Texto escrito para Agência Lusa
Um grupo de 25 artistas, escritores e intelectuais portugueses encontram-se na Rússia à procura de vestígios de portugueses e com o intuito de reforçar os laços culturais entre Portugal e a Rússia.
A delegação cultural é dirigida por Guilherme d’Oliveira Martins, presidente da Comissão Nacional da Cultura, e conta com nomes importantes da cultura portuguesa como a pintora Graça Morais.
No primeiro dia da sua presença na capital russa, a delegação encontrou-se com membros do Governo da cidade, mas o ponto mais alto foi a visita à estação Bielorruskaia do Metropolitano de Moscovo, onde, em 1998, foi instalado um painel de azulejos (na foto) da autoria de Graças Morais.
Ao falar com a Lusa, a pintora não escondeu a emoção que sentiu ao ver a sua obra representada num dos metropolitanos mais monumentais, sumptuosos do mundo.
“Foi um dia grande para mim, senti muita emoção, a direcção do metropolitano recebeu-me com um carinho particular”, declarou Graça Morais.
“Foi sublinhado que sou a única artista, cuja obra está representada num lugar tão monumental. A ideia foi do Metropolitano de Lisboa e eu tive a sorte de ser escolhida para pintar o painel a oferecer a Moscovo”.
O painel de azulejos de Graças Morais foi oferecido pelo Metropolitano de Lisboa ao seu congénere de Moscovo em 1998, quando a capital russa celebraou o 850º aniversário da sua fundação.
A pintora revelou também que, depois da sua última visita a Moscovo há 11 anos, a cidade mudou muito.
“As transformações são radicais, mas para o bem. Edifícios bem recuperados, muita animação, juventude, a cidade está a transformar-se numa das melhores capitais”, acrescentou.
“Uma cidade com tantos museus, igrejas imponentes, é de visita obrigatória”, frisou.
Graça Morais revelou à Lusa que esta sua viagem pela Rússia (depois de Moscovo, a delegação irá visitar Novgorod e São Petersburgo) irá exercer influências nos seus trabalhos futuros.
“Novos conhecimentos e influências, cada viagem destas é um ganho para a minha obra”, declarou.
Guilherme d’Oliveira Martins assinalou, em declarações à Lusa, que esta delegação pretende “reforçar as relações não entre instituições oficiais, mas com organizações particulares, associações privadas, criar contactos que envolvam artistas, criadores culturais”.
“A nossa preocupação, continua o presidente da CNC, será publicar, após a nossa viagem, uma obra em Portugal que aborde o tema dos contactos entre as culturas portuguesa e russa no passado, presente e futuro”.
“António Vieira, primeiro perfeito de São Petersburgo, Ribeiro Sanches, médico da corte russa, e Jaime Batalha Reis, embaixador português na Rússia. Estes são apenas alguns nomes de portugueses que desempenharam um papel de relevo nas relações entre os dois países”, frisou.
O presidente da CNC não afastou a possibilidade de a delegação portuesa se poder a vir encontrar, em São Petersburgo, com o futebolista português Danny.
“Se tivermos oportunidade, poderemos encontrar-nos. A cultura é uma realidade que abrange vários campos”, concluiu.
A delegação cultural é dirigida por Guilherme d’Oliveira Martins, presidente da Comissão Nacional da Cultura, e conta com nomes importantes da cultura portuguesa como a pintora Graça Morais.
No primeiro dia da sua presença na capital russa, a delegação encontrou-se com membros do Governo da cidade, mas o ponto mais alto foi a visita à estação Bielorruskaia do Metropolitano de Moscovo, onde, em 1998, foi instalado um painel de azulejos (na foto) da autoria de Graças Morais.
Ao falar com a Lusa, a pintora não escondeu a emoção que sentiu ao ver a sua obra representada num dos metropolitanos mais monumentais, sumptuosos do mundo.
“Foi um dia grande para mim, senti muita emoção, a direcção do metropolitano recebeu-me com um carinho particular”, declarou Graça Morais.
“Foi sublinhado que sou a única artista, cuja obra está representada num lugar tão monumental. A ideia foi do Metropolitano de Lisboa e eu tive a sorte de ser escolhida para pintar o painel a oferecer a Moscovo”.
