sexta-feira, janeiro 26, 2007

Rússia regressa em força ao Forum Mundial de Davos


Este ano, a Rússia volta a estar em peso no Forum Mundial de Davos, tendo por objectivo vender a imagem de um país estável, onde vale a pena investir.

Por isso, a delegação do Kremlin é chefiada por Dmitri Medvedev (na foto), vice-primeiro-ministro do Governo russo e um dos fortes candidatos à sucessão de Vladimir Putin na Presidência da Rússia.

Em 2006, o Governo russo esteve representado em Davos apenas por Germam Gref, ministro do Desenvolvimento Económico e do Comércio, tendo a sua presença no forum se reduzido a uma breve passagem pelo “jantar russo”, que, tradicionalmente, tem lugar na sexta-feira à noite.

Ao contrário do ano passado, a delegação russa pretende emendar a reputação do país no campo internacional, manchada pela crise russo-bielorrrussa, quando Moscovo suspendeu os fornecimentos de petróleo, através do gasoduto Drujba”, à Europa Ocidental, e por tensas relações com outros países vizinhos como a Geórgia. Além disso, segundo uma fonte governamental disse à Lusa, é importante dissipar os receios dos investidores internacionais no que respeita ao reforço do papel do Estado no sector energético.

Na passada segunda-feira, o diário económico “Vedomosti” escreveu que Vladimir Putin teria decididido dividir a exploração do petróleo e gás na plataforma continental russa entre dois gigantes públicos: Gazprom e Rosneft.

Por isso, da delegação russa fazem também parte Alexandre Medvedev, vice-presidente da Gazprom, e Serguei Bogdantchikov, presidente da Rosneft.

No Sábado, Dmitri Medvedev, German Gref e Valentina Matvienko, governadora de São Petersburgo, irão falar, na primeira sessão plenária, do papel da Rússia no mundo moderno. Na segunda sessão, onde se irá analisar o clima de investimentos no país, tomarão a palavra Vladimir Evtuchenko, presidente do consórcio Sistemas, Andrei Kostin, presidente do Banco de Comércio Externo da Rússia, bem como Neville Isdell e James Terly, dirigentes, respectivamente, da Coca-Cola e Ernst & Young.

Dmitri Medvedev, o político mais popular na Rússia depois de Putin, terá, na sexta-feira, um encontro com dirigentes de órgãos de informação em Davos, o que está a ser interpretado em Moscovo como a apresentação internacional do mais provável sucessor de Vladimir Putin no Kremlin em 2008.

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