sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Até onde vai a verborreia...


Os diplomatas sérvios na capital russa estão indignados com a declaração do jornalista e apresentador do canal televisivo público “Rossia”, Konstantin Siomin (o jovem da foto), que apoiou o assassinato de Zoran Djindjic, antigo primeiro-ministro da Sérvia.
Segundo o jornal electrónico “Izbranoe”, a Embaixada da Sérvia em Moscovo já pediu ao canal uma cópia da declaração que foi feita no programa de informação “Vesti plus”.
Na quinta-feira à noite, o programa de informação “Vesti plus”, transmitido em directo, foi dedicado aos acontecimentos em Belgrado, onde uma manifestação de protesto contra a independência do Kosovo terminou em desordens.
Ao comentar os acontecimentos, o apresentador chamou a Zoran Djindjic “marioneta ocidental, homem que destruiu as lendárias forças armadas e serviços secretos sérvios, que vendeu a Haia os heróis da resistência em troca de ajuda económica abstracta e, por isso, recebeu merecidamente uma bala”.
Os diplomatas sérvios pretendem esclarecer se essas palavras são uma posição do Estado Russo, ou se são uma iniciativa do jornalista.
“Trata-se de um apelo ao assassinato do actual Presidente da Sérvia, Boris Tadic, antigo assessor de Zoran Djindjic na direcção do Partido Democrático da Sérvia” – considera Serguei Grizunov, antigo correspondente da agência Ria Novosti na Jugoslávia.
“Trata-se de um apelo à revisão das relações de boa-vizinhança entre a Rússia e Sérvia, a quem, nós, do meu ponto de vista, apoiamos muito bem nas suas pretensões sobre a proclamação unilateral da independência do Kosovo. Mais, a televisão pública russa prestou um serviço inestimável aos terroristas kosovares, que a partir de agora ficam com as mãos livres” – frisou Grizunov.
Zoran Djindjic dirigiu o primeiro governo democrático da Sérvia depois da queda do regime de Slobodan Milosevic e foi assassinado a tiro em Março de 2003.
Por este andar, onde irá acabar a verborreia...

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