domingo, junho 03, 2007

Mikhail Kassianov vai participar nas eleições presidenciais de 2008


A União Popular-Democrática da Rússia elegeu o antigo primeiro-ministro, Mikhail Kassianov, candidato à corrida presidencial de 2008.

As eleições presidenciais na Rússia terão lugar no dia 2 de Março de 2008, proibindo a Constituição de Vladimir Putin se recandidatar pela terceira vez.

“Obrigado pela confiança e pelo desejo de me carregarem com um enorme trabalho de responsabilidade. Tal como vos prometi, estou pronto para isso” – declarou Kassianov depois dos delegados do congresso da União Popular-Democrática da Rússia, que se realiza em Moscovo, terem apoiado a sua candidatura.

Mikhail Kassianov prometeu também elaborar um programa de acção para os primeiros cem dias no Kremlin. Entre as suas prioridades estão “restabelecer a assistência médica e instrução gratuítas”, a “criação de um novo sistema de pensões” e o fim do serviço militar obrigatório. Além disso, afirmou que, em três anos, transferirá “um quarto dos russos para novos apartamentos”.

O antigo primeiro-ministro anunciou que venderá também todas as empresas da Gazprom, a maior empresa pública russa, que não tenham a ver com a extracção e venda de gás, nomeadamente o canal de televisão NTV, a rádio Eco de Moscovo, hóteis e empresas agrícolas.

No congresso da União Popular-Democrática da Rússia estão presentes representantes de outras forças da oposição de direita ao Presidente Putin, nomeadamente Victor Gerachenko, que também já revelou a sua intenção de se candidatar ao Kremlin.

Neste sector político há ainda mais um candidato: Vladimir Bukovski, antigo dissidente soviético que, em 1976, as autoridades comunistas trocaram por Luis Corvalan, secretário-geral do Partido Comunista do Chile.

Garri Kasparov, dirigente da organização Outra Rússia, que também participa no congresso como convidado, propôs a realização de “eleições primárias” entre os candidatos da oposição para apresentarem um só na luta contra o “delfim” de Putin.

Mikhail Kassianov, engenheiro e economista de profissão, ocupou vários cargos de responsabilidade na União Soviética e na Rússia, ocupando o cargo de primeiro-ministro entre 2000 e 2004.

O Presidente Putin herdou-o do seu antecessor, Boris Ieltsin, mas acabou por o substituir à frente do Governo por um homem da sua confiança: Mikhail Fradkov.

Quando começou a criticar a política do actual dirigente russo, Kassianov passou a ter problemas com a justiça. O Tribunal de Moscovo obrigou-o a devolver uma casa de campo ao Estado que tinha sido “irregularmente privatizada”.

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