A seguir aos mineiros, a profissão de jornalista é talvez a mais perigosa no país. Segundo dados da União dos Jornalistas da Rússia (UJR), depois de 1991, foram assassinados ou desapareceram cerca de 300 jornalistas.
Mas o mais impressionante é que as autoridades policiais não conseguem ou não querem descobrir os actores dos crimes contra a liberdade de expressão.Desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder no início do ano 2000, doze casos de assassinato de jornalistas ficaram por desvendar, conforme dados da UJR. Um dos casos mais flagrantes é o do jornalista norte-americano Paul Khlebnikov, director da edição russa da revista Forbes, assassinado em Junho de 2004. As autoridades policiais anunciaram a captura dos autores do crime, mas as provas são tão fracas que o processo não transitou para os tribunais.
Num país onde a liberdade de expressão é cada vez mais um fantasma, a morte de Anna não é apenas uma tragédia, mas uma catástrofe para a Rússia. O crime foi cometido no dia em que o Presidente Putin celebrava o seu 54º aniversário e os seus autores não podiam inventar maior "presente envenenado".
Putin deve fazer com que a sua polícia e os seus serviços secretos encontrem não só o/os pistoleiro/s, mas também os "encomendadores" deste crime hediondo. Caso contrário, mais uma sombra negra pairará sobre o Kremlin de Moscovo
1 comentário:
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