A Rússia irá aumentar a capacidade de defesa das forças nucleares estratégicas para desferir um golpe rápido e adequado a qualquer agressor, declarou Vladimir Putin, Presidente da Rússia, numa reunião com o comando do Ministério da Defesa do país.
“A Rússia não pode ficar indiferente ao aumento evidente de músculos da NATO nas fronteiras com a Federação da Rússia” – sublinhou o dirigente russo.
Segundo ele, a o cumprimento da moratória do Tratado sobre Tropas Convencionais na Europa, a que a Rússia dará início no próximo dia 13 de Dezembro, será uma das “medidas adequadas para responder ao aumento de músculos por alguns países da NATO”.
“Sublinho que se trata de uma medida forçada e necessária. Os nossos parceiros não só não ratificaram o tratado, como também não aderiram a ele. Logo que os nossos parceiros adiram na prática ao Tratado adaptado e, o que é principal, o comecem a cumprir, a Rússia analisará a possibilidade de voltar a cumprir os seus compromissos” – frisou Putin.
“Violando os acordos conseguidos, alguns Estados e países da NATO aumentam os recursos militares junto das nossas fronteiras” – acrescentou o dirigente russo, sublinhando também que “as propostas russas sobre, por exemplo, a criação de um sistema único de defesa anti-míssil acessível igualmente a todos os participantes, continuam, infelizmente, sem resposta”.
“Será que vamos ficar a esperar anos?” – perguntou Putin e respondeu: “É impossível continuar eternamente nesta situação”.
O Tratado sobre Tropas Convencionais na Europa foi assinado pela União Soviética e NATO em Paris, em 1990. Depois da desintegração da URSS, foi elaborado um Tratado adaptado, mas este só foi ratificado pela Rússia, Ucrânia, Bielorrússia e Cazaquistão. A 13 de Julho passado, Vladimir Putin anunciou a moratória desse documento, decisão que recebeu o apoio unânime das duas câmaras do Parlamento russo: Duma Estatal e Conselho da Federação, e entrará em vigor a 13 de Dezembro.
O Presidente Russo defendeu também a necessidade de aumentar a luta contra o terrorismo e o extremismo, justificando isso com a existência da “ ameaça séria de grupo terroristas e extremistas, bem como pontos quentes perto das fronteiras russas”.
É de assinalar que estas declarações são feitas durante a campanha eleitoral no país, que tem como um dos componentes centrais o anti-ocidentalismo. A maioria do eleitorado russo gosta que o seu dirigente fale assim.
Porém, esta política externa será para continuar se as relações entre a Rússia e o chamado Ocidente se continuarem a deteriorar. A nova "guerra fria" já começou, embora muitos dos políticos de ambos os lados não queiram reconhecer isso.
Desta vez, a "guerra fria" tem diferenças substanciais da primeira (1945-1989), sendo a principal: a Rússia está cada vez mais integrada no mercado mundial, o que não acontecia com a União Soviética. É verdade que a URSS, tal como a Rússia moderna, dependia fortemente do preço mundial dos hidrocarbonetos, mas o seu mercado interno era mais fechado e menos exigente. O actual mercado russo está já fortemente integrado no mundial e, em alguns campos, por exemplo, na importação de alimentos, a Rússia perdeu aquilo a que se chama a "segurança alimentar", ou seja, quando um país não depende das importações alimentares para satisfazer o seu mercado.
Além disso, as autoridades russas não conseguem travar a crise demográfica, o que será mais um sério entrave ao futuro desenvolvimento do país.
E continua a ser uma grande incógnita a capacidade dos actuais dirigentes da Rússia de modernizar tecnologicamente o país, transformando a sua indústria, à excepção da exploração de hidrocarbonetos e fabrico de armamentos, competitiva.
Por outro lado, se a Europa precisa de uma Rússia estável e previsível, tem de encontrar uma fórmula nova de coexistência com ela.
“A Rússia não pode ficar indiferente ao aumento evidente de músculos da NATO nas fronteiras com a Federação da Rússia” – sublinhou o dirigente russo.
Segundo ele, a o cumprimento da moratória do Tratado sobre Tropas Convencionais na Europa, a que a Rússia dará início no próximo dia 13 de Dezembro, será uma das “medidas adequadas para responder ao aumento de músculos por alguns países da NATO”.
“Sublinho que se trata de uma medida forçada e necessária. Os nossos parceiros não só não ratificaram o tratado, como também não aderiram a ele. Logo que os nossos parceiros adiram na prática ao Tratado adaptado e, o que é principal, o comecem a cumprir, a Rússia analisará a possibilidade de voltar a cumprir os seus compromissos” – frisou Putin.
“Violando os acordos conseguidos, alguns Estados e países da NATO aumentam os recursos militares junto das nossas fronteiras” – acrescentou o dirigente russo, sublinhando também que “as propostas russas sobre, por exemplo, a criação de um sistema único de defesa anti-míssil acessível igualmente a todos os participantes, continuam, infelizmente, sem resposta”.
“Será que vamos ficar a esperar anos?” – perguntou Putin e respondeu: “É impossível continuar eternamente nesta situação”.
O Tratado sobre Tropas Convencionais na Europa foi assinado pela União Soviética e NATO em Paris, em 1990. Depois da desintegração da URSS, foi elaborado um Tratado adaptado, mas este só foi ratificado pela Rússia, Ucrânia, Bielorrússia e Cazaquistão. A 13 de Julho passado, Vladimir Putin anunciou a moratória desse documento, decisão que recebeu o apoio unânime das duas câmaras do Parlamento russo: Duma Estatal e Conselho da Federação, e entrará em vigor a 13 de Dezembro.
O Presidente Russo defendeu também a necessidade de aumentar a luta contra o terrorismo e o extremismo, justificando isso com a existência da “ ameaça séria de grupo terroristas e extremistas, bem como pontos quentes perto das fronteiras russas”.
É de assinalar que estas declarações são feitas durante a campanha eleitoral no país, que tem como um dos componentes centrais o anti-ocidentalismo. A maioria do eleitorado russo gosta que o seu dirigente fale assim.
Porém, esta política externa será para continuar se as relações entre a Rússia e o chamado Ocidente se continuarem a deteriorar. A nova "guerra fria" já começou, embora muitos dos políticos de ambos os lados não queiram reconhecer isso.
Desta vez, a "guerra fria" tem diferenças substanciais da primeira (1945-1989), sendo a principal: a Rússia está cada vez mais integrada no mercado mundial, o que não acontecia com a União Soviética. É verdade que a URSS, tal como a Rússia moderna, dependia fortemente do preço mundial dos hidrocarbonetos, mas o seu mercado interno era mais fechado e menos exigente. O actual mercado russo está já fortemente integrado no mundial e, em alguns campos, por exemplo, na importação de alimentos, a Rússia perdeu aquilo a que se chama a "segurança alimentar", ou seja, quando um país não depende das importações alimentares para satisfazer o seu mercado.
Além disso, as autoridades russas não conseguem travar a crise demográfica, o que será mais um sério entrave ao futuro desenvolvimento do país.
E continua a ser uma grande incógnita a capacidade dos actuais dirigentes da Rússia de modernizar tecnologicamente o país, transformando a sua indústria, à excepção da exploração de hidrocarbonetos e fabrico de armamentos, competitiva.
Por outro lado, se a Europa precisa de uma Rússia estável e previsível, tem de encontrar uma fórmula nova de coexistência com ela.
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