segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Quem vai mandar na Rússia?


Dmitri Medvedev, candidato a Presidente da Rússia apoiado pelo Partido Rússia Unida e Vladimir Putin, considera que o seu país deverá continuar a ser governado por um “Presidente forte”.
“A Rússia é um Estado federativo com grandes perspectivas, mas também com numerosos problemas. Semelhante Estado só pode ser governado com a ajuda de um poder presidencial forte. Independentemente de quem ocupar o gabinete no Kremlin. A Rússia organizou-se sempre em torno de uma rígida vertical executiva” – declarou Medvedev à revista Itogui.
À pergunta: onde ficará o centro do poder no Kremlin (onde irá instalar-se Medvedev quando for eleito Presidente) ou na Casa Branca (para onde se transferir Vladimir Putin quando passar a dirigir o Governo russo), ele respondeu: “Não há dois, três ou cinco centros. A Rússia é dirigida pelo Presidente e, segundo a Constituição, ele pode ser só um”.
Na mesma entrevista, Medvedev pronunciou-se pela continuação de uma linha dura e rígida na política internacional.
“Quando ouço apelos para que a Rússia revele maior maleabilidade, penso que talvez concordasse com esse conselho há dez meses atrás. Mas agora não posso. E não porque me tornei um alto funcionário. Mudou o meu ângulo de visão. Se não tivessemos uma posição dura em várias questões, continuariam a olhar para nós como para um país de terceira ordem. Como para a periferia do desenvolvimento social, uma espécie de Alto Volta com mísseis nucleares. E isso não é assim. Temos uma situação especial no mundo” – acrescentou Medvedev.
Quando lhe perguntaram se isso se devia a “bombas, petróleo e gás”, ele respondeu: “Sem dúvida”, mas acrescentou que também devido ao potencial intelectual, à história milenária, ao lugar no mapa da Eurásia”.
Uma sondagem do Centro de Estudo da Opinião Pública da Rússia prevê que Dmitri Medvedev conquiste 73,5 por cento dos votos e vença as eleições presidenciais, marcadas para 02 de Março, à primeira volta.

O líder comunista, Guennadi Ziuganov, poderá conseguir 13,5 por cento, Vladimir Jirinovski, dirigente do Partido Liberal Democrático 11,6 e Andrei Bogdanov, líder do Partido Democrático, 1,3 por cento.

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