Continuação (4ª parte) da publicação do artigo "Estado Novo do Doutor Salazar", da autoria de Nikolai Skirdenko, ideólogo da Unidade Nacional Russa.
A terceira parte foi publicada a 10 de Novembro de 2007.
"Em 1926, teve lugar mais um golpe militar de direita e o novo poder mostrou uma vez mais a sua impotência de pelo menos estabilizar a situação económica e política no país. Principalmente difícil era a situação das finanças públicas.
Em 1928, os militares propuseram a Salazar ocupar o cargo de ministro das Finanças, naquela altura o cargo mais difícil no governo. Neste cargo, Salazar agiu de forma muito decidida e competente. Durante um ano foi conseguida uma viragem decisiva para melhor na situação financeira do Estado. O novo ministro revelou-se rapidamente como um líder nacional. Na defesa da sua política, ele entrava ousadamente em conflito com os dirigentes do país, na busca de apoio, dirigia-se directamente à nação sem autorização do presidente e do primeiro-ministro. Pouco tempo depois, no país foi estabelecida a ditadura do ministro das Finanças.
A terceira parte foi publicada a 10 de Novembro de 2007.
"Em 1926, teve lugar mais um golpe militar de direita e o novo poder mostrou uma vez mais a sua impotência de pelo menos estabilizar a situação económica e política no país. Principalmente difícil era a situação das finanças públicas.
Em 1928, os militares propuseram a Salazar ocupar o cargo de ministro das Finanças, naquela altura o cargo mais difícil no governo. Neste cargo, Salazar agiu de forma muito decidida e competente. Durante um ano foi conseguida uma viragem decisiva para melhor na situação financeira do Estado. O novo ministro revelou-se rapidamente como um líder nacional. Na defesa da sua política, ele entrava ousadamente em conflito com os dirigentes do país, na busca de apoio, dirigia-se directamente à nação sem autorização do presidente e do primeiro-ministro. Pouco tempo depois, no país foi estabelecida a ditadura do ministro das Finanças.
Em 1930, Salazar tornou-se ministro das Colónias e, de facto, a primeira pessoa no Estado. A sua nomeação para o cargo de Primeiro Ministro, em 1932, foi já o reconhecimento atrasado e formal do seus poder quase absoluto. Nominalmente, acima de Salazar estava ainda o Presidente, que podia nomear e demitir o Primeiro Ministro a seu bel-prazer, mas o general Carmona, dirigente do golpe de 1926 que ocupava essa cargo, estava completamente sob a influência da personalidade carismática do ditador. Além disso, Carmona já não se arrisca a ir contra a nação, que via em Salazar o seu chefe.
Aproximadamente a partir de 1930, quando o poder de Salazar se tornou absoluto, ele começou a realizar consequentemente os princípios da revolução nacional, cujo objectivo era a criação do “Estado Novo”. O próprio Salazar afirmou várias vezes que a lei está na origem das supremas transformações revolucionárias, depois do que são levadas à prática. Nesse sentido, a revolução nacional em Portugal era realizada a partir de cima, gozando do apoio total das amplas massas do povo português.
O nacionalismo aberto e consequente era a base da nova política de Salazar. O conceito de nação tornou-se o primeiro entre uma série de prioridades do “Estado Novo”. Em contrapeso à conhecida fórmula de Mussolini “tudo para o Estado, nada além do Estado”, Salazar apresentou a sua: “Tudo para a nação, nada contra a nação”... Esta fórmula não contrapunha a nação ao Estado, pelo contrário, estabelecia a harmonia entre esses dois conceitos. O Estado é a forma suprema de existência e de organização da nação, por isso, era próprio de cada nação activa o desejo de formar um forte Estado nacional. Se a nação está em ascensão, os interesses do Estado são automaticamente garantidos. Por outro lado, o Estado pode ser edificado em princípios artificiais, puramente racionais e não exprimir os interesses da nação. Semelhante formação não pode sobreviver, baseia-se na ideia oca e sem sentido do Estado em prol do Estado. Nele, mais tarde ou mais cedo, afirma-se um poder extra-nacional e, depois, anti-nacional. Então, ele torna-se claramente inimigo da nação, o que inevitavelmente o conduzirá à morte.
Compreendendo bem isso, Salazar concentrou toda a atenção no despertar da consciência nacional e do princípio activo, saudável na nação, na garanti da sua coesão e unidade. Com esses objectivos, no país estimulava-se o interesse para com a história antiga e medieval de Portugal, apoiava-se as investigações históricas, fazia-se propaganda das páginas gloriosas do passado. O Tesouro não poupava meios para a construção de monumentos aos grandes homens dos séculos passados, para a organização de grandiosas exposições nacionais, dedicadas às datas importantes na vida do país e do povo. Prestou-se enorme atenção à educação do orgulho e consciência nacionais da juventude. Isso era feito por escolas, universidades, clubes, etc. À organização “Mocidade Portuguesa” pertenceu um enorme papel na educação física e moral da juventude".
(continuação)
Aproximadamente a partir de 1930, quando o poder de Salazar se tornou absoluto, ele começou a realizar consequentemente os princípios da revolução nacional, cujo objectivo era a criação do “Estado Novo”. O próprio Salazar afirmou várias vezes que a lei está na origem das supremas transformações revolucionárias, depois do que são levadas à prática. Nesse sentido, a revolução nacional em Portugal era realizada a partir de cima, gozando do apoio total das amplas massas do povo português.
O nacionalismo aberto e consequente era a base da nova política de Salazar. O conceito de nação tornou-se o primeiro entre uma série de prioridades do “Estado Novo”. Em contrapeso à conhecida fórmula de Mussolini “tudo para o Estado, nada além do Estado”, Salazar apresentou a sua: “Tudo para a nação, nada contra a nação”... Esta fórmula não contrapunha a nação ao Estado, pelo contrário, estabelecia a harmonia entre esses dois conceitos. O Estado é a forma suprema de existência e de organização da nação, por isso, era próprio de cada nação activa o desejo de formar um forte Estado nacional. Se a nação está em ascensão, os interesses do Estado são automaticamente garantidos. Por outro lado, o Estado pode ser edificado em princípios artificiais, puramente racionais e não exprimir os interesses da nação. Semelhante formação não pode sobreviver, baseia-se na ideia oca e sem sentido do Estado em prol do Estado. Nele, mais tarde ou mais cedo, afirma-se um poder extra-nacional e, depois, anti-nacional. Então, ele torna-se claramente inimigo da nação, o que inevitavelmente o conduzirá à morte.
Compreendendo bem isso, Salazar concentrou toda a atenção no despertar da consciência nacional e do princípio activo, saudável na nação, na garanti da sua coesão e unidade. Com esses objectivos, no país estimulava-se o interesse para com a história antiga e medieval de Portugal, apoiava-se as investigações históricas, fazia-se propaganda das páginas gloriosas do passado. O Tesouro não poupava meios para a construção de monumentos aos grandes homens dos séculos passados, para a organização de grandiosas exposições nacionais, dedicadas às datas importantes na vida do país e do povo. Prestou-se enorme atenção à educação do orgulho e consciência nacionais da juventude. Isso era feito por escolas, universidades, clubes, etc. À organização “Mocidade Portuguesa” pertenceu um enorme papel na educação física e moral da juventude".
(continuação)
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