O painel de azulejos de Graças Morais foi oferecido pelo Metropolitano de Lisboa ao seu congénere de Moscovo em 1998, quando a capital russa celebraou o 850º aniversário da sua fundação.
A pintora revelou também que, depois da sua última visita a Moscovo há 11 anos, a cidade mudou muito.
“As transformações são radicais, mas para o bem. Edifícios bem recuperados, muita animação, juventude, a cidade está a transformar-se numa das melhores capitais”, acrescentou.
“Uma cidade com tantos museus, igrejas imponentes, é de visita obrigatória”, frisou.
Graça Morais revelou à Lusa que esta sua viagem pela Rússia (depois de Moscovo, a delegação irá visitar Novgorod e São Petersburgo) irá exercer influências nos seus trabalhos futuros.
“Novos conhecimentos e influências, cada viagem destas é um ganho para a minha obra”, declarou.
Guilherme d’Oliveira Martins assinalou, em declarações à Lusa, que esta delegação pretende “reforçar as relações não entre instituições oficiais, mas com organizações particulares, associações privadas, criar contactos que envolvam artistas, criadores culturais”.
“A nossa preocupação, continua o presidente da CNC, será publicar, após a nossa viagem, uma obra em Portugal que aborde o tema dos contactos entre as culturas portuguesa e russa no passado, presente e futuro”.
“António Vieira, primeiro perfeito de São Petersburgo, Ribeiro Sanches, médico da corte russa, e Jaime Batalha Reis, embaixador português na Rússia. Estes são apenas alguns nomes de portugueses que desempenharam um papel de relevo nas relações entre os dois países”, frisou.
O presidente da CNC não afastou a possibilidade de a delegação portuesa se poder a vir encontrar, em São Petersburgo, com o futebolista português Danny.
“Se tivermos oportunidade, poderemos encontrar-nos. A cultura é uma realidade que abrange vários campos”, concluiu.
9 comentários:
Nao fazia a minima ideia desta visita. Ha algum programa oficial? Ja agora, obrigado pela informacao sobre o painel. Efectivamente ja o tinha visto, mas nao sabia que era da Graca Morais.
Nuno Pinto, Moscovo.
Caro Nuno, pelo que sei, a delegaçã partiu ontem para São Petersburgo. Eu soube da visita através da CNC, porque a Embaixada Portuguesa não informou nem sequer a imprensa portuguesa do acontecimento.
Comunique-me as suas coordenadas por mail para a gente se encontrar em Moscovo. Somos tão poucos que todos os portugueses são bemvindos.
Leio com incredulidade que a embaixada portuguesa não informou nem sequer a imprensa da visita da delegação do CNC. Pergunto-me para que serve uma embaixada assim e um embaixador tão desleixado e incompetente. Uma delegação de gente tão ilustre chefiada pelo presidente do Tribunal de Contas merecia outro país ou pelo menos que outra embaixada deles cuidasse melhor.
F.
Caro Jose, contacto enviado para o seu mail.
Abraco,
Nuno
Caro José Milhazes,
importa-se que use o seu artigo "À procura de rastos de portugueses na Rússia", devidamente 'linkado' ao seu blog, no blog da Pintora Graça Morais?
http://gracamorais.blogspot.com/
Obrigada e um abraço
Joana Morais
Cara Joana, para mim é uma honra. Por isso, avance.
Com tanta gente ilustre, pelo menos hão-de descobrir rasto do Ribeiro Sanches, que lá trabalhou 16 anos. Já agora lanço um repto a tão grada comitiva: vejam se descobrem como é que a palavra "fig" e respectivo geste acompanhante foram parar à língua russa.
Caro Sr José Milhazes,
Vi hoje na televisão, por escassos momentos, uma reportagem sobre os mausoléus de importantes figuras russas, sepultadas no cemitério Novodevichy (creio) em Moscovo, eis senão quando é mostrada uma sepultura de um português, cujo nome, pude ler na lápide tumular, Manuel Rodrigues Santos, o que me surpreendeu. Quem foi este homem?
Esta merda e paga pelos nossos impostos?
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