A Grã-Bretanha, na situação em torno do British Council, tenta manipular o Direito Internacional, declarou Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
“Quanto ao British Council, os nossos colegas britânicos tentam manipular o Direito Internacional, que eles violam, bem como violam a legislação russa” – declarou Lavrov numa conferência de imprensa, a propósito da decisão das autoridades russas de encerrar as delegações do British Council no território da Rússia.
O ministro russo acrescentou que Moscovo tentou colocar numa base legal a actividade do British Council na Rússia, mas que isso não foi feito por culpa da Grã-Bretanha. “Planeavamos colocar numa base legal a actividade do British Council com a assinatura de um novo acordo. Mas, no Verão, a parte britânica apostou na deterioração sistemática das relações com a Federação da Rússia” – revelou Lavrov, recordando que a Grã-Bretanha decidiu expulsar diplomatas russos, pôr fim à cooperação anti-terrorista e suspender as conversações sobre a facilitação da concessão de vistos.
“A diplomacia geralmente não aceita semelhantes coisas” – frisou o ministro. Segundo ele, a parte russa decidiu responder com “o congelamento das conversações sobre o acordo que rege a actividade do British Council.
“Nem as condições de actividade, nem a quantidade de escritórios, nem o processo de abertura de não estão definidos no acordo de cooperação cultural e técnico-científica, que regulamenta o trabalho do British Council na Rússia” – acrescentou.
“A parte britânica decidiu unilateralmente abrir dezena e meia de escritórios na Rússia, sem acordar isso com a parte russa. Esses escritórios dedicavam-se a actividades comerciais. Parte deles faziam parte da Embaixada Britânica. Tudo isso vai contra a Convenção de Viena”.
No passado dia 12 de Dezembro, as autoridades russas ordenaram o encerramento de todas as escolas do British Council no país a partir de 01 de Janeiro de 2008.
No dia seguinte, O primeiro--ministro britânico reagiu com indignação à decisão da Rússia de suspender temporariamente as actividades das filiais regionais do British Council e, perante uma comissão parlamentar, considerou-a mesmo “uma acção totalmente inaceitável”. Gordon Brown recordou que os únicos países que adoptaram uma medida idêntica foram o Irão e Myanmar.
“O British Council (um organismo que se dedica a promover a cultura britânica) tem feito um trabalho tremendo tanto na Rússia como no resto do Mundo. (...) Esperamos que Moscovo “desista imediatamente desta acção” – declarou Gordon Brown.
O British Council, organização criada e financiada pela Grã-Bretanha para difundir a cultura e língua inglesas no estrangeiro, começou a trabalhar na Rússia em 1992, criando depois 11 centros de informação e bibliotecas. Anualmente, eles são frequentados por cerca de 200 mil pessoas.
Em 2001, os britânicos tentaram assinar um acordo sobre centros de ensino na Rússia, que concedesse ao British Council o estatuto de organização diplomática. Porém, o MNE russo recusou-se a conceder semelhantes preferências. Além disso, as delegações do British Council têm sido várias vezes alvo de buscas da polícia e dos órgãos fiscais russos.
“Não duvido que esta decisão está ligada ao mau momento atravessado pelas relações russo-britânicas, provocado pela “guerra dos espiões”” – declarou um funcionário do British Council. Segundo ele, o envenenamento de Alexandre Litvinenko (antigo agente dos serviços secretos russos) em Londres, em Novembro do ano passado, que as autoridades britânicas atribuem a agentes russos, despoletou uma “autêntica guerra diplomática”.
Londres exige a extradição de dois antigos agentes russos, mas Moscovo não só se recusa a entregá-los, como acusa as autoridades britânicas de darem refúgio político ao “terrorista tchetcheno” Akhmed Zakaev e ao oligarca Boris Berezovski.
“Quanto ao British Council, os nossos colegas britânicos tentam manipular o Direito Internacional, que eles violam, bem como violam a legislação russa” – declarou Lavrov numa conferência de imprensa, a propósito da decisão das autoridades russas de encerrar as delegações do British Council no território da Rússia.
