Antes de o leitor começar a ler o texto abaixo publicado, quero deixar algumas notas. Primeiro, considero o programa da RTP sobre os dez mais célebres portugueses anti-histórico e estupidificante.
Segundo, não tenho qualquer simpatia pelo Dr. Oliveira Salazar, nem pelo Dr. Álvaro Cunhal, mas continuarei a publicar textos sobre a História Contemporânea de Portugal para que fiquemos a saber o que chega à Rússia.
Este texto foi escrito pelo historiador Nikolai Skirdenko e publicado no sítio da Unidade Nacional Russa, partido da extrema-direita russa. Esta é a primeira parte. A segunda parte vem depois de ter conseguido traduzir.
"Hoje, a Nação Russa e a Rússia encontram-se numa encruzilhada na sua história. Qualquer pessoa sensata compreende claramente que a derrapagem continuada do país para o precipício das “civilizações” e dos pseudo-valores universais é incompatível com a existência do nosso povo. Muito mais importante é a questão do modelo de sociedade e de Estado que devemos escolher e realizar como base para o desenvolvimento futuro do país. A maioria dos ideólogos patriotas não se decidem a propôr nada que vá um pouco além do normal Estado conservador-democrático, onde, segundo eles, todos se devem sentir bem... Na qualidade de ideal para copiar apresenta-se, regra geral, uma variante melhorada ou, pelo contrário, piorada do Império Russo. A experiência da história e o bom senso fazem prever que nesse Estado, dentro de alguns anos, tudo se irá inevitavelmente repetir: dissidentes, revolucionários, nacional-separatistas, reestruturação, etc. Valerá a pena tentar? Antes de empurrar o povo para essa experiência, talvez valha a pena analisar a experiência de outros países que já passaram por fenómenos semelhantes. Portugal da primeira metade do séc. XX pode dar-nos um dos exemplos mais interessantes.
Claro que não se pode absolutizar a experiência alheia. Devemos partir, antes de tudo, do nosso passado histórico, do carácter nacional e das tradições estatais do nosso povo. A Rússia e Portugal são grabdezas incomparáveis. As nossas nações nasceram em princípios completamente diferentes. Mas houve muitos momentos análogos no desenvolvimento histórico da Rússia e dos países ibéricos. A luta multisecular permanente contra povos orientais, a colonização camponesa de novos territórios, como um dos factores fundamentais da história, o desejo de formação de grandes potências condicionaram a semelhança dos destinos históricos e de alguns traços nacionais dos nossos povos. Tal como no nosso país, para lá dos Pirenéus foram sempre fortes as tradições da cultura popular, camponesa, o patriarcalismo, a inclinação do povo para o absolutismo no Estado, o que se expressou no poder absoluto do monarca ou do chefe, a consciência religiosa e a Igreja desempenharam sempre um grande papel. A resistência que a parte saudável dos povos espanhol e português ofereceu à pressão das forças anti-nacionais, condicionou a longa e difícil luta entre eles. Tal como na Rússia, essa luta tornou-se o conteúdo fundamental da política nacional nos séc. XIX-XX. Tendo em conta estes factores, a experiência de desenvolvimento destes países é incomparavelmente mais aceitável para nós do que, por exemplo, a experiência da Inglaterra ou Itália.
Além disso, para uma pessoa crente, a ligação dos nossos países é abençoada pelos céus com a aparição da Mãe de Deus na aldeia portuguesa de Fátima em 1917. A revelação onde se fala da importância decisiva da Rússia para os destinos do mundo foi feita precisamente em Portugal (e não na Roménia ortodoxa), o que sublinha a proximidade dos dois países e a semelhança de seus destinos.
