domingo, janeiro 21, 2007

Europa pode dormir descansada


Normalmente, antes dos encontros de dirigentes ocidentais com o Presidente russo, Vladimir Putin, soam duras críticas à política interna e externa do Kremlin, nomeadamente no que respeita às tensões relações de Moscovo com os países vizinhos ou ao respeito dos direitos humanos no país.
Porém, tudo termina como no último encontro entre o Presidente russo e Angela Merkel, chanceler alemã, abaixo descrito. Talvez a presença da cadela de Putin tenho "metido medo" a Merkel.
A Rússia está aberta à cooperação construtiva o âmbito do diálogo energético com a União Europeia, declarou Vladimir Putin na conferência de imprensa realizada após o encontro com a chanceler alemã,Angela Merkel, em Sotchi. Putin sublinhou que a Rússia, pelo seu lado, espera que os parceiros respeitem os princípios da igualdade e do respeito mútuo de interesses.
O dirigente do Kremlin abordou o problema das relações entre o seu país e os Estados por onde passam o gás e o petróleo russos rumo à União Europeia. “Quando os oleodutos atravessavam as repúblicas da União Soviética e ospaíses do Tratado de Varsóvia, não havia problemas. Porém, agora, a situação mudou, queremos continuar a trabalhar com os Estados por onde passam o nosso gás epetróleo, mas em condições transparentes, com regras claras, independentemente da conjuntura política", sublinhou Putin.
O presidente russo frisou que Moscovo quer continuar a ser um parceiro fiável no domínio energético e que pretende alargar a sua rede de vias alternativas de transporte, "para reduzir a sua dependência face aos países vizinhos". Neste sentido, entre os projectos, o dirigente russo lembrou que o seu país vai avançar com a construção de gasodutos no Noroeste da Rússia e de "pipelines" rumo ao Oceano Pacífico. "Não abordámos a construção do gasoduto do Norte da Europa (que irá ligar a Rússia e a Alemanha)", concretizou Putin, mas, devido à insistência dos jornalistas, acrescentou que o seu país não está contra a construção de ramos dessegasoduto para outros países. “Estamos dispostos a construir um rumo à Suécia e outros países,resta apenas calcular os volumes", disse Putin.
Ao abordar a crise entre a Rússia e a Bielorrússia a propósito da passagem de petróleo pelo território bielorrusso, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu ao dirigente russo "uma melhor comunicação" entre a UE e a Rússia no caso de crise energética para evitar novas "tensões" e garantir uma relação (mútua) daconfiança".
O Presidente russo assinalou também o aumento da cooperação entre a Rússia e a Alemanha no campo da energia, acrescentando que "nas relações russo-alemãs não existem questões problemáticas". "Estivemos de acordo que o ano de 2006 foi verdadeiramente bom para as relações russo-alemãs", disse Vladimir Putin. "O comércio bilateral aumentou 30 por cento e atingiu um novo patamar de 40 mil milhões de dólares", afirmou Putin, que acrescentou que "os investimentos alemães na economia russa sofreram um aumento significativo e atingiram os dois mil milhões de dólares".
Na abordagem dos problemas internacionais, Putin constatou que Moscovo e Berlim defendem "a solução do problema do programa nuclear do Irão exclusivamente através de meios político-diplomáticos e tendo em conta a respectiva resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 2006".
O dirigente russo considerou "inaceitável" a imposição do exterior do estatuto do Kosovo: "a Rússia considera inaceitável a imposição do exterior de uma solução sobre o estatuto do Kosovo. Uma solução rápida para esse problemanão pode ser conseguida se não for aceitável para Belgrado e para Pristina". “Se resolvemos o problema de Kosovo - continuou Putin -, essa solução deve ser empregue em casos análogos no espaço pós-soviético". O Kremlin pretende que esse referendo sirva de precedente em relação aoproblema das regiões separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia, na Geórgia, e do Transdniestre, na Moldávia.
Angela Merkel reconheceu que na reunião foi abordada também a questão do assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaia e precisou: "a justiça russaa trabalha com muita eficácia, mas, por enquanto, não há novidades".
A reunião do Presidente russo com a chanceler alemã realizou-se na cidade de Sotchi, na costa do Mar Negro, onde se encontra a residência presidencial "Botcharov ruchei", um dos lugares preferidos de Putin~.

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro José, pedia-lhe por favor que lê-se o e-mail que lhe enviei na semana passada endereçando-lhe um convite por favor.

Saudações!

Nuno Faritas Lobo

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro leitor Nuno, reenvie-me o seu mail, pois não o recebi.

Anónimo disse...

Caro José, irei agora reenviar o e-mail.