O deputado da Duma Estatal (Parlamento) da Rússia e director do Instituto de Estudo Políticos, Serguei Markov, considera que os partidários da ideia da proclamação unilateral da independência do Kosovo mentem quando afirmam que esse precedente não pode ser empregue em relação a outros povos que pretendem ser independentes, nomeadamente da Abkházia, Ossétia do Sul e Transdnistria.
Em declarações citadas pela agência IA REGNUM, Markov sublinhou que “Madrid não vê a situação em torno do Kosovo como precendente, mas os bascos vêem; Paris também não vê, mas os córsegos vêem. O mesmo se passada nas relações entre a Geórgia e a Abkházia e Ossétia do Sul, em como entre a Moldávia e a Transdnistria”.
“Os povos da Abkházia, da Ossétia do Sul e da Transdnistria têm mais direito à independência do que os kosovares” – sublinhou Markov.
O deputado assinalou que, presentemente, tem lugar na Rússia uma luta entre diferentes forças políticas quanto ao reconhecimento da independência dos Estados que se autoproclamaram independentes no espaço post-soviético.
“Umas manifestam-se pelo reconhecimento imediato desses territórios, outras têm outro ponto de vista e consideram que, por enquanto, não é preciso fazer isso, mas, ao mesmo tempo, apelam à concessão de ajuda a essas repúblicas e à integração de facto na Rússia” – considera Markov.
Segundo ele, continua em aberto a questão de qual dessas posições vai vencer , mas “no caso de reconhecimento da independência do Kosovo, a Abkházia e Ossétia do Sul receberão tudo”.
À pergunta: “irá a Duma Estatal levantar a questão do reconhecimento da Abkházia e da Ossétia do Sul?”, Markov respondeu: “A Duma fará o que Vladimir Putin disser”.
O deputado russo considera que os Estados Unidos cometem um “erro terrível” ao reconhecer a independência do Kosovo. “No fundo, Tahci (líder do Kosovo) não é muito diferente de Bin Laden. Os americanos alimentaram esse terrorista e agora ele faz explodir as suas casas. Tahci será mais um Bin Laden” – concluiu Markov
Em declarações citadas pela agência IA REGNUM, Markov sublinhou que “Madrid não vê a situação em torno do Kosovo como precendente, mas os bascos vêem; Paris também não vê, mas os córsegos vêem. O mesmo se passada nas relações entre a Geórgia e a Abkházia e Ossétia do Sul, em como entre a Moldávia e a Transdnistria”.
“Os povos da Abkházia, da Ossétia do Sul e da Transdnistria têm mais direito à independência do que os kosovares” – sublinhou Markov.
O deputado assinalou que, presentemente, tem lugar na Rússia uma luta entre diferentes forças políticas quanto ao reconhecimento da independência dos Estados que se autoproclamaram independentes no espaço post-soviético.
“Umas manifestam-se pelo reconhecimento imediato desses territórios, outras têm outro ponto de vista e consideram que, por enquanto, não é preciso fazer isso, mas, ao mesmo tempo, apelam à concessão de ajuda a essas repúblicas e à integração de facto na Rússia” – considera Markov.
Segundo ele, continua em aberto a questão de qual dessas posições vai vencer , mas “no caso de reconhecimento da independência do Kosovo, a Abkházia e Ossétia do Sul receberão tudo”.
À pergunta: “irá a Duma Estatal levantar a questão do reconhecimento da Abkházia e da Ossétia do Sul?”, Markov respondeu: “A Duma fará o que Vladimir Putin disser”.
O deputado russo considera que os Estados Unidos cometem um “erro terrível” ao reconhecer a independência do Kosovo. “No fundo, Tahci (líder do Kosovo) não é muito diferente de Bin Laden. Os americanos alimentaram esse terrorista e agora ele faz explodir as suas casas. Tahci será mais um Bin Laden” – concluiu Markov
3 comentários:
Bem, se Kosovo torna-se independente, por quê não estas regiões.Temos também os Catalães, os Bascos na atual Espanha, à Itália com sua liga do norte, Formosa querendo sua independência da China, os belgas, entre tantos cantos do mundo.Se existe uma lei, regra internacional, e ela claramente é desrespeitada, significa que cada um pode fazer o que bem entender, como à lei do mais forte.Não tenho dúvidas que este precedente não ficará em vão.
Comentário enviado por mail:
"Caro José,
Não sei os argumentos que são colocados para compara situações, mas o Kosovo-Metohija são estes:
Após 2ª Guerra, a Albânia aliada do eixo, toma um novo rumo dirigida por Enver Hosha. Uma nova ditadura, mais radical ir-se-ia impôr. Milhares de albaneses fogem da albânia para territórios vizinhos: a Grécia e a recém-formada Jugoslávia. Nesta última, estabelecem-se no sul da república do Montenegro, na Macedónia e, principalmente, no Kosovo. Em todos estes territórios a população de origem albanesa já estava fixada e integrada com as povos que habitavam essas regiões. A vaga de "refugiados" - no fundo, eram-no - modificou a curto prazo a própria estrutura existente. Duas opções se estabeleceram: ficar ou emigrar para países mais ricos. São estas duas "vagas" que irão alterar o Kosovo-Metohija: por um lado a afirmação "albanesa" de emigrantes, noutros países, que continuaram vivendo como "albaneses"; do outro, os que ficaram e que pouco--pouco vão (re)assumindo o ser "albanês, boicotando as leis e imposições jugoslavas - eleições, ensino, representatividade,... Como a natalidade albanesa é muito maior (média de 10 filhos para o de duas crianças "jugoslavas"), aos poucos, uma transformação importante se começa a impôr: a substituição de uma maioria por outra. A noção de independência é mais eferverscente nos emigrantes que nos residentes no Kosovo e o tempo - "esse carrasco lento" - joga a seu favor. Os actuais dirigentes como "Thaci" é um emigrante. Nunca conheceu a Albânia.dos avós. A sua Albânia era(é) o Kosovo (ao contrário do falecido dirigente, que nascera na albânia e com quem o diálogo ainda foi possível) .
Ctos,
João Moreira"
Caro João, neste momento já não estamos na fase da argumentação (a sua está correcta), porque todas as partes apresentam ou inventam argumentos para provar as coisas mais incríveis. O problema é que o Kosovo, mesmo tendo originalidades, cria um precedente perigoso. Os que vêm a seguir também têm argumentos, que funcionarão se tiverem forte apoio internacional. Vamos ver, mais um desafio para a Europa.
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