Analisemos, de forma breve, o conteúdo fundamental da história portuguesa na Idade Moderna. A partir dos finais do séc. XVIII, o desenvolvimento histórico do país decorreu sob o signo da decomposição articifialmente provocada da cultura nacional. A partir dessa altura, no país começaram a entrar muitas ideias alheias, trazidas de Inglaterra, França e Vaticano. Elas foram recebidas com entusiasmo pelos intelectuais pró-ocidentais, muito semelhantes aos nossos intelectuais nos seus anseios anti-nacionais.
Após passarem pelos cérebros dos intelectuais, essas ideias transformaram-se em energia destrutiva entre os elementos marginais das grandes cidades, bem bomo no Sul do país desnacionalizado, afastado das raízes, onde a mistura de raízes étnicas foi mais visível. Na Idade Média, a população do Sul nem sequer era considerada parte da nação portuguesa, o que ficou expresso no nome do país: reino de Portugal e do Algarve.
Forte resistência às novidades decompositoras foi oferecida pelo Norte camponês, cuja população constituía um grande monolito étnico e constituía a nação portuguesa propriamente dita, que nasceram devido à fusão do povo galego com as tribos germânicas dos suevos. Os habitantes do Norte distinguiram-se sempre pelas fortes bases morais, apego às tradições, à religiosidade e ao trabalho.
O confronto entre o Norte e o Sul, o povo e a camada intelectual foi evidente em todos os acontecimentos históricos importantes do país nos séc. XIX-XX. Este confronto foi aumentado e aprofundado pela cisão no exército, na igreja e até na dinastia reinante, no interior da qual tinha lugar uma luta constante entre os elementos destruidores e os elementos conservadores e criadores.
Todo o séc. XIX – “o século maçónico” – decorreu em levantamentos, coluios, golpes militares, revoluções e guerras civis intermináveis. As forças da destruição, não tendo apoio sério no povo, gozavam de amplo apoio moral, político, financeiro e, frequentemente, militar da França e principalmente da Inglaterra, que, com cada nova revolução, aumentava o jugo económico e político de Portugal, transformando-se gradualmente num domínio seu.
Como sempre, os revolucionários maçónicos de todo o tipo: liberais, republicanos e, mais tarde, anarquistas e comunistas, encobriam, sob a gasta bandeira da liberdade e do progresso, os seus objectivos anti-religiosos e principalmente anti-nacionais. Todas as revoluções visavam destruir as bases nacionais. Neste sentido, a revolução de 1910 foi a mais sintomática. Além da proclamação da república pel multidão no primeiro dia do golpe, não foi feito absolutamente nada em prol do famigerado progresso e melhoramento da vida do povo. Foi realizada toda uma série de medidas para substituir os símbolos nacionais e a reforma da ortografia. Foi aprovada uma legislação particularmente pormenorizada e agressiva contra a igreja. Nessa altura, a igreja portuguesa, não obstante todos os defeitos do catolicismo conservava, em geral, o carácter nacional e, por conseguinte, a legislação anti-clerical visava não tanto a igreja, quanto a nação, cujos interesses ela expressava.
2 comentários:
Ansioso fico esperando a segunda parte do texto...
Dei comentarios sobre staline e Lenine e deixa la o Salazar enquanto ele pode nao ouve quem lhe pusse-se a mao em cima nem o Kgb la entrava a pide tratava dos cajos somos pequenos mas temos muita coisa que voces nao tem amor a patria.
Is hoje nao se encontra em Portugal porque sao todos uns vendidos coisa que SALAZAR NUNCA FOI fique sabendo nao faca muitos
comentarios sobre Salazar OK
Faca comentarios sobre a Russia e sobre a carnificinia que fizeram aos CZARS para o mundo saber o que era a RUSSIA = UNIAO SOVIETICA coisa que eu saiba o meu Pais nunca mudou de Nome nem antes nem depois foi a unica coisa que eles deixara depois do 25 Abril FOI onme do pais o Hino e a Bandeira
Estes noveos Portugueses destruiram tudo e ate fizeram uma ponte em 24 Horas fantastico.
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