Os milionários ucranianos envolvem-se novamente na luta por assento na Rada Suprema (Parlamento), enquanto que os multimilionários optam por enviar representantes seus. Desta vez, o objectivo não é conseguir a imunidade parlamentar, nem as possibilidades de fazer lobby a favor dos seus negócios, mas conquistar o direito de participar na formação do novo Governo do país.
As eleições parlamentares antecipadas, marcadas para 30 de Setembro, têm por fim eleger 450 deputados da Rada. Segundo a Constituição da Ucrânia, a força política mais votada tem direito a apresentar ao Presidente o nome do Primeiro-ministro e dos ministros, mas a última palavra sobre a nomeação do Governo pertence ao Parlamento.
Segundo os analistas, o Partido das Regiões da Ucrânia (PR), do primeiro-ministro Victor Ianukovitch, é a força política que mais apoio tem no seio dos homens de negócio, principalmente no Leste e Sul do país.
Rinat Akhmetov, 41 anos, é considerado o homem mais rico da Ucrânia. Segundo a revista Korrespondent, a sua fortuna ronda os 15 mil milhões de euros, os seus negócios abrangem sectores tão diversos como metalurgia, minas de carvão, hotelaria, telecomunicações, bancos, televisão e futebol.
Akhmetov não só apoia financeiramente o PR, como está nas suas listas eleitorais, tendo a sua eleição praticamente assegurada. Sendo o homem mais poderoso nesta força política, alguns analistas consideram que ele será fulcral na organização de uma coligação governamental, pois nenhum dos partidos conseguirá apoio suficiente para formar sozinho o novo executivo. Assinalam também as boas relações com o Presidente Victor Iuschenko, o que poderá permitir uma coligação do PR com o Bloco Nossa Rússia, força política próxima do dirigente ucraniano.
O analista político Dmitri Vidrin considera que “Victor Baloga, chefe do Secretariado do Presidente da Ucrânia, ou Vitali Gaiduk, antigo secretário do Conselho de Segurança, poderão ser a figura de compromisso para ocupar o cargo de Primeiro-ministro”.
Além de Akhmetov, entre os apoiantes do PR encontra-se também Victor Pintchuk, genro do antigo Presidente da Ucrânia, Leonid Kutchma. Com uma fortuna calculada em cerca de sete mil milhões de euros, Pintchuk tem interesses em áreas como a metalurgia, siderurgia, finanças.
As chamadas “forças laranjas”, ou seja, os partidos que dirigiram a Revolução Laranja de 2004: o Bloco Iúlia Timochenko e o Bloco Nossa Ucrânia, também não se podem queixar de falta de apoio dos oligarcas ucranianos. Igor Kolomoiskii, 44 anos, é um dos magnatas que, segundo os analistas, financia tanto o Bloco Iúlia Timochenko, como o Bloco Nossa Ucrânia. Segundo a revista Korrespondent, a fortuna deste oligarca é superior a três mil milhões de euros, tendo interesses nos sectores mineiro, siderúrgico, extracção de carvão, médias. A sua companhia “Privat” tem investimentos significativos na Rússia, Roménia, Polónia e Estados Unidos.
Konstantin Jevago, 32 anos, é não só um dos maiores financiadores do Bloco Iúlia Timochenko, mas está também na lista de candidatos a deputado. Segundo a revista Korrespondent, Jevago possui uma fortuna de cerca de dois mil milhões de euros, tem interesses em sectores como o bancário, mineiro, produção de veículos pesados, imobiliário. Entre os apoiantes deste bloco, destacam-se também oligarcas como Serguei e Nikolai Buriakov, donos do banco Brokbiznesbank, Bogdan Gubski, homem de negócios com interesses no campo agro-pecuário e da distruição do gás natural.
O Bloco Nossa Ucrânia tem o apoio, além de Kolomoiski, de oligarcas como Vitali Gaiduk, director da União Industrial de Donbass, Piotr Porochenko, proprietário do grupo financeiro Ukrprominvest, e David Jvania, que faz parte das listas eleitorais desta força política.
Os analistas políticos não são unânimes quanto à intervenção política activa dos oligarcas ucranianos. “Os oligarcas, na sua maioria aceitaram os planos do Presidente de equilibrar os laços ucraniano-russos tradicionais com relações mais estreitas com a União Europeia. Visto que, nos últimos anos, a Europa se torna o principal parceiro da Ucrânia, os oligarcas apoiam cada vez mais a política de orientação para a Europa” – considera o politólogo Kost Bondarenko.
“Eles compreendem que antes de entrarem nos mercados mundiais, devem vestir fatos, melhorar a sua reputação, impulsionar reformas no país e nas suas empresas” – sublinha Bondarenko.
Andrei Ermolaev tem outra opinião sobre o mesmo tema, considerando que os oligarcas que apoiam o Partido das Regiões têm os seus interesses concentrados na indústria pesada do Leste da Ucrânia, enquanto que os que apoiam os “partidos laranja” tem interesses nos campos financeiro e comercial.
