quarta-feira, abril 09, 2008

Autoridades russas despertam para grave problema social

O Ministério do Interior da Rússia reconheceu que o número de casos de crimes sexuais contra menores aumentou de forma vertiginosa no país nos últimos quatro anos.
Segundo Mikhail Artamochkin, chefe do Departamento da Ordem Pública do Ministério do Interior da Rússia, “o número de crimes de natureza sexual em relação a menores aumentou 25,6 vezes entre 2003 e 2007”.
“Se, em 2003, registaram-se 129 factos desse género, em 2007, o número subiu para mais de três mil” – precisou.
Artamochkin considera que isso poderia ter sido evitado se “existisse o devido controlo da parte dos pais e dos órgãos que têm por dever combater esses fenómenos”.
“No ano passado, para a Procuradoria foram enviados 170 mil processos crime contra os pais e 50 mil pedidos para os tribunais para privem provem os pais dos seus direitos paternais” – acrescentou.
Em conformidade com dados revelados por Artamochkin, em 2007, morreram 2,5 mil menores na Rússia e 70,5 mil foram alvo de actos de violência, tendo os pais cometido mais de seis mil crimes em relação aos filhos.
O responsável da polícia assinalou também que, a fim de escapar à violência, milhares de crianças fogem de casa e de instituições infantis públicas.
“Durante os últimos cinco anos, procurámos, anualmente, de 50 a 55 mil crianças menores. Em 2007, eram procuradas 53,2 mil” – precisou.
A fim de combater a pedofilia, o Ministério do Interior da Rússia promete para breve “aumentar o controlo das pessoas que foram libertadas depois de terem cumprido penas de prisão por crimes sexuais”.
“É necessário aumentar o controlo e vigilância das pessoas que são libertadas das prisões e que cometeram crimes de carácter sexual” – considerou Artamochkin.
Segundo ele, o Ministério do Interior já preparou um projecto-lei nesse sentido a apresentar à aprovação do Parlamento da Rússia.
Mikhail Artamochkin defende que as autoridades russas deve aproveitar alguma da experiência estrangeira neste campo.
“Os pedófilos serão proibidos de se aproximarem de instituições infantis até uma distância a definir. Além disso, é necessário é necessário reforçar o sistema de controlo aquando da admissão de pessoas que pretendem trabalhar em instituições pré-escolares e escolares” – defendeu ele.
O Ministério russo do Interior irá instituir também o cargo de “inspectores familiares” da polícia, que deverão trabalhar com as famílias problemáticas.
Artamochkin anunciou que semelhantes inspectores já trabalham na região de Stavropol, no sul do país, e na Sacalina, no Extremo Oriente.

3 comentários:

Anónimo disse...

Este problema é gravissimo e tem, aliás, sido denunciado por um jornalista do canal 1.
O governo russo deve tomar medidas mas quanto ao exemplo do Ocidente tenho duvidas uma vez que os clientes bem colocados estão por lá. Senão vejamos quem serve de exemplo: Portugal com a Casa Pia e todas as crianças lá desaparecidas incluindo Maddy?O Reino Unido e a sua ilha pedofila de Jersey e tambem a pequena Meddy? A Belgica eo castelo dos Horrores? etc, etc e etc.
Já agora relembro que num relatorio sobre sides pedofilos se referia que grande parte dos filmes são feitos pela mafia Ukraniana na Ukrania, um estado onde é impossivel actuar.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caros leitores do meu blogue. Digo isto sem qualquer ponta de ironia ou desprezo, mas aconselho-vos vivamente a ler os comentários do leitor russo Maks, porque reflectem o pensamento de uma grande parte, senão da maioria, dos russos.
Por isso, serão sempre bem recebidos, não significando que estou de acordo com todos eles.

Anónimo disse...

Por falar em Nato, na ultima reunião Putin referiu junto do chairman da organização, mais uma vez, porque a Russia abandonou o tratado das armas convencionais. E sabem porquê? Porque a Russia foi a unica que o ratificou. O dito sr., como todos os ocidentais, que embora sendo muito democraticos não estão habituados a ser confrontados publicamente sobre as suas acções, gaguejou e disse que a Russia não deveria ter abandonado que os parceiros tencionavam ratificar...esqueceu-se foi de dizer que já lá vão mais de 15 anos!!!Foi nos anos 90...