Natália Morar, jornalista moldava que escreveu sobre a corrupção nas altas esferas do poder russo e sobre os fundos secretos do Kremlin, está retida desde ontem num aeroporto de Moscovo, porque os guardas-fronteiriços do Serviço Federal de Segurança da Rússia a acusam de “ser uma ameaça para a segurança nacional”.
“Eu e o meu marido estamos na zona de trânsito do Aeroporto de Domodedovo. Eu e o meu marido (um jornalista russo) atámo-nos com um cinto para que não me possam deportar. Embora eu tenha pedido várias vezes a presença do meu advogado, isso foi-me recusado” – declarou à rádio Eco de Moscovo Natália Morar, jornalista da revista The New Times, um semanário russo de análise e investigação.
Os guardas-fronteiriços tentaram repatriá-la para a Moldávia, mas a jornalista e o marido recusaram-se a embarcar no avião. Natália Morar já foi impedida de entrar na Rússia em meados de Dezembro, depois de uma viagem de serviço a Israel, e foi repatriada por, segundo afirmaram então as autoridades russas, “questões de segurança nacional”.
Moscovo nunca esclareceu de que “questões de segurança nacional” se trataram e a direcção do The New Times não duvida que as represálias se devem ao facto de Natália Morar ter publicado vários artigos na revista onde denuncia graves casos de corrupção nas mais altas esferas do poder e a existência de fundos secretos do Kremlin utilizados para fins pouco claros.
Depois de regressar à Moldávia, Natália casou-se com o cidadão russo Ilia Baranov, também jornalista do The New Times, e decidiram vir viver para Moscovo, onde reside o marido. Como os cidadãos moldavos não necessitam de visto para entrar na Rússia, os recém-casados trouxeram, além dos passaportes, uma certidão de casamento devidamente traduzida para russo e autenticada.
Porém, ontem, os guarda-fronteiriços impediram a entrada da jornalista em território russo e tentaram deportá-la, mas Natália Morar recusa-se a entrar no avião. Hoje, repetiu-se a mesma cena.
Segundo afirma Ilia Baranov, os guardas-fronteiriços deixaram de lhes dar de comer e retiraram da sala onde se encontram os bancos em que eles passaram a noite.
“As condições em que se encontra Natália Morar são equivalentes a torturas. O facto de ela estar privada de defesa jurídica é uma violação da Constituição da Federação da Rússia e da Convenção Europeia de Defesa dos Direitos Humanos” – declarou Evguenia Albats, vice-directora da revista Yhe New Times.
Segundo ela, “no aeroporto encontram-se permanentemente vários advogados da revista The New Times, mas não se podem encontrar com a jornalista”.
A organização internacional “Repórteres sem fronteiras” lançou um apelo às autoridades russas para que autorizem a entrada da jornalista na Rússia.
“Não há quaisquer razão para que Natália Morar seja persona non grata na Rússia. Gostaríamos de receber confirmação da legitimidade das acções do Serviço Federal de Segurança relativamente à jornalista” – declarou Elza Vidau, chefe da secção europeia dessa organização internacional.
Não encontro explicação racional para o comportamento do poder. Que perigo pode constituir esta jovem jornalista moldava para um Estado que diz não ter medo da NATO?
“Eu e o meu marido estamos na zona de trânsito do Aeroporto de Domodedovo. Eu e o meu marido (um jornalista russo) atámo-nos com um cinto para que não me possam deportar. Embora eu tenha pedido várias vezes a presença do meu advogado, isso foi-me recusado” – declarou à rádio Eco de Moscovo Natália Morar, jornalista da revista The New Times, um semanário russo de análise e investigação.
Os guardas-fronteiriços tentaram repatriá-la para a Moldávia, mas a jornalista e o marido recusaram-se a embarcar no avião. Natália Morar já foi impedida de entrar na Rússia em meados de Dezembro, depois de uma viagem de serviço a Israel, e foi repatriada por, segundo afirmaram então as autoridades russas, “questões de segurança nacional”.
Moscovo nunca esclareceu de que “questões de segurança nacional” se trataram e a direcção do The New Times não duvida que as represálias se devem ao facto de Natália Morar ter publicado vários artigos na revista onde denuncia graves casos de corrupção nas mais altas esferas do poder e a existência de fundos secretos do Kremlin utilizados para fins pouco claros.
Depois de regressar à Moldávia, Natália casou-se com o cidadão russo Ilia Baranov, também jornalista do The New Times, e decidiram vir viver para Moscovo, onde reside o marido. Como os cidadãos moldavos não necessitam de visto para entrar na Rússia, os recém-casados trouxeram, além dos passaportes, uma certidão de casamento devidamente traduzida para russo e autenticada.
Porém, ontem, os guarda-fronteiriços impediram a entrada da jornalista em território russo e tentaram deportá-la, mas Natália Morar recusa-se a entrar no avião. Hoje, repetiu-se a mesma cena.
Segundo afirma Ilia Baranov, os guardas-fronteiriços deixaram de lhes dar de comer e retiraram da sala onde se encontram os bancos em que eles passaram a noite.
“As condições em que se encontra Natália Morar são equivalentes a torturas. O facto de ela estar privada de defesa jurídica é uma violação da Constituição da Federação da Rússia e da Convenção Europeia de Defesa dos Direitos Humanos” – declarou Evguenia Albats, vice-directora da revista Yhe New Times.
Segundo ela, “no aeroporto encontram-se permanentemente vários advogados da revista The New Times, mas não se podem encontrar com a jornalista”.
A organização internacional “Repórteres sem fronteiras” lançou um apelo às autoridades russas para que autorizem a entrada da jornalista na Rússia.
“Não há quaisquer razão para que Natália Morar seja persona non grata na Rússia. Gostaríamos de receber confirmação da legitimidade das acções do Serviço Federal de Segurança relativamente à jornalista” – declarou Elza Vidau, chefe da secção europeia dessa organização internacional.
Não encontro explicação racional para o comportamento do poder. Que perigo pode constituir esta jovem jornalista moldava para um Estado que diz não ter medo da NATO?
1 comentário:
mt bom blog
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