sábado, fevereiro 10, 2007

Moscovo aumenta exportação de armamentos



A Rússia ganhou cerca de seis mil milhões de dólares em 2006 na venda de armamentos, mas os novos contratos assinados prometem novo aumento das exportações militares, escreve o semanário russo Kommersant-Vlast.

A Rússia assinou com a Argélia e a Venezuela contratos de 7,5 e 3 mil milhões respectivamente. As forças armadas argelinas irão receber 28 caças SU-30MKA, 38 Mig-29SMT e Mig-29UBT, 16 aviões de treino Iakovlev Iak-130, 8 conjuntos de sistemas anti-aéreos S-300PMU-2 e 180 tanques T-90S. Além disso, a Marinha de Guerra argelina encomendou a estaleiros russos dois submarinos do projecto 636.

A Venezuela adquiriu na Rússia 24 caças multifuncionais SU-30MKV, 38 helicópteros de diferentes modelos, 100 pistolas automáticas AK-103 e oficinas de produção de metralhadoras e munições. A tudo isso somam-se os compromissos contratuais com Moscovo em 2007, que rondam os 24 milhões de dólares, sendo a sua estrutura melhorada tanto pela variedade de produtos, como pelo número de Estados compradores.

Importantes contratos foram assinados também com clientes tradicionais. A China adquiriu um novo lote de oito sistemas anti-aéreos S-300PMU-2 no valor de mil milhões de dólares. A Ìndia fechou com a Rússia um contrato de construção de três fragatas do projecto 11356 por 1,6 mil milhões de dólares, ao mesmo tempo que o Vitname comprou dois navios Guepard-3.9 para a guarda-costeira e o sistema de mísseis costeiros Bastion.

2005 foi o ano do aumento brusco de fornecimentos material bélico marítimo, enquanto que em 2006 se registou a recuparação da nomenclatura mais tradicional de vendas de armamentos, metade das quais foi constituída por exportações de aparelhos para a aviação militar. Nos finais do ano passado, Moscovo entregou a Caracas o primeiro lote de quatro caças multifuncionais SU-30MK2V e a Argel os dois primeiros Mig-29SMT e dois Mig-UBT. A Índia recebeu 15 dos 140 lotes de equipamentos para os caças SU-30MKI, que, segundo o contrato assinado em 2000, serão produzidos nesse país.

Manteve-se igualmente a exportação de helicópteros. Os principais clientes foram a China e a Venezuela. Caracas recebeu seis helicópteros MI-17V-5, três MI-172, oito MI-35 e um MI-26T, no valor total de 270 milhões. A China recebeu os primeiros doze MI-171 dos 24 aparelhos de combate a incêndios encomendados em 2006. Foram assinados contratos com a República Checa, Iraque, Sudão, México, Coreia do Sul e Espanha.

No segmento marítimo, destacam-se a entrega à China do último dos oito submarinos do projecto 636 encomendados e o segundo dos três destroyers do projecto 956EM. A Índia recebeu três rampas de lançamento vertical para os sistemas de mísseis anti-barco Club-N e dois aviões caça-submarinos modernizados Iliushin Il-38SD. Vietname e Coreia de Sul receberam lanchas de guerra.

O acontecimento mais importante do ponto de vista económico, político e militar no campo da venda das armas foi o fornecimento ao Irão de 29 sistemas de mísseis anti-aéreos Tor-M1 no valor de 700 milhões de dólares.

Bielorrússia, Síria, Índia e Marrocos estiveram também entre os maiores aquisidores de material bélico anti-aérea.

A Rússia exportou também armamentos para as tropas terrestres, destacando-se a venda de 60 blindados ao Bangladesh e Indonésia e de 48 veículos blindados para o Uruguai.

JM (Lusa)

5 comentários:

RioDoiro disse...

Não há espiga: estes são dos nossos. Se fossem americanos a vender, isso sim: seria o lobi armamentista a preparar-se para provocar guerras para poder manter as fábricas de armamento em funcionamento.

http://range-o-dente.blogspot.com/2007/02/no-h-espiga.html

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Unknown disse...

"Portugal deveria seguir o exemplo e adquirir material bélico russo. É mais barato e é fiavél. "

Mais barato é...fiável é que não.

O material russo é de péssima qualidade e nenhum dos seus sistemas se compara ao seu equivalente ocidental.
Já nem falo dos americanos...por exemplo comparar o principal carro de combate russo com o Chalenger inglês é como comparar a beira da estrada com a estrada da beira.
Na guerra do Golfo, um simples pelotão de Abrahms americanos, em força de exploração de uma divisão, destruiu 30 CC iraquianos (do melhor que os russos tinham na altura) em alguns minutos.

O melhor que os russos têm é a aeronautica, mas nenhguma companhia aérea que se preze mete Tupoleves e quejandos a operar as suas rotas.
Eu próprio já tive de fazer longas viajens em aeronaves russas (Antonov, Ilushin,helicópetros) e posso garantir que a experiência não é agradável.

De resto, não há memória de, nas últimas décadas, o material russo ter ganho alguma batalha contra forças equipadas com material ocidental.

São mundos completamente diferentes....principalmente a nível dos sistemas, mas tb em termos de hardware.

Portugal não deve comprar material russo...até proque faz parte de uma aliança e tem de haver interoperabiliadde de materiais.
Por exemplo, os calibres...

RioDoiro disse...

Este clip, divertido, ilustra bem a qualidade do material russo.

http://www.youtube.com/watch?v=j3xoRQd0dLk

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Unknown disse...

O O-Lidador deve ser mais um seguidor
do Durão, ou entao desconhece a realidade... deve ser daqueles que pensa que na Russia ainda se come criancinhas...
Quantos lançamentos faz a Nasa comparados com a Agencia Espacial Russa? Quantos Soyuz cairam comparadamente com os Shuttles?
Ai está amigo, a mais pura das fiabilidades americanas.... quer mais exemplos???? Não falem sem saber....

Anónimo disse...

Range-o-dente e Lidador
o H. Mota deve ser um daqueles "técnicos" russificados que foi buscar os marinheiros russo no fundo do mar em Murmansk.
Pela fiabilidade do material russo...
A boiar.
FCA - Gafanha das Tenazes