O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, dá início às suas deslocações a países estrangeiros com uma viagem ao Cazaquistão e à China, que irá de correr entre 22 e 24 de Maio.
Em Astana, capital do Cazaquistão, Medvedev ficará apenas um dia e irá encontrar-se com Nussultan Nazarbaiev, Presidente da maior e mais forte das antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central.
Porém, em Pequim, não obstante o dirigente russo ter apenas dois dias, Medvedev irá encontrar-se com numerosos dirigentes chineses: Hu Zintao,Presidente da China, U Bango, dirigente do Comité Permamente da Assembleia dos Representantes do Povo, Ven Ziabao, primeiro-ministro, e Zia Zinlin, presidente do Comité Nacional do Conselho Consultivo Político Popular da China.
Além disso, o Presidente russo tem encontro marcado com estudantes e professores da Universidade de Pequim.
Os analistas russos consideram que a escolha de Astana e Pequim para as primeiras visitas de Medvedev têm um profundo significado político.
“Antes de tudo, ela reflecte as prioridades da doutrina actualmente existente no campo da política externa e, desse modo, confirma a sua manutenção por parte do novo Presidente. O segundo motivo está ligado ao primeiro: Medvedev já está suficientemente envolvido nestes projectos da política externa, ele já esteve em ambos os países, participou nos contactos com a sua direcção” – escreve o diário russo Nezavissimaia Gazeta.
Porém, não se prevê que estas visitas sejam fáceis, porque existem problemas sérios nas relações entre Moscovo e Astana e Moscovo e Pequim. No caso do Cazaquistão, o Kremlin, não obstante o Presidente Nazarbaiev ser o mais fiel dos aliados na Comunidade dos Estados Independentes, olha com preocupação para a autonomia e o poder de influência crescentes dele na Ásia Central e nas relações entre essa região e a União Europeia.
Em 2006, a União Europeia propôs aos dirigentes do Cazaquistão o projecto de construção de um gasoduto (Transcaspiano) que transportará gás da Ásia Central, por debaixo das águas do Cáspio, para a Europa, ladeando o território da Rússia.
Este ano, Nazarbaiev confirmou oficialmente a intenção do seu país de participar na realização desse projecto.
O Turcomenistão, outro país da Ásia Central, também já manifestou intenção de aderir a essa iniciativa.
“Se tivermos em conta que, no trânsito transcaspiano, além dos países enumerados, participam mais dois Estados da CEI: Azerbaijão e Geórgia, torna-se evidente que este projecto poderá contribuir para o reagrupamento de forças na CEI não a favor da Rússia” – considera a Nezavissimaia Gazeta.
Além disso, o Cazaquistão concorre cada vez mais com a Rússia na “direcção chinesa”, principalmente no campo do fornecimento de hidrocarbonetos.
No que respeita às relações com a China, Medvedev tem grande experiência, porque, enquanto vice-primeiro-ministro do Governo russo, geriu praticamente os contactos entre Moscovo e Pequim em 2006 e 2007. Ele dirigiu o Ano da Rússia na China (2006) e o Ano da China na Rússia (2007).
Por isso, esta visita do Presidente russo a Pequim não terá só como objectivo estabelecer relações ao mais alto nível, mas reestruturar as relações económicas bilaterais. Actualmente, a Rússia exporta fundamentalmente para o gigante vizinho hidrocarbonetos e madeira e importa daí produtos de consumo corrente, o que provoca o descontentamento do Kremlin.
Nos últimos anos, Pequim deixou de adquirir à Rússia maquinaria e armamentos, preferindo adquirir produtos mais modernos noutros países. Além disso, o Kremlin não esconde a sua irritação face ao facto de os chineses terem começado a fabricar e exportar armamentos, principalmente aviões, copiados à indústria militar russa.
Daí alguns analistas considerarem que é precipitado concluir que a visita a Astana e Pequim significa uma viragem brusca da política externa russa do Ocidente para o Oriente. É de assinalar que Dmitri Medvedev, depois da eleição, mas antes da tomada de posse, se encontrou com o Presidente norte-americano George Bush na cimeira de Sotchi e a chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu em Moscovo.
Depois da tomada de posse, recebeu Frank-Walter Shtainmaier, ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.
Além disso, Medevedev tenciona, em Junho, visitar a Alemanha e outros países da Europa, e, em Julho, participar na cimeira do G-8, a realizar no Japão.