O ministro russo acrescentou que Moscovo tentou colocar numa base legal a actividade do British Council na Rússia, mas que isso não foi feito por culpa da Grã-Bretanha. “Planeavamos colocar numa base legal a actividade do British Council com a assinatura de um novo acordo. Mas, no Verão, a parte britânica apostou na deterioração sistemática das relações com a Federação da Rússia” – revelou Lavrov, recordando que a Grã-Bretanha decidiu expulsar diplomatas russos, pôr fim à cooperação anti-terrorista e suspender as conversações sobre a facilitação da concessão de vistos.
“A diplomacia geralmente não aceita semelhantes coisas” – frisou o ministro. Segundo ele, a parte russa decidiu responder com “o congelamento das conversações sobre o acordo que rege a actividade do British Council.
“Nem as condições de actividade, nem a quantidade de escritórios, nem o processo de abertura de não estão definidos no acordo de cooperação cultural e técnico-científica, que regulamenta o trabalho do British Council na Rússia” – acrescentou.
“A parte britânica decidiu unilateralmente abrir dezena e meia de escritórios na Rússia, sem acordar isso com a parte russa. Esses escritórios dedicavam-se a actividades comerciais. Parte deles faziam parte da Embaixada Britânica. Tudo isso vai contra a Convenção de Viena”.
No passado dia 12 de Dezembro, as autoridades russas ordenaram o encerramento de todas as escolas do British Council no país a partir de 01 de Janeiro de 2008.
No dia seguinte, O primeiro--ministro britânico reagiu com indignação à decisão da Rússia de suspender temporariamente as actividades das filiais regionais do British Council e, perante uma comissão parlamentar, considerou-a mesmo “uma acção totalmente inaceitável”. Gordon Brown recordou que os únicos países que adoptaram uma medida idêntica foram o Irão e Myanmar.
“O British Council (um organismo que se dedica a promover a cultura britânica) tem feito um trabalho tremendo tanto na Rússia como no resto do Mundo. (...) Esperamos que Moscovo “desista imediatamente desta acção” – declarou Gordon Brown.
O British Council, organização criada e financiada pela Grã-Bretanha para difundir a cultura e língua inglesas no estrangeiro, começou a trabalhar na Rússia em 1992, criando depois 11 centros de informação e bibliotecas. Anualmente, eles são frequentados por cerca de 200 mil pessoas.
Em 2001, os britânicos tentaram assinar um acordo sobre centros de ensino na Rússia, que concedesse ao British Council o estatuto de organização diplomática. Porém, o MNE russo recusou-se a conceder semelhantes preferências. Além disso, as delegações do British Council têm sido várias vezes alvo de buscas da polícia e dos órgãos fiscais russos.
“Não duvido que esta decisão está ligada ao mau momento atravessado pelas relações russo-britânicas, provocado pela “guerra dos espiões”” – declarou um funcionário do British Council. Segundo ele, o envenenamento de Alexandre Litvinenko (antigo agente dos serviços secretos russos) em Londres, em Novembro do ano passado, que as autoridades britânicas atribuem a agentes russos, despoletou uma “autêntica guerra diplomática”.
Londres exige a extradição de dois antigos agentes russos, mas Moscovo não só se recusa a entregá-los, como acusa as autoridades britânicas de darem refúgio político ao “terrorista tchetcheno” Akhmed Zakaev e ao oligarca Boris Berezovski.
2 comentários:
Pois... Os blairinhos e os gordoninhos pensavam que eram só facilidades. O Império Britânico deixou muitos reflexos condicionados nos gajos, sejam eles de esquerda ou de direita.
Em todo o caso, eu pedia-lhe a si que não empregasse o termo "despoletar" para dizer "desencadear" ou "provocar". Não é correcto e a confusão até é perigosa, p. ex., quando se trata de mexer em granadas.
Caro leitor, vou ter em conta a sua nota...Fui levado pelas emoções. É que as relações entre a Rússia e a Grã-Bretanha estão mesmo explosivas
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