quinta-feira, dezembro 14, 2006

KATIUCHA

Este poema de Mikhail Issakovski (1900-1973) é, talvez, um dos mais cantados no mundo. Quem não ouviu a canção Katiucha ? Por isso, não necessita de grandes apresentações. A tradução é obra de José Sampaio Marinho.

I

Floresciam macieiras e a pereira,
Deslizavam neblinas pelo rio,
Chega à margem Katiucha prazenteira,
À alta margem em declive esguio.

II

Chega e a sua canção com força larga
Sobre a águia real de plúmbea cor,
Fala daquele que ela namorava
E de quem tinha cartas mil de amor.

III

Oh canção, cançãozinha de donzela,
Vai, voa atrás da luz que no céu dança
E ao combatente que no posto vela
Dá de Katiucha tímida lembrança.

IV

Que se lembre da simples rapariga,
Que oiça o seu canto cheio de frescor,
Que defenda o torrão que nos abriga
E então Katiucha lhe dará amor.

V

Floresciam macieiras e a pereira,
Deslizavam neblinas pelo rio.
Chega à margem Katiucha prazenteira,
À alta margem em declive esguio.

1 comentário:

Miguel Borges disse...

Quando andava a aprender Russo no antigo Instituto de Cooperação e Amizade Portugal-URSS (depois chamado de Instituto Iuri Gagarin - entretanto foi extinto)esta era umas das músicas que nós cantavamos nas festas de final de ano lectivo. Saudades dessas festas sempre bem regadas, com a "pequena água2, e muito bem servidas com comida tradicional da Russia.