Memórias de uma aluna da Escola Nº 43 da era socialista
Ao vaguear na Internet, deparei com as memórias de uma tal Tatiana Dovgaliuk, que frequentou a Escola Nº 43 de Moscovo, um daqueles estabelecimentos de ensino soviéticos que, além de todas as tarefas pedagógicas, devia manter a solidariedade com os comunistas portugueses.
Um bom exemplo que mostra uma vez mais que a imposição de actos e ideias não é o melhor meio para que se passe a gostar do que quer que seja.
Aqui vão as recordações:
“4.) Sobre os comunistas portugueses
Margarita Aminadovna era a responsável pelos comunistas. Ela olhava para essa tarefa de forma muito séria e responsável e ficava ofendida quando nem todos apoiavam activamente os comunistas e se solidarizavam com a sua difícil luta. Certa vez, encarregaram-me de fazer uma palestra para alunos das classes primárias sobre a luta do presidente do Partido Comunista, Álvaro Cunhal, contra o regime sangrento de Salazar (espero ter escrito correctamente os nomes) e sobre as dificuldades que ele (Cunhal) sentiu na prisão. Foi-me entregue o retrato do herói comunista e uma folhinha com a enumeração dos seus actos heróicos. Eu devia ir ter, munida desse retrato e da folhinha, com os alunos da quinta classe e inspirá-los com o meu relato. Essa tarefa foi para mim uma verdadeira tortura. Por mais que lesse, não conseguia absorver as ideias de Cunhal. Subitamente, passei a nutrir um sentimento de forte irritação e antipatia para com o comunista Cunhal. “Porque é que eu devo andar aqui a contar este delírio!”, pensava eu. Mas sendo inútil discutir, tive de, com um sentimento de forte tédio, ir ter com as crianças para lhes mostrar o retrato de Cunhal e falar-lhes da sua luta”...
5.) Uma vez mais sobre os comunistas portugueses.
9ª Classe. Sábado. Maio. Um maravilhoso dia de Sol. E outra vez os comunistas portugueses. Depois da sexta aula, as 9ª e 10ª classes deviam reunir-se no sala de reuniões e ouvir dois comunistas portugueses durante mais de duas horas. Era a última coisa em que eu queria pensar nesse dia quente de Maio: nos comunistas em geral e nos portugueses em particular. Mas não havia alternativa. Sentámo-nos e ouvimos. Mas a nossa paciência foi premiada. Os comunistas ofereceram a todos emblemas verdes e vermelhos, com um misterioso símbolo comunista português. Na época dos emblemas obrigatórios da juventude comunista, era uma grande sorte receber alegres emblemas verdes e vermelhos, com uma inscrição numa língua estrangeira, não receio afirmar que se tratava de uma raridade. Pregámos alegremente os emblemas e começámos a sair da sala. À saída, dirigindo-me a uma minha amiga, disse em voz alta: “Pelo menos hoje estes portugueses tiveram alguma utilidade”. Soou uma réplica de Iú.V (professor de Geografia): “Tania, que bom que tu encontras aspectos positivos em tudo”. Eu pensei que se a minha réplica tivesse sido ouvida por Margarita Aminadovna, ele criticar-me-ia por eu não ter absorvido as ideias do internacionalismo e do movimento operário internacional e por colocar os interesses pessoais acima dos sociais”.
1 comentário:
«««mini------spam»»»
SEPARATISMO NA EUROPA
---» Ainda existe alguém com dúvidas???... De que a União Europeia anda a trabalhar para os Capitalistas Selvagens: ... empresas multinacionais...
---» Toda a gente sabe que os Capitalistas Selvagens estão fortemente empenhados em promover, na Europa, uma substituição populacional: a Europa deve passar a ser ocupada, e dominada, por povos (raças) de maior rendimento demográfico... que proporcionem uma maior rentabilização dos investimentos...
ABRAM OS OLHOS E DEPRESSA:
---» A única maneira de salvar a Identidade Étnica europeia é... rentabilizar a minoria de europeus que estão disponíveis para lutar pela SOBREVIVÊNCIA da Identidade étnica europeia.
---» Olhemos o exemplo português: por exemplo, 3% de votos (+- 300 mil pessoas) não significam nada em termos eleitorais.
---» No entanto, 300 mil pessoas, determinadas, numa manifestação (reivindicando o legítimo direito ao separatismo) em direcção ao parlamento... teriam muita força...
---» Portanto, antes que seja tarde demais, é urgente procurar construir uma mega-manifestação conjunta em todas as capitais europeias, reivindicando o legítimo direito ao separatismo.
ANEXO:
Modelo Separatista (intermédio):
-> Um exemplo: a DIVISÃO dos Países em dois espaços:
----------> 1) um ( 50% ) de Competição Global;
( nota: neste espaço os adeptos da Competição Global [e da Mestiçagem] concretizam o Direito de ter o seu espaço no Planeta... );
-----------> 2) outro ( 50% ) de Reserva Natural -> destinado à sobrevivência das Identidades Étnicas Autóctones;
( nota: o mundo deve possuir a capacidade de acolher quem é DIFERENTE... ( Todos Diferentes Todos Iguais!!! ) ... assim sendo, no espaço de Reserva Natural... os Nativos - que pretendem estar no Planeta, com CORAGEM e DETERMINAÇÃO, a Lutar pela Sobrevivência da sua Identidade Étnica - concretizam o Direito de ter o SEU espaço no Planeta!... )
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