quarta-feira, janeiro 24, 2007

Aumento brusco dos orçamentos militares dos países da Ásia Central


Os países post-soviéticos da Ásia Central planeiam, no ano corrente, aumentar seriamente os seus orçamentos militares em comparação com o crescimento económico previsto. Em 2007, o Cazaquestão, por exemplo, prevê duplicar as despesas em armamentos.

Segundo dados oficiais, se a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto desses países em 2007 está prevista situar-se, em média, entre os 9 e 10%, as despesas militares deverão aumentar 48%.

O Cazaquestão irá duplicar as suas despesas em armas e, pela primeira vez na sua história, elas superarão os mil milhões de dólares (1,22 mil milhões em comparação com os 600 milhões de dólares em 2006).

Os especialistas consideram, porém, que este aumento não constitui pesado fardo na economia do Cazaquestão, pois representará apenas 1,2% do PIB. No entanto, isto permitirá ao Governo cazaque modernizar os armamentos, criar uma armada naval no Mar Cáspio e profissionalizar 70% dos quadros militares.

O Uzbequistão irá gastar na defesa 4,8% do PIB, ou seja, mais de 900 milhões de dólares, o que constitui o mar índice entre os países da Comunidade de Estados Independentes.

“Semelhantes despesas altas de Tachkent na defesa podem ser explicadas pela complexa situação sócio-política existente no país, devida à possibilidade de tentativas de sua desestabilização, como a que teve lugar na cidade de Andijan, em Maio de 2005” – escreve o jornal electrónico fergana.ru, especializado em assuntos da Ásia Central.

Nessa altura, as autoridades uzbeques, a pretexto de combater o fundamentalismo islâmico, esmagou uma rebelião popular, matando e ferindo centenas de pessoas.

A Turcoménia vem em terceiro lugar nas despesas militares. Segundo dados oficiais, as despesas militares irão aumentar 37% no ano corrente e constituirão 116 milhões de dólares. Porém, segundo os especialistas, o número real é cinco ou seis vezes maiores. Num país com uma população de 5 milhões de habitantes, as forças armadas são constituídas por 50 mil militares, mas nas restantes forças de segurança trabalham cerca de 100 mil pessoas e o orçamento gasto com estas forças é secreto.

Os últimos lugares são ocupados pelo Tadjiquistão (52,2 milhões de dólares) e a Quirguízia (40,4 milhões), ou seja, cerca de 1,5% do PIB. Estes orçamentos são mantidos graças à ajuda militar da Rússia e dos Estados Unidos. No Tadjiquistão está estacionada uma base militar russa, enquanto que a Quirguízia alberga uma base aérea americana.


1 comentário:

Diogo disse...

Mas há mais Milhazes:

Putin Slams U.S. Plans to Put Weapons in Space

MosNews - Thursday, January 25, 2007

Russian President Vladimir Putin on Thursday criticized U.S. plans for space-based weapons, saying they were the reason behind a recent Chinese anti-satellite weapons test, the Associated Press news agency reports.

Asked about the Chinese test at a news conference in New Delhi after a meeting with Indian Prime Minister Manmohan Singh, Putin avoided directly criticizing the Chinese, saying only that Russia was against putting any weapons in space.

Instead, Putin chose to issue a warning to the U.S. on the dangers of the militarization of space.

“At the same time, I would like to note that China was not the first country to conduct such a test,” Putin said.

Russia’s criticism of the U.S. move comes after the United States and other allies raised concerns over the rising militarization of space after a successful test by China of an anti-satellite weapon.

China confirmed the test on Tuesday, but didn’t provide details. Aviation Week, which first reported the test, said the satellite was hit by a kinetic kill vehicle launched from a ballistic missile.

Analysts said the test represented an indirect threat to U.S. defense systems by raising the possibility that its spy satellites could be shot down. The threat wouldn’t affect the anti-missile system, which relies only on ground-based radar.

The U.S. military has had the capability to shoot down satellites since the 1980s. In October, President Bush signed an order asserting the United States’ right to deny adversaries access to space for hostile purposes.

“The first such test was conducted back in the late 1980s and we also hear it today about the U.S. military circles considering plans of militarization of space. We must not let the genie out of the bottle,” Putin said.

Bush also has pushed an ambitious program of space-based missile defense and the Pentagon is working on missiles, ground lasers and other technology to shoot down satellites.