terça-feira, outubro 14, 2008

Rússia e China fixam finalmente fronteiras

A Rússia e a China resolveram definitivamente a questão das fronteiras, refere um comunicado hoje publicado em Moscovo pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

Os Ministérios dos Negócios Estrangeiros dos dois países trocaram hoje notas que confirmam a entrada em vigência do Protocolo Adicional de Descrição da Fronteira Estatal Russo-Chinesa na Sua Parte Oriental.

“Este acontecimento conclui o estabelecimento e fixação jurídicos de toda a linha da fronteira russo-chinesa numa extensão de mais de 4.300 quilómetros. A questão fronteiriça, que a Rússia e a China receberam como herança histórica, foi definitiva e completamente resolvida. Os guarda-fronteiras da Rússia e da China começaram já a patrulhar a fronteira estatal fixada”, de acordo com o comunicado.

A cerimónia de entrega dos territórios litigiosos - a ilha de Tarabarova e parte da ilha do Grande Ussuri - pela Rússia à China decorreu hoje nos arredores da cidade russa de Khabarovsk, no Extremo Oriente.

Essas duas parcelas de território, bem como a ilha Grande, no rio Argun, região de Tchita, foram entregues a Pequim em conformidade com o Protocolo Adicional assinado na capital chinesa a 14 de Outubro de 2004.

A cerimónia de hoje teve lugar quatro anos depois da assinatura do referido documento, contribuindo para que o território chinês aumentasse 174 quilómetros quadrados e a China ficasse 50 quilómetros mais perto de Khabarovsk.

Segundo o Kremlin, os territórios entregues à China tinham, na era soviética, grande importância estratégica devido ao perigo de confrontos militares entre soviéticos e chineses. 

Actualmente - considerou - a situação mudou radicalmente e a ilha Tarabarova pode passar a chamar-se Dragão de Prata e a parte ocidental da ilha Grande Ussuri, Urso Preto em chinês.

“A solução da questão fronteiriça herdada da história pela Rússia e a China baseia-se nos tratados sino-russos existentes sobre fronteiras, está conforme as normas do Direito Internacional, é o resultado de longas conversações no espírito da igualdade e encarna o alto nível e a especificidade das relações russo-chinesas de interacção e parceria estratégicas”, declarou o representante do MNE da Rússia, Vladimir Maltsev, na cerimónia.

"Esta experiência mostrou à comunidade internacional um exemplo de solução de semelhantes questões por métodos diplomáticos”, disse.

"A fronteira russo-chinesa tornar-se-á uma faixa de paz, amizade e cooperação entre os dois países”, concluiu.

Esta decisão de Moscovo de ceder parte do seu território, por muito reduzida que seja, foi mal recebida por alguns sectores políticos russos que receiam a possibilidade de abrir um precedente perigoso, tendo em conta “os apetites de Pequim”.

34 comentários:

Anónimo disse...

Receio, esses sim são prudentes. Outrora existia um perigo de confronto entre a Russia e a China porque ambos se consideravam como iguais. Hoje não há essa possibilidade porque a Rússia deixou de poder rivalizar com a China,antes pelo contrário, conhecendo a sua fraqueza, tenta apaziguar os apetites vorazes do vizinho com estes aperitivos. Entretanto á medida que as estepes Russas vão sendo abandonadas pelos próprios Russos, vão avançando os Chineses por outro lado. Peregunta, não foi a Rússia que tentou por todos os meios evitar um confronto com Hitler, mesmo quando este já era inevitável. Mas de qualquer forma podemos estar descansados que continuaremos a ver exibições de força por parte da Rússia, não será é com quem lhe mete medo.

Anónimo disse...

Ah! ia-me esquecendo, depreendo que nessas zonas não vivem cidadãos Russos, como não conheço...

MSantos disse...

Não estará a Rússia a tentar criar uma aliança com a China? Não será este um primeiro gesto de boa vontade no intuito de construir essa aliança?

