No dia de São Valentin, os russos poderão adquirir um filme em DVD que promete ser um êxito porque os protagonistas deste filme de ficção são muito semelhantes a Vladimir Putin e sua família e porque a estreia ficou marcada por incidentes.
Anatoli Voropaev, produtor do filme, nega categoricamente que as personagens do seu melodrama “Beijo não para a imprensa” tenham como protótipo pessoas reais, e muito menos Putin e a sua família.
“É a história de uma mulher russa, esposa e mãe que, como milhões de mulheres deste país, compartilha a vida com um homem que dedica mais tempo ao trabalho do que à sua família” – explicou Voropaev nunca conferência de imprensa realizada após a primeira apresentação do filme num dos cinemas de Moscovo.
Segundo ele, “foi nossa intenção mostrar a vida de um político através dos olhos da sua mulher, para quem o seu esposo é antes de mais um homem e o pai de suas filhas”. A ideia do filme surgiu em 2001, a sua rodagem terminou em Fevereiro de 2003, mas o DVD é só agora lançado porque Voropaev não quis trabalhar no projecto enquanto ocupou cargos públicos.
“Em 2002, fui mobilizado para trabalhar no serviço público e não queria que mais alguém realizasse esse projecto” – sublinhou ele, que, até finais do ano passado, ocupou o cargo de vice-governador, primeiramente, da região de Tula e, depois, da de Stravopol.
“É melhor assim, porque a sociedade russa já amadureceu para entender o filme correctamente” – assinalou Voropaev, que acabou por reconhecer indirectamente que se trata de uma história sobre o senhor do Kremlin.
O personagem principal do “Beijo não para a imprensa” é de Leninegrado (hoje São Petersburgo e terra natal de Putin), licenciado em Direito (tal como o Presidente), que fala bem alemão (como Putin), pratica sambo (luta russa muito semelhante ao judo, desporto preferido do Presidente) e que faz uma brilhante carreira política.
O nome do herói, Alexandre Alexandrovitch Platov, cujo nome e patronímico coincidem, como com os de Vladimir Vladimir Putin, trabalhou vários anos como funcionário da embaixada soviética, assim como Putin, que espiou para o KGB na República Democrática Alemã. A esposa de Platov, Tatiana, tal como a de Putin, Ludmila, é de Kalininegrado e ambos os casais têm duas filhas. São também muito semelhantes o episódio do primeiro encontro entre Platov e a esposa e a história do primeiro encontro de Putin e Ludmila relatada pelo Presidente nas suas memórias.
Os militantes do Partido Nacional-Bolchevique, força política proibida pelas autoridades russas, não tiveram dúvidas quanto aos objectivos da película e, na cerimónia de estreia, levantaram faixas de pano onde se podia ler: “Putin é um criminoso!” e lançaram folhas volantes onde acusam o dirigente russo de ter destruído as liberdades na Rússia, assassinado jornalistas e cidadãos, falsificado eleições.
A numerosa plateia que assistia à estreia aplaudiu efusivamente a acção política. A polícia deteve dois militantes do Partido Nacional-Bolchevique que gritavam: “Putin é o carrasco de Beslan!”, “Putin é o carrasco da liberdade!”, “Liberdade para os presos políticos!”.
Os detidos foram levados a tribunal, irão ser julgados por “extremismo político” e poderão incorrer numa pena até dois anos de prisão.
A crítica especializada também não está a receber bem o melodrama. “O filme sobre a juventude do Presidente pode ser visto mas se o desejo for muito grande” – escreve o diário Nezavissimaia Gazeta.
“O filme foi rodado nas melhores tradições do pior cinema russo” – considera o diário electrónico Gazeta.ru.
Anatoli Voropaev, produtor do filme, nega categoricamente que as personagens do seu melodrama “Beijo não para a imprensa” tenham como protótipo pessoas reais, e muito menos Putin e a sua família.
“É a história de uma mulher russa, esposa e mãe que, como milhões de mulheres deste país, compartilha a vida com um homem que dedica mais tempo ao trabalho do que à sua família” – explicou Voropaev nunca conferência de imprensa realizada após a primeira apresentação do filme num dos cinemas de Moscovo.
Segundo ele, “foi nossa intenção mostrar a vida de um político através dos olhos da sua mulher, para quem o seu esposo é antes de mais um homem e o pai de suas filhas”. A ideia do filme surgiu em 2001, a sua rodagem terminou em Fevereiro de 2003, mas o DVD é só agora lançado porque Voropaev não quis trabalhar no projecto enquanto ocupou cargos públicos.
“Em 2002, fui mobilizado para trabalhar no serviço público e não queria que mais alguém realizasse esse projecto” – sublinhou ele, que, até finais do ano passado, ocupou o cargo de vice-governador, primeiramente, da região de Tula e, depois, da de Stravopol.
“É melhor assim, porque a sociedade russa já amadureceu para entender o filme correctamente” – assinalou Voropaev, que acabou por reconhecer indirectamente que se trata de uma história sobre o senhor do Kremlin.
O personagem principal do “Beijo não para a imprensa” é de Leninegrado (hoje São Petersburgo e terra natal de Putin), licenciado em Direito (tal como o Presidente), que fala bem alemão (como Putin), pratica sambo (luta russa muito semelhante ao judo, desporto preferido do Presidente) e que faz uma brilhante carreira política.
O nome do herói, Alexandre Alexandrovitch Platov, cujo nome e patronímico coincidem, como com os de Vladimir Vladimir Putin, trabalhou vários anos como funcionário da embaixada soviética, assim como Putin, que espiou para o KGB na República Democrática Alemã. A esposa de Platov, Tatiana, tal como a de Putin, Ludmila, é de Kalininegrado e ambos os casais têm duas filhas. São também muito semelhantes o episódio do primeiro encontro entre Platov e a esposa e a história do primeiro encontro de Putin e Ludmila relatada pelo Presidente nas suas memórias.
Os militantes do Partido Nacional-Bolchevique, força política proibida pelas autoridades russas, não tiveram dúvidas quanto aos objectivos da película e, na cerimónia de estreia, levantaram faixas de pano onde se podia ler: “Putin é um criminoso!” e lançaram folhas volantes onde acusam o dirigente russo de ter destruído as liberdades na Rússia, assassinado jornalistas e cidadãos, falsificado eleições.
A numerosa plateia que assistia à estreia aplaudiu efusivamente a acção política. A polícia deteve dois militantes do Partido Nacional-Bolchevique que gritavam: “Putin é o carrasco de Beslan!”, “Putin é o carrasco da liberdade!”, “Liberdade para os presos políticos!”.
Os detidos foram levados a tribunal, irão ser julgados por “extremismo político” e poderão incorrer numa pena até dois anos de prisão.
A crítica especializada também não está a receber bem o melodrama. “O filme sobre a juventude do Presidente pode ser visto mas se o desejo for muito grande” – escreve o diário Nezavissimaia Gazeta.
“O filme foi rodado nas melhores tradições do pior cinema russo” – considera o diário electrónico Gazeta.ru.
1 comentário:
A propósito, pra quem não sabe "Platov" era o sobrenome verdadeiro de Putin. Após algum tempo ele mudou e passou a ser "Putin". Esse filme é obviamente sobre Putin.
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