quinta-feira, agosto 14, 2008

E o exemplo do Taiwan?

É preciso encontrar uma saída para a crise criada na Ossétia do Sul. Moscovo, como parte do conflito, tenta desempenhar um papel determinante nesse processo.
Exponho aqui mais uma proposta para a solução do conflito, apresentada por Vladimir Jarikhin, vice-director do Instituto dos Países da Comunidade de Estados Independentes.
Num artigo de opinião publicado pela agência Ria-Novosti, Jarikhin considera que o caso do Kosovo não poderá servir de precedente, porque “nós não tencionamos repetir as acções dos Estados Unidos e de alguns países europeus (o reconhecimento unilateral da independência do Kosovo) que violam absolutamente a Carta da ONU”.
O analista político propõe à direcção russa que faça, em relação à Ossétia do Sul e à Abkházia, o mesmo que os Estados Unidos fizeram em relação ao Taiwan e à China Popular.
“A saída de semelhante situação foi encontrada em 1972 pelos legisladores americanos. Quando Washington reconheceu a República Popular da China e recusou legitimidade internacional ao Taiwan, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a lei interna “Sobre as relações com Taiwan”, onde deu todas as garantias, nomeadamente militares, ao governo da ilha” – escreve Jarikhin.
“Na complexa colisão jurídica criada, o Parlamento Russo deve aprovar, o mais rapidamente possível, uma lei semelhante. Depois, conseguir, calma e metodicamente, o reconhecimento da Ossétia do Sul e da Abkházia pela comunidade internacional” – concluiu.

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