A imprensa russa de hoje escreve que o Ocidente pretende castigar a Rússia pela ingerência no conflito entre a Georgia e a Ossétia do Sul.
Segundo os jornais da manhã, os Estados Unidos tentarão isolar internacionalmente a Rússia, o que poderá originar uma nova guerra fria.
“Entre Washington e Moscovo começou de facto uma guerra fria. O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, deu uma resposta dura a George Bush e, como resposta, a Casa Branca ameaça a Rússia com o isolamento internacional e o início da exclusão do país de organizações internacionais” – escreve o diário electrónico gazeta.ru.
Este jornal considera que se trata da maior crise nas relações entre a Rússia e o Ocidente depois da crise da Jugoslávia, quando os países da NATO bombardearam esse país dos Balcãs.
O Nezavissimaia gazeta, no artigo “Washington tenta castigar Moscovo”, escreve que “a primeira sanção contra a Rússia foi a suspensão da participação dos países da NATO nas manobras conjuntas com a Rússia no Mar do Japão”.
“Além disso, pretendem anular o convite à Rússia para participar nas próximas manobras navais no Mar Negro” – acrescenta o diário.
“Os Estados Unidos enviaram para a Geórgia um avião militar S-17 com ajuda humanitária... Bush anunciou que Washington irá prestar ajuda a Tbilissi, para onde já enviou Condolizza Rice. A sua tarefa é levantar o mundo livro em defesa da Geórgia” – considera o diário Kommersant.
O jornal Novie Izvestia chama a atenção para o facto de a Europa do Leste ter também manifestado solidariedade com a Geórgia.
“Os presidentes da Ucrânia, Polónia, Lituânia, Estónia e o primeiro-ministro da Letónia chegaram a Moscovo para prestar ajuda moral ao povo georgiano e a Mikhail Saakachvili” – escreve o diário.
Os órgãos de informação russos consideram que o conflito na Ossétia do Sul fechou as portas da Organização Mundial do Comércio, mas fontes do Ministério da Economia da Rússia disseram ao Nezavissimaia Gazeta que “não acreditam na seriedade dessas ameaças”.
Quanto à possibilidade do Ocidente enviar tropas de paz para a região do conflito, o jornal Vremia Novostei considera ser inaceitável para a Rússia e as repúblicas separatistas da Geórgia.
“Por isso – frisa o diário – a UE, por enquanto, decidiu enviar para lá observadores seus. Também irá ser aumentado até 300 homens o número de observadores da OCSE”.
O Rossiskaia gazeta, órgão oficial do Governo russo, considera que no Ocidente há uma “tendenciosidade unânime” face aos acontecimentos no Cáucaso.
“Nos órgãos de informação ocidentais, a Rússia é abertamente considerada o agressor. Isso deve-se ao facto de os jornalistas ocidentais terem sido desinformados” – considera o diário.
O Kommersant defende que a “Europa dividiu-se face à Geórgia”, sublinhando a cisão entre os membros velhos e novos da União Europeia.
“Porém, em geral, a situação na Ossétia do Sul poderá conduzir à formação de um cordão sanitário em torno da Rússia. A única brecha nele poderá ser a Bielorrússia, embora Minsk, nos últimos dias, guarde silêncio em relação ao conflito” – escreve o jornal.
Segundo ele, o Presidente bielorrusso, Alexandre Lukachenko, terá dado ordens ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros para “dar passos no sentido de melhorar as relações com a UE e os EUA”.
Segundo os jornais da manhã, os Estados Unidos tentarão isolar internacionalmente a Rússia, o que poderá originar uma nova guerra fria.
“Entre Washington e Moscovo começou de facto uma guerra fria. O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, deu uma resposta dura a George Bush e, como resposta, a Casa Branca ameaça a Rússia com o isolamento internacional e o início da exclusão do país de organizações internacionais” – escreve o diário electrónico gazeta.ru.
Este jornal considera que se trata da maior crise nas relações entre a Rússia e o Ocidente depois da crise da Jugoslávia, quando os países da NATO bombardearam esse país dos Balcãs.
O Nezavissimaia gazeta, no artigo “Washington tenta castigar Moscovo”, escreve que “a primeira sanção contra a Rússia foi a suspensão da participação dos países da NATO nas manobras conjuntas com a Rússia no Mar do Japão”.
“Além disso, pretendem anular o convite à Rússia para participar nas próximas manobras navais no Mar Negro” – acrescenta o diário.
“Os Estados Unidos enviaram para a Geórgia um avião militar S-17 com ajuda humanitária... Bush anunciou que Washington irá prestar ajuda a Tbilissi, para onde já enviou Condolizza Rice. A sua tarefa é levantar o mundo livro em defesa da Geórgia” – considera o diário Kommersant.
O jornal Novie Izvestia chama a atenção para o facto de a Europa do Leste ter também manifestado solidariedade com a Geórgia.
“Os presidentes da Ucrânia, Polónia, Lituânia, Estónia e o primeiro-ministro da Letónia chegaram a Moscovo para prestar ajuda moral ao povo georgiano e a Mikhail Saakachvili” – escreve o diário.
Os órgãos de informação russos consideram que o conflito na Ossétia do Sul fechou as portas da Organização Mundial do Comércio, mas fontes do Ministério da Economia da Rússia disseram ao Nezavissimaia Gazeta que “não acreditam na seriedade dessas ameaças”.
Quanto à possibilidade do Ocidente enviar tropas de paz para a região do conflito, o jornal Vremia Novostei considera ser inaceitável para a Rússia e as repúblicas separatistas da Geórgia.
“Por isso – frisa o diário – a UE, por enquanto, decidiu enviar para lá observadores seus. Também irá ser aumentado até 300 homens o número de observadores da OCSE”.
O Rossiskaia gazeta, órgão oficial do Governo russo, considera que no Ocidente há uma “tendenciosidade unânime” face aos acontecimentos no Cáucaso.
“Nos órgãos de informação ocidentais, a Rússia é abertamente considerada o agressor. Isso deve-se ao facto de os jornalistas ocidentais terem sido desinformados” – considera o diário.
O Kommersant defende que a “Europa dividiu-se face à Geórgia”, sublinhando a cisão entre os membros velhos e novos da União Europeia.
“Porém, em geral, a situação na Ossétia do Sul poderá conduzir à formação de um cordão sanitário em torno da Rússia. A única brecha nele poderá ser a Bielorrússia, embora Minsk, nos últimos dias, guarde silêncio em relação ao conflito” – escreve o jornal.
Segundo ele, o Presidente bielorrusso, Alexandre Lukachenko, terá dado ordens ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros para “dar passos no sentido de melhorar as relações com a UE e os EUA”.
1 comentário:
NÃO se chegará tão longe ao ponto de entrar-mos num clima de guerra fria. Muito está em jogo. Os contactos económicos são densos entre os 3 grandes actores, Rússia, EUA e EU e daí a moderação retórica que se verifica. A predisposição europeia para se colocar de um dos lados do conflito como aconteceu durante as décadas "frias" tb não se verifia hoje pelo menos da parte dos estados com real poder dentro da comunidade europeia. Mesmo o silêncio inglês neste aspecto é espelho disso.
A retórica do lado americano é mais fachada que intenção e a Rússia disso sabe.
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