domingo, dezembro 16, 2007

Quem critica, vai para casa...


Natália Morare (na foto), jornalista da revista russa “The New Times”, foi esta manhã impedida de entrar na Rússia e expulsa do país.
A jornalista, cidadã da Moldávia, foi detida num dos aeroportos de Moscovo: “Domodedovo”, quando regressava de uma viagem de trabalho com outros jornalistas de Israel.
“Foi-me literalmente dito isto: “foi proibida a sua entrada no território da Federação da Rússia”. Quando perguntei por quem, disseram-me que tinham recebido uma ordem da direcção central do Serviço Federal de Segurança (ex-KGB) ” – declarou Natália Morare à rádio Eco de Moscovo.
Segundo a jornalista, um funcionário do serviço de fronteiras ter-lhe-á dito que “a proibição de entrada na Rússia pode vigorar de três a cinco anos”.
Os funcionários do serviço de fronteiras propuseram à jornalista ou regressar a Israel ou a voar para a Moldávia.
“Não me deram qualquer justificação. Nenhum deles se identificou. Responderam-me que posso receber todas as explicações na Embaixada da Moldávia da Federação da Rússia” - acrescentou.
Natália Morare frisou que tinha todos os documentos em ordem, que vivia e trabalhava na Rússia legalmente, sublinhando que esta decisão dos serviços secretos russos se deveu a um dos seus artigos publicados na revista semanal “The New Times”.
“Penso que a causa principal foi o último artigo publicado por mim e que tinha por título “Caixa Secreta do Kremlin”. Aí, eu descrevi pormenorizadamente como a Administração Presidencial (da Rússia) financiou a última campanha eleitoral” – concluiu ela.
No Nº44 da revista, publicada no passado dia 10 de Dezembro, Natália Morare descreveu a forma como o Kremlin financiou ilegalmente as forças políticas por ele controladas nas eleições legislativas de 02 de Dezembro e castigou os desobedientes.
Por exemplo, o Kremlin prometera à União das Forças Liberais 150 milhões de dólares (cerca de 103 milhões de euros) para financiar a campanha eleitoral deste partido liberal, que acabou por nada receber devido ao facto de ter criticado a política do Presidente Putin e do seu partido Rússia Unida.

3 comentários:

Diogo disse...

Eu sei que a democracia russa não será a mais transparente. Mas a Yankee fica a perder:

Algo de estranho aconteceu nas eleições americanas de 3 de Novembro de 2004 que deram a vitória a George W. Bush. O sinal mais óbvio foram as sondagens à boca das urnas no próprio dia das eleições. Enquanto as sondagens se têm revelado bastante precisas na maioria das eleições tanto as estaduais como para o congresso como , as sondagens à boca das urnas no dia das eleições mostravam John Kerry como o claro vencedor e a frase "vitória esmagadora" estava a começar a ser usada pelos que seguiam as notícias à medida que iam sabendo os resultados das sondagens.

Mas então uma coisa estranha aconteceu! Os votos começaram a ir para Bush, mesmo nos estados onde as sondagens à boca das urnas indicavam a vitória de Kerry. À medida que a noite ia avançando, uma tendência óbvia e perturbante despontava. Nos estados onde os boletins de voto eram de papel e os votos podiam ser conferidos, os resultados da votação correspondiam às sondagens à boca das urnas. Nos estados onde as novas máquinas de votar electrónicas eram usadas houve uma inclinação persistente na votação em Bush (à volta de 5%).

Le reste ici

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Diogo, aconselho-o vivamente a criar um blogue com o título www.dosestadosunidos.blogspot.com

Anónimo disse...

Antes para casa do que para o cemitério... A jornalista estrangeira provou as acusações (graves) que fez publicamente, em solo russo, aos governantes russos? Ela que experimente fazer o mesmo em qualquer outro país. Ou será que chamou terrorista a Putin, com todas as letras, como Anna Politkovskaya fez? Não sou propriamente defensor de Putin, mas...