Os órgãos de informação russos, de sexta-feira, dão grande destaque ao primeiro dia da visita do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, a Portugal. Praticamente todos os telejornais dos grandes canais russos de televisão abriram com reportagens ou directos feitos a partir de Lisboa.
As televisões deram particular atenção à recepção ao Presidente Putin junto do Mosteiro dos Jerónimos, tendo o Primeiro Canal destacado o “belo desempenho”, bem como alguns dos jornais, da cavalaria e da orquestra da GNR.
O diário Vremia Novostei constata que o nível da coooperação económica entre Portugal e a Rússia é baixo, mas que “a pobreza da cooperação económica é compensada pela presidência de Portugal na União Europeia e, por isso, chegou a vez de receber o dirigente russo na Europa”.
“A julgar pelo caminho que conduz do aeroporto ao centro da capital, os portugueses olham sem exaltação para a grande honra que lhes foi dada: dirigir a UE durante seis meses” – considera o jornal russo, sublinhando que “na cidade não se sente de forma alguma medidas reforçadas de segurança devido à vinda do Presidente da Rússia. Resumindo, não é Teerão, aqui ninguém claramente ameaçou Putin...”
“No que respeita às conversações bilaterais, Putin constatou que entre Moscovo e Lisboa “não há um só problema que deva ser resolvido ou que ensombre as relações bilaterais” – destaca o Vremia Novostei.
Quanto à cimeira UE/Rússia, este jornal prevê um diálogo bem mais difícil.
“É já claro que o Tratado Reformador de Lisboa define os contornos da Europa com a qual a Rússia tem de manter relações nos próximos anos. Uma Europa não tanto orientada para o desenvolvimento interno e o aprofundamento da integração, quanto para a defesa rígida dos seus interesses na arena internacional” – escreve, no Vremia Novostei, Timofei Bordatchov, director do Centro de Estudos Europeus da Escola Superior de Economia de Moscovo.
“A Cimeira UE/Rússia interessa muito menos aos portugueses do que o futebol” – titula o diário Gazeta.
“Na ordem do dia da Cimeira os problemas por resolver são mais do que muitos. Nomeadamente, continua em aberto o tema do novo tratado entre a Rússia e a União Europeia. Porém, pelos vistos, Portugal tenciona entregar o direito de resolver as questões mais difíceis à Eslovénia” – escreve esse jornal, sublinhando que “os representantes da UE e da Rússia, na véspera da Cimeira, disseram que não vale esperar decisões históricas”.
O jornal Rossiskaia Gazeta, órgão oficial do Governo russo, recorda que “no início do primeiro mandato presidencial de Vladimir Putin, a Rússia escolheu Portugal como ponto de orientação económica. Os economistas calcularam mesmo quanto tempo precisaria o nosso país para ultrapassar, quanto ao nível de desenvolvimento, um dos países mais pobres da UE. Parecia faltar muito tempo”.
“Agora - continua o jornal - a palavra de ordem “Alcançar e ultrapassar Portugal” foi esquecida... e a Rússia, nos últimos tempos, preferer orientar-se por si própria”. Este diário destaca também as declarações de Vladimir Putin sobre o Kosovo e Teerão, feitas depois do encontro com o Presidente Cavaco Silva.
“Vladimir Putin desferiu um golpe de lâmina” – titula o diário Kommersant.
“O Presidente Putin em Portugal, na véspera da Cimeira Rússia/UE, comparou os seus interlocutores a loucos que correm pela Europa com uma lâmina na mão” – escreve esse jornal. Essas palavras foram pronunciadas a propósito da posição da UE face ao Kosovo, que é diametralmente oposta à da Rússia. O enviado especial do Kommersant descreve assim a forma como Cavaco Silva ouviu o seu homólogo russo falar do Kosovo: “O Presidente de Portugal acenava que sim com a cabeça, e fez o mesmo desta vez, com uma prontidão para mim surpreendente. Eu dei conta que ele acenava que sim quando Vladimir Putin falava em russo e deixava imediatamente de fazer esse gesto quando começava a ouvir a tradução para português”.