Em Astana, capital do Cazaquistão, Medvedev ficará apenas um dia e irá encontrar-se com Nussultan Nazarbaiev, Presidente da maior e mais forte das antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central.
Porém, em Pequim, não obstante o dirigente russo ter apenas dois dias, Medvedev irá encontrar-se com numerosos dirigentes chineses: Hu Zintao,Presidente da China, U Bango, dirigente do Comité Permamente da Assembleia dos Representantes do Povo, Ven Ziabao, primeiro-ministro, e Zia Zinlin, presidente do Comité Nacional do Conselho Consultivo Político Popular da China.
Além disso, o Presidente russo tem encontro marcado com estudantes e professores da Universidade de Pequim.
Os analistas russos consideram que a escolha de Astana e Pequim para as primeiras visitas de Medvedev têm um profundo significado político.
“Antes de tudo, ela reflecte as prioridades da doutrina actualmente existente no campo da política externa e, desse modo, confirma a sua manutenção por parte do novo Presidente. O segundo motivo está ligado ao primeiro: Medvedev já está suficientemente envolvido nestes projectos da política externa, ele já esteve em ambos os países, participou nos contactos com a sua direcção” – escreve o diário russo Nezavissimaia Gazeta.
Porém, não se prevê que estas visitas sejam fáceis, porque existem problemas sérios nas relações entre Moscovo e Astana e Moscovo e Pequim. No caso do Cazaquistão, o Kremlin, não obstante o Presidente Nazarbaiev ser o mais fiel dos aliados na Comunidade dos Estados Independentes, olha com preocupação para a autonomia e o poder de influência crescentes dele na Ásia Central e nas relações entre essa região e a União Europeia.
Em 2006, a União Europeia propôs aos dirigentes do Cazaquistão o projecto de construção de um gasoduto (Transcaspiano) que transportará gás da Ásia Central, por debaixo das águas do Cáspio, para a Europa, ladeando o território da Rússia.
Este ano, Nazarbaiev confirmou oficialmente a intenção do seu país de participar na realização desse projecto.
O Turcomenistão, outro país da Ásia Central, também já manifestou intenção de aderir a essa iniciativa.
“Se tivermos em conta que, no trânsito transcaspiano, além dos países enumerados, participam mais dois Estados da CEI: Azerbaijão e Geórgia, torna-se evidente que este projecto poderá contribuir para o reagrupamento de forças na CEI não a favor da Rússia” – considera a Nezavissimaia Gazeta.
Além disso, o Cazaquistão concorre cada vez mais com a Rússia na “direcção chinesa”, principalmente no campo do fornecimento de hidrocarbonetos.
No que respeita às relações com a China, Medvedev tem grande experiência, porque, enquanto vice-primeiro-ministro do Governo russo, geriu praticamente os contactos entre Moscovo e Pequim em 2006 e 2007. Ele dirigiu o Ano da Rússia na China (2006) e o Ano da China na Rússia (2007).
Por isso, esta visita do Presidente russo a Pequim não terá só como objectivo estabelecer relações ao mais alto nível, mas reestruturar as relações económicas bilaterais. Actualmente, a Rússia exporta fundamentalmente para o gigante vizinho hidrocarbonetos e madeira e importa daí produtos de consumo corrente, o que provoca o descontentamento do Kremlin.
Nos últimos anos, Pequim deixou de adquirir à Rússia maquinaria e armamentos, preferindo adquirir produtos mais modernos noutros países. Além disso, o Kremlin não esconde a sua irritação face ao facto de os chineses terem começado a fabricar e exportar armamentos, principalmente aviões, copiados à indústria militar russa.
Daí alguns analistas considerarem que é precipitado concluir que a visita a Astana e Pequim significa uma viragem brusca da política externa russa do Ocidente para o Oriente. É de assinalar que Dmitri Medvedev, depois da eleição, mas antes da tomada de posse, se encontrou com o Presidente norte-americano George Bush na cimeira de Sotchi e a chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu em Moscovo.
Depois da tomada de posse, recebeu Frank-Walter Shtainmaier, ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.
Além disso, Medevedev tenciona, em Junho, visitar a Alemanha e outros países da Europa, e, em Julho, participar na cimeira do G-8, a realizar no Japão.
1 comentário:
Parabéns pelas Informações, criação e desenvolvimento do Site!!!!
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