A OSCE decidiu não enviar observadores às presidenciais russas, o Kremlin respondeu que não aceita ultimatos e acusa a OSCE de padrões duplos.
As eleições na Rússia são o que são e a OSCE tem o direito de tomar as decisões que quiser. Mas espanta o facto de esta decisão ter sido tomada só agora e só em relação à Rússia.
Quanto à reacção do Kremlin de que a ausência de observadores da OSCE não irá tirar democraticidade às eleições, considero que será mesmo assim, porque aquilo o que poderia ser feito de uma forma civilizada e correcta (a eleição de Dmitri Medvedev), está a ser transformado numa farsa aberta. Um exemplo apenas:
O candidato do Kremlin à Presidência da Rússia, Dmitri Medvedev, recebeu muito mais tempo de antena do que o próprio Putin nos cinco maiores canais de televisão russos, revela um estudo realizado pelo Centro de Jornalismo Extremo.
Oleg Panfilov, dirigente desse Centro, revelou que um estudo realizado entre 10 de Janeiro e 01 de Fevereiro mostrou que a correlação do tempo de antena concedido a Medvedev e a Putin no Primeiro Canal foi de 51,5 por cento para 37,3 por cento. Indicadores semelhantes observaram-se nos canais “Rossia”, “TVTsentr” e NTV.
Quanto ao canal privado REN TV, este deu tempo de antena praticamente igual a Medvedev e Putin (20,2 e 17 por cento respectivamente). Além disso, este canal foi o único que deu algum tempo de antena significativo aos restantes candidatos a Presidente da Rússia: Andrei Bogdanov, dirigente do Partido Democrático, recebeu 12,3 por cento do tempo de antena dedicado aos candidato,Vladimir Jirinovski 12,9 e Guennadi Ziuganov 09,7 por cento.
Os canais controlados pelo Estado concederam, nesse período, aos adversários de Medvedev muito menos tempo de antena. O Primeiro Canal, por exemplo, concedeu a Jirinovski e Bogdanov apenas 2,7 por cento do tempo de antena. O canal TVTSENTR concedeu ao dirigente comunista ainda menos: 0,3 por cento.
Segundo outra monotorização realizada pelo Partido Comnunista entre 01 e 25 de Janeiro, os canais públicos concederam 07 horas 56 minutos e 09 segundos aos candidatos a Presidente. Medvedev recebeu 85,6 por cento, Jirinovski, Bogdanov e Ziuganov tiveram direito a 4,4 por cento.
Oleg Panfilov chama a atenção para o facto de a monotorização realizada pelo Centro de Jornalismo Extremo ter sido realizada antes do início da campanha eleitoral, a 02 de Fevereiro, mas acrescentou que se a situação se alterar, não será a favor dos adversários de Medvedev. Esta desigualdade no acesso dos candidatos aos órgãos de informação parece ter sido uma das razões que levou Moscovo a recusar a antecipação da chegada dos observadores da OSCE, que pretendiam monotarizar não só o escrutínio, mas também a campanha eleitoral. A Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia estabeleceu que o ODHIR da OSCE poderia enviar 70 observadores e a sua chegada foi marcada para 27-28 de Fevereiro. O ODHIR, pelo seu lado, pediu à CEC para permitir o acompanhamento não só da votação, mas também da campanha eleitoral.
Depois de conversações realizadas na terça-feira, a CEC da Rússia aceitou aumentar o número de observadores para 70, autorizar que 20 pessoas venham no dia 08 de Fevereiro e 50 a partir de 20 de Fevereiro, mas o ODHIR insistiu no dia 15 de Fevreiro como a data para a chegada do principal grupo de observadores.
Hoje, a OSCE anunciou que não enviará observadores às eleições presidenciais de 02 de Março, o que está a irritar fortemente o Kremlin.
As eleições na Rússia são o que são e a OSCE tem o direito de tomar as decisões que quiser. Mas espanta o facto de esta decisão ter sido tomada só agora e só em relação à Rússia.
Quanto à reacção do Kremlin de que a ausência de observadores da OSCE não irá tirar democraticidade às eleições, considero que será mesmo assim, porque aquilo o que poderia ser feito de uma forma civilizada e correcta (a eleição de Dmitri Medvedev), está a ser transformado numa farsa aberta. Um exemplo apenas:
O candidato do Kremlin à Presidência da Rússia, Dmitri Medvedev, recebeu muito mais tempo de antena do que o próprio Putin nos cinco maiores canais de televisão russos, revela um estudo realizado pelo Centro de Jornalismo Extremo.
Oleg Panfilov, dirigente desse Centro, revelou que um estudo realizado entre 10 de Janeiro e 01 de Fevereiro mostrou que a correlação do tempo de antena concedido a Medvedev e a Putin no Primeiro Canal foi de 51,5 por cento para 37,3 por cento. Indicadores semelhantes observaram-se nos canais “Rossia”, “TVTsentr” e NTV.
Quanto ao canal privado REN TV, este deu tempo de antena praticamente igual a Medvedev e Putin (20,2 e 17 por cento respectivamente). Além disso, este canal foi o único que deu algum tempo de antena significativo aos restantes candidatos a Presidente da Rússia: Andrei Bogdanov, dirigente do Partido Democrático, recebeu 12,3 por cento do tempo de antena dedicado aos candidato,Vladimir Jirinovski 12,9 e Guennadi Ziuganov 09,7 por cento.
Os canais controlados pelo Estado concederam, nesse período, aos adversários de Medvedev muito menos tempo de antena. O Primeiro Canal, por exemplo, concedeu a Jirinovski e Bogdanov apenas 2,7 por cento do tempo de antena. O canal TVTSENTR concedeu ao dirigente comunista ainda menos: 0,3 por cento.
Segundo outra monotorização realizada pelo Partido Comnunista entre 01 e 25 de Janeiro, os canais públicos concederam 07 horas 56 minutos e 09 segundos aos candidatos a Presidente. Medvedev recebeu 85,6 por cento, Jirinovski, Bogdanov e Ziuganov tiveram direito a 4,4 por cento.
Oleg Panfilov chama a atenção para o facto de a monotorização realizada pelo Centro de Jornalismo Extremo ter sido realizada antes do início da campanha eleitoral, a 02 de Fevereiro, mas acrescentou que se a situação se alterar, não será a favor dos adversários de Medvedev. Esta desigualdade no acesso dos candidatos aos órgãos de informação parece ter sido uma das razões que levou Moscovo a recusar a antecipação da chegada dos observadores da OSCE, que pretendiam monotarizar não só o escrutínio, mas também a campanha eleitoral. A Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia estabeleceu que o ODHIR da OSCE poderia enviar 70 observadores e a sua chegada foi marcada para 27-28 de Fevereiro. O ODHIR, pelo seu lado, pediu à CEC para permitir o acompanhamento não só da votação, mas também da campanha eleitoral.
Depois de conversações realizadas na terça-feira, a CEC da Rússia aceitou aumentar o número de observadores para 70, autorizar que 20 pessoas venham no dia 08 de Fevereiro e 50 a partir de 20 de Fevereiro, mas o ODHIR insistiu no dia 15 de Fevreiro como a data para a chegada do principal grupo de observadores.
Hoje, a OSCE anunciou que não enviará observadores às eleições presidenciais de 02 de Março, o que está a irritar fortemente o Kremlin.
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