“Os apoiantes de Iuschenko e Timochenko defendem reformas económicas rápidas e a liberalização da economia. Os homens de negócios do campo de Ianukovitch são mais conservadores. A competição entre estes dois grupos irá ser bastante implacável e destruidora” – prevê o politólogo Andre Ermolaev.
As eleições parlamentares antecipadas, marcadas para 30 de Setembro, têm por fim eleger 450 deputados da Rada. Segundo a Constituição da Ucrânia, a força política mais votada tem direito a apresentar ao Presidente o nome do Primeiro-ministro e dos ministros, mas a última palavra sobre a nomeação do Governo pertence ao Parlamento.
Segundo os analistas, o Partido das Regiões da Ucrânia (PR), do primeiro-ministro Victor Ianukovitch, é a força política que mais apoio tem no seio dos homens de negócio, principalmente no Leste e Sul do país.
Rinat Akhmetov, 41 anos, é considerado o homem mais rico da Ucrânia. Segundo a revista Korrespondent, a sua fortuna ronda os 15 mil milhões de euros, os seus negócios abrangem sectores tão diversos como metalurgia, minas de carvão, hotelaria, telecomunicações, bancos, televisão e futebol.
Akhmetov não só apoia financeiramente o PR, como está nas suas listas eleitorais, tendo a sua eleição praticamente assegurada. Sendo o homem mais poderoso nesta força política, alguns analistas consideram que ele será fulcral na organização de uma coligação governamental, pois nenhum dos partidos conseguirá apoio suficiente para formar sozinho o novo executivo. Assinalam também as boas relações com o Presidente Victor Iuschenko, o que poderá permitir uma coligação do PR com o Bloco Nossa Rússia, força política próxima do dirigente ucraniano.
O analista político Dmitri Vidrin considera que “Victor Baloga, chefe do Secretariado do Presidente da Ucrânia, ou Vitali Gaiduk, antigo secretário do Conselho de Segurança, poderão ser a figura de compromisso para ocupar o cargo de Primeiro-ministro”.
Além de Akhmetov, entre os apoiantes do PR encontra-se também Victor Pintchuk, genro do antigo Presidente da Ucrânia, Leonid Kutchma. Com uma fortuna calculada em cerca de sete mil milhões de euros, Pintchuk tem interesses em áreas como a metalurgia, siderurgia, finanças.
As chamadas “forças laranjas”, ou seja, os partidos que dirigiram a Revolução Laranja de 2004: o Bloco Iúlia Timochenko e o Bloco Nossa Ucrânia, também não se podem queixar de falta de apoio dos oligarcas ucranianos. Igor Kolomoiskii, 44 anos, é um dos magnatas que, segundo os analistas, financia tanto o Bloco Iúlia Timochenko, como o Bloco Nossa Ucrânia. Segundo a revista Korrespondent, a fortuna deste oligarca é superior a três mil milhões de euros, tendo interesses nos sectores mineiro, siderúrgico, extracção de carvão, médias. A sua companhia “Privat” tem investimentos significativos na Rússia, Roménia, Polónia e Estados Unidos.
Konstantin Jevago, 32 anos, é não só um dos maiores financiadores do Bloco Iúlia Timochenko, mas está também na lista de candidatos a deputado. Segundo a revista Korrespondent, Jevago possui uma fortuna de cerca de dois mil milhões de euros, tem interesses em sectores como o bancário, mineiro, produção de veículos pesados, imobiliário. Entre os apoiantes deste bloco, destacam-se também oligarcas como Serguei e Nikolai Buriakov, donos do banco Brokbiznesbank, Bogdan Gubski, homem de negócios com interesses no campo agro-pecuário e da distruição do gás natural.
O Bloco Nossa Ucrânia tem o apoio, além de Kolomoiski, de oligarcas como Vitali Gaiduk, director da União Industrial de Donbass, Piotr Porochenko, proprietário do grupo financeiro Ukrprominvest, e David Jvania, que faz parte das listas eleitorais desta força política.
Os analistas políticos não são unânimes quanto à intervenção política activa dos oligarcas ucranianos. “Os oligarcas, na sua maioria aceitaram os planos do Presidente de equilibrar os laços ucraniano-russos tradicionais com relações mais estreitas com a União Europeia. Visto que, nos últimos anos, a Europa se torna o principal parceiro da Ucrânia, os oligarcas apoiam cada vez mais a política de orientação para a Europa” – considera o politólogo Kost Bondarenko.
“Eles compreendem que antes de entrarem nos mercados mundiais, devem vestir fatos, melhorar a sua reputação, impulsionar reformas no país e nas suas empresas” – sublinha Bondarenko.
Andrei Ermolaev tem outra opinião sobre o mesmo tema, considerando que os oligarcas que apoiam o Partido das Regiões têm os seus interesses concentrados na indústria pesada do Leste da Ucrânia, enquanto que os que apoiam os “partidos laranja” tem interesses nos campos financeiro e comercial.
“Os apoiantes de Iuschenko e Timochenko defendem reformas económicas rápidas e a liberalização da economia. Os homens de negócios do campo de Ianukovitch são mais conservadores. A competição entre estes dois grupos irá ser bastante implacável e destruidora” – prevê o politólogo Andre Ermolaev.
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