domingo, junho 03, 2007

Parlamento aprova documentos que permitem realização de parlamentares antecipadas


A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia aprovou todas as leis necessárias à realização de eleições parlamentares antecipadas, marcadas para 30 de Setembro.

Para que os deputados tivessem tempo para aprovar todas as leis, o Presidente Iuschenko suspendeu durante quatro dias a vigência do seu decreto que dissolvia a Rada e os trabalhos terminaram apenas a trinta minutos da meia-noite de sexta-feira, quando os trabalhos da Rada voltariam a ser ilegítimos.

Entre as leis aprovadas, destaca-se a lei sobre as eleições, que valida o escrutínio apenas se nele participarem mais de 50% dos eleitores inscritos. Além disso, os deputados fizeram alterações ao Orçamento de Estado de 2007 para conseguiu cerca de 70 milhões de euros para a realização da votação.

Porém, os deputados não aprovaram uma emenda proposta pelo Presidente Iuschenko e pelos partidos que o apoiam. Segundo ela, o deputado perderia o mandato se fosse eleito nas listas de uma força política e mudasse de grupo parlamentar.

Não obstante, o Presidente Victor Iuschenko assinou as leis aprovadas pelos deputados, passo indispensável para que entrem em vigor.

Num encontro com os deputados que o apoiam, realizado hoje em Kiev, Iuschenko declarou: “a nação sentiu que pode influir no processo de formação dos valores políticos no país”.

Segundo ele, “esse sentimento foi conseguido graças à crise política ocorrida”.

“Foi aberto caminho para a realização de eleições a 30 de Setembro” – declarou Mikhail Tchetchetov, dirigente do grupo parlamentar do Partido das Regiões, do primeiro-ministro Victor Ianukovitch.

Os partidos que apoiam Victor Iuschenko: Nossa Rússia e Bloco de Iúlia Timochenko, apressaram-se a começar hoje os seus congressos a fim de formar as listas de candidatos para o escrutínio de 30 de Setembro.

A crise política na Ucrânia teve início no passado 2 de Abril, quando Iuschenko assinou um decreto que dissolveu o Parlamento e marcou eleições antecipadas para Maio.

A maioria parlamentar não aceitou a decisão e recorreu para o Tribunal Constitucional. Depois de longas e difíceis conversações, o Presidente, o primeiro-ministro e dirigente da Rada Suprema chegaram a acordo sobre a realização de eleições a 30 de Setembro.

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