de 20 ficaram feridos” – anunciou o comando das tropas russas no Norte do Cáucaso. Porém, uma fonte nas tropas russas, citada pela agência Interfax, fala de “7 mortos e 25 feridos”. O local do confronto armado fica situado a cerca de 30 quilómetros a Sudeste de Grozni, capital tchetchena.
O ataque ocorreu poucas horas depois de o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter afirmado no congresso “G8 Cívico-2006” : “hoje, na Tchetchénia, não se realiza nenhum tipo de acções militares, o que há são focos de manifestações terroristas”.
O “G8 Cívico – 2006”, que reuniu em Moscovo mais de 600 representantes de organizações não governamentais russas e internacionais, foi organizado pelo Kremlin nas vésperas do Grupo dos oito países mais industrializados (G8) que se realizará em São Petersburgo em meados de Julho.
O dirigente russo sublinhou que na Tchetchénia “o Exército encontra-se nos seus quartéis e que, tal como nas restantes entidades da Federação da Rússia, as tropas encontram-se aquarteladas de forma permanente e cumprem os mesmos programas de instrução e actividades que se realizam no resto do país”.
Putin acrescentou que todos os problemas relativos à ordem pública na Tchetchénia são resolvidos “pelas forças policiais tchetchenas, constituídas quase a cem por cento por habitantes dessa república”.
O conflito separatista na Tchetchénia, que se prolonga desde Dezembro de 1994, já ceifou a vida de centenas de milhares de pessoas, na sua maioria civis.
No mês passado, forças policiais tchetchenas pró-russas anunciaram a liquidação de Abdul-Halim Saidulaev, dirigente da guerrilha separatista, considerando que a guerrilha sofrera um golpe “de que jamais recuperará”.
Porém, o novo comandante da guerrilha separatista tchetchena, Doku Umarov, anunciou que os seus homens irão continuar as acções armadas, mas ressalvou que elas só serão realizadas contra forças militares e policiais.Por isso, não é de excluir que os separatistas tentem realizar novas acções a fim de atrair as atenções dos dirigentes do G8.