Rússia prevê prolongar a exploração da Estação Espacial Internacional até 2025

A exploração da Estação Espacial Internacional (EEI) poderá ser prolongada até ao ano 2025, informou Nikolai Sevastianov, director do Centro Espacial “Energia”.

“Hoje, ninguém pretende afundar ou abandonar à sua sorte a Estação Espacial Internacional, porque todos os países compreendem a importância do seu funcionamento. Embora a sua exploração esteja calculada até 2015, estuda-se a possibilidade de prolongá-la até 2025” – declarou Sevastianov numa conferência dedicada ao centenário do nascimento de Serguei Koroliov, acrescentando: “Se pusermos fim à sua existência, a Humanidade terá dificuldade em realizar novamente projecto semelhante”.

No dia 6 de Maio de 2001, as autoridades russas, alegando falta de meios financeiros, fizeram afundar nas águas do Pacífica os restos da Estação Espacial MIR, o que foi considerado um erro por numerosos cientistas russos.

Segundo o Plano Espacial da Rússia até 2050, exposto por Sevastianov, “na próxima década, a estação vai funcionar não só como um lugar de realização de experiências científicas únicas. Prevemos juntar aí naves que irão realizar voos até à Lua e Marte. Porque já está claro que devemos renunciar à ideia de construir gigantescos portadores (foguetões) e começar a montar naves utilizando módulos que vão chegar à órbitra com a ajuda dos “Soyuz”, “Progres” e de outros portadores”.

O Centro “Energia” já está a projectar um aparelho interplanetário de uso múltiplo, o que deverá garantir a comunicação da Terra, Estação Espacial e Lua. Nikolai Sevastianov anunciou também que, mais tarde, serão utilizadas tecnologias análogas para criar uma base habitada em Marte.

Além disso, a Empresa “Energia” pretende dedicar-se ao problema da defesa da Terra dos asteróides. “Já preparámos propostas a esse propósito” – declarou Sevastianov, acrescentando que esse problema é actual: segundo os especialistas, em 2029, perto da Terra passará o asteróide Apofis com o diâmetro de 700 metros e, em 2036, teoricamente não se exclui a possibilidade de um choque dele com o nosso planeta”.