O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, defendeu hoje a criação de uma alternativa à Aliança Atlântica na Europa, num artigo publicado na revista A Rússia na Política Global.
No artigo “Rússia e mundo no séc. XXI”, Lavrov propõe a convocação de uma cimeira europeia para preencher o vácuo político criado na “Europa Atlântica” e sublinha que a nova organização não deve ser criada com o objectivo de exercer pressão sobre estruturas existentes.
“Trata-se da criação de uma nova atmosfera de confiança na região euro-atlântica, que ajudaria a olhar de forma inovadora, nomeadamente, para a necessidade do processo de controlo dos armamentos”, escreve.
Segundo Lavrov, as actuais abordagens carregadas de inércia não podem resolver as contradições acumuladas: “resta tentar criar algo que una toda a região euro-atlântica ao nível de princípios, pelos quais nos devemos orientar nas nossas interrelações”.
O chefe da diplomacia russa apresenta como exemplo o facto de, durante anos, nas reuniões anuais da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) não ter conseguido um acordo sobre a Acta Final de Helsínquia, assinada em 1975.
Lavrov propõe a suspensão temporária da realização de todos os projectos litigiosos, tais como a proclamação unilateral da independência do Kosovo, os planos de instalação de elementos do sistema global de defesa antimíssil pelos Estados Unidos na Europa do Leste ou o alargamento da NATO.
Em vez disso, considera que as atenções devem ser concentradas na luta contra os problemas globais: pobreza, fome, doenças.
No que respeita às relações entre a Rússia e os Estados Unidos, Lavrov considera que seriam mais estáveis se se mantivesse a cooperação na esfera do desarmamento.
“Provoca satisfação o facto de, durante a presente campanha presidencial nos Estados Unidos, soarem cada vez mais alto as vozes a favor da manutenção e desenvolvimento do processo de desarmamento e de controlo sobre os armamentos”, afirma.
Serguei Lavrov está convencido de que “as relações russo-americanas ganhariam muito se se estabelecesse nelas uma atmosfera de confiança e respeito mútuos. Ela foi própria das relações dos Presidentes dos dois países durante os últimos oito anos, mas nem sempre se revelou nos níveis inferiores”.
Durante a guerra-fria havia mais confiança entre os dois países, porque “se faziam menos sermões sobre como se deve ser e como se deve comportar”.
“Perante a América colocam-se tarefas complicadas. Nomeadamente, deve ter consciência da necessidade de reconhecer o mundo tal como ele é, com toda a diversidade de vozes e pontos de vista”, conclui Lavrov.
No artigo “Rússia e mundo no séc. XXI”, Lavrov propõe a convocação de uma cimeira europeia para preencher o vácuo político criado na “Europa Atlântica” e sublinha que a nova organização não deve ser criada com o objectivo de exercer pressão sobre estruturas existentes.
“Trata-se da criação de uma nova atmosfera de confiança na região euro-atlântica, que ajudaria a olhar de forma inovadora, nomeadamente, para a necessidade do processo de controlo dos armamentos”, escreve.
Segundo Lavrov, as actuais abordagens carregadas de inércia não podem resolver as contradições acumuladas: “resta tentar criar algo que una toda a região euro-atlântica ao nível de princípios, pelos quais nos devemos orientar nas nossas interrelações”.
O chefe da diplomacia russa apresenta como exemplo o facto de, durante anos, nas reuniões anuais da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) não ter conseguido um acordo sobre a Acta Final de Helsínquia, assinada em 1975.
Lavrov propõe a suspensão temporária da realização de todos os projectos litigiosos, tais como a proclamação unilateral da independência do Kosovo, os planos de instalação de elementos do sistema global de defesa antimíssil pelos Estados Unidos na Europa do Leste ou o alargamento da NATO.
Em vez disso, considera que as atenções devem ser concentradas na luta contra os problemas globais: pobreza, fome, doenças.
No que respeita às relações entre a Rússia e os Estados Unidos, Lavrov considera que seriam mais estáveis se se mantivesse a cooperação na esfera do desarmamento.
“Provoca satisfação o facto de, durante a presente campanha presidencial nos Estados Unidos, soarem cada vez mais alto as vozes a favor da manutenção e desenvolvimento do processo de desarmamento e de controlo sobre os armamentos”, afirma.
Serguei Lavrov está convencido de que “as relações russo-americanas ganhariam muito se se estabelecesse nelas uma atmosfera de confiança e respeito mútuos. Ela foi própria das relações dos Presidentes dos dois países durante os últimos oito anos, mas nem sempre se revelou nos níveis inferiores”.
Durante a guerra-fria havia mais confiança entre os dois países, porque “se faziam menos sermões sobre como se deve ser e como se deve comportar”.
“Perante a América colocam-se tarefas complicadas. Nomeadamente, deve ter consciência da necessidade de reconhecer o mundo tal como ele é, com toda a diversidade de vozes e pontos de vista”, conclui Lavrov.
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