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

A Rússia até poderá pensar numa aliança com a China, tendo como um primeiro passo nesse sentido a criação da Organização do Grupo de Xangai entre outras medidas, como esta mais recente do sanar do diferendo relativamente ás fronteiras. Mas a Rússia que não se engane, a China constituirá uma polo centralizador de poder tão aglutinador, que se escolher esse caminho arrisca-se a ficar ás ordens desse seu autoritário vizinho. Diga-se no entanto, a bem da verdade, que a Rússia aqui só tem duas alternativas, ou escolhe essa opção referida, ou cairá inevitavelmente na esfera de influencia da UE, esperando-se uma maior democratização e transparencia da sua sociedade, coisa que o actual poder instalado não vê com bons olhos.

Anónimo disse...

Pode ser essa a razão. O facto é que esta questão territorial era latente desde os anos 60, deu origem a violentos conflitos armados no anos 70 e agora foi-lhe posto um ponto final.
Em termos meramente territoriais, aos chineses bastavam-lhes fazer aterros para que a ilha ficasse ligada ao continente, o que tornaria a ilha automaticamente chinesa.
Não sendo uma ilha estratégica, esta entrega de território pode ser encarada como uma questão de "charme".

Anónimo disse...

Há um livro do qual eu li apenas um excerto e do qual não me recordo o autor, mas que vem dizer qual é a sua visão geo-estratégica do mundo nos próximos anos, e refere exactamente isso, o mundo neste momento passa para um mundo multipolar no qual vão imperar três Super-potencias (designação dada por ele), os EUA como não podia deixar de ser, a China e a UE, sendo que a Rússia segundo ele, está condenada a cair na esfera de influencia de um destes dois últimos. Eu acho que os dirigentes Russos já chegaram a essa conclusão, como penso também que ainda não se decidiram para onde querem "cair".

Anónimo disse...

Sérgio,
talvez tenha lido algo como "O grande xadrez" do ex-conselheiro de Jimmy Carter na Casa Branca: Zbigniew Brzezinski.

Anónimo disse...

Não Nuno, não é esse. Se encontrar a referencia depois indico.

Anónimo disse...

"SUPERPOTÊNCIA" No conceito genérico, significa a capacidade que possui uma Nação/País de poder influenciar, intervir, realizar intervenções etc.. Em inúmeros aspectos em outras Nações. Após o fim da União Soviética, foram publicados pelas diversas mídias, a condição dos Estados Unidos como Hiperpotência, e até pode ser considerado que no período de insolvência em que se encontrava a Rússia e sua total imobilidade no período Ieltsin, este conceito podia assim ser considerado. Atualmente o quadro é completamente diferente, e apesar das constantes discussões e considerações econômicas, PIB nominal ou PPC, Crise Financeira Mundial etc.. A realidade não é diferente da Guerra Fria, o mundo possui três 2 Grandes Superpotências que são Estados Unidos e Rússia, uma Superpotência aspirante que é a China e potências Européias a exemplo de Inglaterra e França, Israel por exemplo é uma Potência no Oriente Médio. Pensar na União Européia como Superpotência seria utópico, pois em condições críticas de conflito cada nação iria buscar proteger os seus interesses próprios, já aconteceu antes e ocorrerá de novo. Não foi atoa que a França se retirou da NATO na década de Sessenta, e apesar das aspirações de Sarkozy o seu retorno até então foi um ensaio, além dos países que permanecem neutros. A Inglaterra se mantém fora da zona do Euro, este é um exemplo claro que não se conseguirá unidade econômica e a unidade militar sofrerá o mesmo efeito que sofreu na segunda guerra. A crise financeira continua, as bolsas caíram hoje novamente e a estabilização poderá demorar,pois o foco da crise os Estados Unidos não quer se curar, que que os demais países sofram com ele e por ele, o estrago que ele mesmo provocou.

Abraços

Anónimo disse...

