Vladimir Putin, Presidente da Rússia, encontrou-se com um grupo de analistas ocidentais, a maioria dos quais de origem russa, e voltou a surpreender com as suas surpreendentes declarações. Por um lado, reafirmou que abandonará o Kremlin em 2008, mas por outro lado, criticou conceitos como "superpotência energética" e "democracia soberana", com os quais o Kremlin definiu a política do segundo mandato presidencial de Putin e que provocaram fortes críticas no Ocidente. Além disso, voltou a criticar a Europa e os Estados Unidos por utilizaram padrões duploa na política internacional e não terem em conta os interesses russos.
"A estabilidade não pode basear-se num homem só" - declarou Putin para justificar que não urá rever a Constituição da Rússia com vista a prolongar a sua permanência no cargo de Presidente do país, mas recusou-se a dizer que político vê no papel de seu sucessor no Kremlin.
Depois de reconhecer que os êxitos principais da sua política foram "o restabelecimento da integridade da Rússia, o crescimento económico e o início da solução dos problemas sociais", sublinhando que, durante a sua presidência, o número de pobres no país diminuiu de 40 para 20 milhões, Putin apontou os principais problemas que o seu sucessor terá de enfrentar: a corrupção, a não diversificação económica e o declínio demográfico.
O dirigente russo, para surpresa de muitos, pediu aos analistas para renunciar ao termo "supertpotência energética" em relação à Rússia. "Trata-se de conversas do passado" - sublinhou ele.
Putin também reconheceu não gostar do termo "democracia soberana": "isso é tema para os politólogos. Eu não os incomodo", acrescentando, porém, que "os conceitos de soberania e democracia pertencem a duas esferas diferentes".
O conceito "democracia soberana" foi introduzido na política russa por Vladislav Surkov, vice-presidente da Administração Presidencial da Rússia e ideólogo do Kremlin, para fundamentar o direito à diferença da "democracia russa" em relação às democracias ocidentais.
Vladimir Putin dirigiu duras críticas à Europa e Estados Unidos, nomeadamente quanto à possibilidade da realização de um referendo sobre a independência do Kosovo em relação à Sérvia. Caso isso aconteça, Moscovo ameaça rever a sua política no espaço post-soviético, pondo em causa as fronteiras herdadas da União Soviética: "Só os tontos é que se recusam a compreender que a situação no Kosovo, Ossétia do Sul e Abkházia [estas duas últimas regiões separatistas da Geórgia que gozam do apoio russo] tem uma origem semelhante". A administração norte-americano recusa-se categoricamente a reconhecer qualquer semelhante entre a situação no Kosovo e na Geórgia.
A propósito, no próximo dia 17, na Transdnistria, região separatista da Moldávia, irá realizar-se um referendo que deverá determinar se esse território deve aderir à Federação da Rússia ou transformar-se num Estado independente. Moscovo já reconheceu a legitimidade desse plebiscito, ao contrário da Moldávia e da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa. A 12 de Novembro, as autoridades separatistas da Ossétia do Sul decidiram realizar também um referendo sobre a independência deste território georgiano.
Quanto ao Irão, Putin considera precipitada a declaração de sanções contra o Irão e defende a continuação de conversações com Teerão, embora reconheça que o apelo para destruir Israel deteriou as posições iranianas nas conversações.
Após fortes críticas à Europa e Estados Unidos, Putin concentrou-se nos laços crescentes com países asiáticos. "Nunca tivemos relações tão fortes com a China e ninguém esperava um desenvolvimento tão dinâmico da Organização de Cooperação de Xangai [que reúne a Rússia, países da Ásia Central e China]".
Estas declarações de Vladimir Putin são conideradas, por alguns analistas, mais uma prova do arrefecimento das relações entre a Rússia e os países ocidentais e da insistência do Kremlin em realizar a sua política interna e externa sem dar ouvidos aos "sermões" vindos da União Europeia e dos Estados Unidos.
"A estabilidade não pode basear-se num homem só" - declarou Putin para justificar que não urá rever a Constituição da Rússia com vista a prolongar a sua permanência no cargo de Presidente do país, mas recusou-se a dizer que político vê no papel de seu sucessor no Kremlin.
Depois de reconhecer que os êxitos principais da sua política foram "o restabelecimento da integridade da Rússia, o crescimento económico e o início da solução dos problemas sociais", sublinhando que, durante a sua presidência, o número de pobres no país diminuiu de 40 para 20 milhões, Putin apontou os principais problemas que o seu sucessor terá de enfrentar: a corrupção, a não diversificação económica e o declínio demográfico.
O dirigente russo, para surpresa de muitos, pediu aos analistas para renunciar ao termo "supertpotência energética" em relação à Rússia. "Trata-se de conversas do passado" - sublinhou ele.
Putin também reconheceu não gostar do termo "democracia soberana": "isso é tema para os politólogos. Eu não os incomodo", acrescentando, porém, que "os conceitos de soberania e democracia pertencem a duas esferas diferentes".
O conceito "democracia soberana" foi introduzido na política russa por Vladislav Surkov, vice-presidente da Administração Presidencial da Rússia e ideólogo do Kremlin, para fundamentar o direito à diferença da "democracia russa" em relação às democracias ocidentais.
Vladimir Putin dirigiu duras críticas à Europa e Estados Unidos, nomeadamente quanto à possibilidade da realização de um referendo sobre a independência do Kosovo em relação à Sérvia. Caso isso aconteça, Moscovo ameaça rever a sua política no espaço post-soviético, pondo em causa as fronteiras herdadas da União Soviética: "Só os tontos é que se recusam a compreender que a situação no Kosovo, Ossétia do Sul e Abkházia [estas duas últimas regiões separatistas da Geórgia que gozam do apoio russo] tem uma origem semelhante". A administração norte-americano recusa-se categoricamente a reconhecer qualquer semelhante entre a situação no Kosovo e na Geórgia.
A propósito, no próximo dia 17, na Transdnistria, região separatista da Moldávia, irá realizar-se um referendo que deverá determinar se esse território deve aderir à Federação da Rússia ou transformar-se num Estado independente. Moscovo já reconheceu a legitimidade desse plebiscito, ao contrário da Moldávia e da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa. A 12 de Novembro, as autoridades separatistas da Ossétia do Sul decidiram realizar também um referendo sobre a independência deste território georgiano.
Quanto ao Irão, Putin considera precipitada a declaração de sanções contra o Irão e defende a continuação de conversações com Teerão, embora reconheça que o apelo para destruir Israel deteriou as posições iranianas nas conversações.
Após fortes críticas à Europa e Estados Unidos, Putin concentrou-se nos laços crescentes com países asiáticos. "Nunca tivemos relações tão fortes com a China e ninguém esperava um desenvolvimento tão dinâmico da Organização de Cooperação de Xangai [que reúne a Rússia, países da Ásia Central e China]".
Estas declarações de Vladimir Putin são conideradas, por alguns analistas, mais uma prova do arrefecimento das relações entre a Rússia e os países ocidentais e da insistência do Kremlin em realizar a sua política interna e externa sem dar ouvidos aos "sermões" vindos da União Europeia e dos Estados Unidos.
Outros analistas, porém, consideram que as declarações de Putin foram para "consumo externo".
Sem comentários:
Enviar um comentário