sábado, agosto 05, 2006

Moscovo considera "infundadas" sanções norte-americanas contra empressas russas



A Rússia considerou "infundadas" as sanções impostas pelo Governo dos Estados Unidos a duas empresas russas: a exportadora estatal de armas Rosoboronexport e a fábrica Sukhoi, que produz caças, acusadas por Washington de fornecer armamento e tecnologia militar ao Irão.
"Estamos perante uma nova tentativa ilegal de obrigar as companhias estrangeiras a actuar segundo o regulamento interno norte-americano" - declarou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia à agência noticiosa ITAR-TASS, sublinhando que "as sanções como as que os Estados Unidos tentam impor unilateralmente a outros países e às suas empresas são um anacronismo político e jurídico".
Um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia assegurou que as sanções adoptadas pelos Estados Unidos são "absolutamente infundadas": "pelos vistos, é uma reacção dos EUA à entrada da Rússia no mercado de armas venezuelano".
Na semana passada, durante uma visita de trabalho do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à Rússia, a empresa Rosoboronoexport anunciou que, no último ano e meio, foram assinados contratos de fornecimentos de armamentos russos a Caracas num valor superior a 3 mil milhões de euros, que inclui a venda de caças SU-30, fabricados pela fábrica Sukhoi.
"A cooperação com o Irão, país sobre o qual não recaem sanções internacionais, é realizada em conformidade com as normas do Direito Internacionale limita-se ao fornecimento de armas defensivas" - afirmou Serguei Tchemezov, director da Rosoboronoexport, em declarações à Televisão Pública da Rússia.
Além das duas empresas russas, foram também sancionadas: o Centro de Engenharia Genética e Bieotecnologia de Cuba, Balaji Amines e Prachi Poly Products (Índia), Companhia Coreana de Desenvolvimento Mineiro e Industrial e Korea Pugang Trading (Coreia do Sul). Segundo o Registo Federal, o boletim oficial do Governo norte-americano, essas companhias violaram a Lei dos EUA de Não Proliferação no Irão de 2000, que tem como objectivo impedir que Teerão fabrique armas de destruição massiva.
Hoje, o diário israelita Haaretz, citando fontes dos serviços secretos israelitas, informava que o Hazbollah está a utilizar armas modernas russas nos combates contra o exército de Israel. Trata-se de lança-morteiros RPG-29 (na foto), que teriam sido vendidos por Moscovo à Síria e daí foram parar às mãos do movimento terrorista que actua no Líbano.
O RPG-29 é capaz de furar a grossa parede blindada dos tanques israelitas "Merkava", bem como teria sido utilizado no ataque a casas onde estaria escondida a infantaria israelita.
Segundo o mesmo jornal, o RPG-29 foi utilizado na aldeia de Bint-Jubeil, onde morreram quatro combatentes da unidade especial israelita "Egoz".

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