As televisões deram particular atenção à recepção ao Presidente Putin junto do Mosteiro dos Jerónimos, tendo o Primeiro Canal destacado o “belo desempenho”, bem como alguns dos jornais, da cavalaria e da orquestra da GNR.
O diário Vremia Novostei constata que o nível da coooperação económica entre Portugal e a Rússia é baixo, mas que “a pobreza da cooperação económica é compensada pela presidência de Portugal na União Europeia e, por isso, chegou a vez de receber o dirigente russo na Europa”.
“A julgar pelo caminho que conduz do aeroporto ao centro da capital, os portugueses olham sem exaltação para a grande honra que lhes foi dada: dirigir a UE durante seis meses” – considera o jornal russo, sublinhando que “na cidade não se sente de forma alguma medidas reforçadas de segurança devido à vinda do Presidente da Rússia. Resumindo, não é Teerão, aqui ninguém claramente ameaçou Putin...”
“No que respeita às conversações bilaterais, Putin constatou que entre Moscovo e Lisboa “não há um só problema que deva ser resolvido ou que ensombre as relações bilaterais” – destaca o Vremia Novostei.
Quanto à cimeira UE/Rússia, este jornal prevê um diálogo bem mais difícil.
“É já claro que o Tratado Reformador de Lisboa define os contornos da Europa com a qual a Rússia tem de manter relações nos próximos anos. Uma Europa não tanto orientada para o desenvolvimento interno e o aprofundamento da integração, quanto para a defesa rígida dos seus interesses na arena internacional” – escreve, no Vremia Novostei, Timofei Bordatchov, director do Centro de Estudos Europeus da Escola Superior de Economia de Moscovo.
“A Cimeira UE/Rússia interessa muito menos aos portugueses do que o futebol” – titula o diário Gazeta.
“Na ordem do dia da Cimeira os problemas por resolver são mais do que muitos. Nomeadamente, continua em aberto o tema do novo tratado entre a Rússia e a União Europeia. Porém, pelos vistos, Portugal tenciona entregar o direito de resolver as questões mais difíceis à Eslovénia” – escreve esse jornal, sublinhando que “os representantes da UE e da Rússia, na véspera da Cimeira, disseram que não vale esperar decisões históricas”.
O jornal Rossiskaia Gazeta, órgão oficial do Governo russo, recorda que “no início do primeiro mandato presidencial de Vladimir Putin, a Rússia escolheu Portugal como ponto de orientação económica. Os economistas calcularam mesmo quanto tempo precisaria o nosso país para ultrapassar, quanto ao nível de desenvolvimento, um dos países mais pobres da UE. Parecia faltar muito tempo”.
“Agora - continua o jornal - a palavra de ordem “Alcançar e ultrapassar Portugal” foi esquecida... e a Rússia, nos últimos tempos, preferer orientar-se por si própria”. Este diário destaca também as declarações de Vladimir Putin sobre o Kosovo e Teerão, feitas depois do encontro com o Presidente Cavaco Silva.
“Vladimir Putin desferiu um golpe de lâmina” – titula o diário Kommersant.
“O Presidente Putin em Portugal, na véspera da Cimeira Rússia/UE, comparou os seus interlocutores a loucos que correm pela Europa com uma lâmina na mão” – escreve esse jornal. Essas palavras foram pronunciadas a propósito da posição da UE face ao Kosovo, que é diametralmente oposta à da Rússia. O enviado especial do Kommersant descreve assim a forma como Cavaco Silva ouviu o seu homólogo russo falar do Kosovo: “O Presidente de Portugal acenava que sim com a cabeça, e fez o mesmo desta vez, com uma prontidão para mim surpreendente. Eu dei conta que ele acenava que sim quando Vladimir Putin falava em russo e deixava imediatamente de fazer esse gesto quando começava a ouvir a tradução para português”.
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