Bem quanto ao facto da UE não ser uma super-potencia, esse mesmo autor refere o facto de ela exercer um novo tipo de poder, soft power em oposição ao poder tradicional exercido pelos EUA e Rússia, ou seja não só exercido sobre o poder militar. A construção Europeia tem-se feito por etapas, já passamos por muitas fases e muitas crises, mas o que se tem revelado constante em todo este processo, é o continuarmos num rumo de maior integração, cooperação, concertação, alargamento, aprofundamento dos poderes dos orgãos da UE e este processo continuará, apesar das reservas deste ou daquele país. Uma caracteristica importante que tem norteado todo este processo é o pragmatismo dos países Europeus por não deixarem estes obstáculos que vão surgindo se tornar barreiras intransponiveis. O Reino Unido houve uma altura em que não queria sequer fazer parte da UE, foi membro fundador de uma organização que se pretendia alternativa como a EFTA, e o resultado foi o que todos nós sabemos, mesmo a entrada na zona EURO é uma questão de tempo. A PESC seguramente que mais tarde ou mais cedo também evoluirá, apesar dos receios e reservas de muitos. Por fim não posso concordar com o Wandard que a Rússia seja uma super-potencia. Motivos:
Crise demografica que a transformará num país com uma população nos próximos anos, pouco maior do que a Turquia. Em termos económicos tem um PIB que é uma fracção do dos EUA, UE e China. Utilizando os factos trazidos pelo Wandard o poder de influencia da Russia está muito reduzido, até na sua esfera de influencia, perdendo a Ocidente para a UE e a Oriente para a China. Se virmos bem o que é que a Rússia tem a seu favor para concorrer a esta designação, armas nucleares, um imenso território cheio de recursos naturais, uma tecnologia própria em vários campos, entre outros, mas que não são por si só suficientes.

Jest nas Wielu disse...

Pelos comentários vejo que os "pocriotas" vejam como absolutamente normal, a Rússia entregar o seu território a China.

Perece que mesmo é verdade, aquela máxima que a Rússia só defende os seus no estrangeiro :-)

Anónimo disse...

Jest nas Wielu, então porque esse transtorno? devia ter ficado feliz por a russia ter ficado a perder.. afinal o seu desprezo pela russia é publico.

Bruno

Anónimo disse...

este acordo geográfico denota um enorme respeito da Rússia perante a China, e mais do que respeito diria até uma subjugação, isto porque a Rússia está encravada entre o liberalismo feroz e politicas socialmente evoluídas da UE e um comunismo evoluído/feroz capitalismo da China, em suma a Rússia não se consegue desenvolver/afirmar por si própria e ainda não sabe a que lado se encostar, mas que indubitavelmente tem mais receio do lado oriental é um facto...

Anónimo disse...

Não entendo a vossa surpresa perante este acordo geográfico, e muito menos as considerações precipitadas da vossa parte, augurando um destino funesto para a Rússia.

Para começar, a fronteira sino-russa (e sino-soviética) estava em disputa há mais de 40 anos;
Em 1964 já havia um pre-acordo para a entrega da ilha Damanskii aos chineses, acordo esse que foi por água abaixo por causa de umas declarações idiotas do camarada Mao;
Esta fronteira foi motivo de estalada da grossa entre os dois países em 1969 (e não nos anos 70, como tinha dito por lapso) e causou umas centenas de baixas dos dois lados;
E este acordo é um resultado de conversações que reiniciaram em 1991. Nada de calamitoso, portanto.

E se vocês interpretam o acerto de fronteiras como sinal de fraqueza, então regressemos uns séculos na História para nos fixarmos no Tratado de Madrid de 1750 (os nossos amigos brasileiros e paraguaios, assim como os cinéfilos, têm a obrigação de conhecer esta parte da História): pelo Tratado de Madrid, Espanha não só cedeu a Portugal territórios sul-americanos ocupados efectivamente por portugueses como também cedeu a zona das Sete Missões (jesuítas) a Portugal (uma parte do Brasil que hoje confina com o Paraguai), que não estava sob dominação portuguesa. Em compensação, os portugueses entregaram a Espanha a minúscula Colónia do Sacramento.

Deveríamos com isto depreender que Espanha estava a dar as últimas, ao ceder a Portugal territórios imensos em troca de uma cidade constantemente devassada pela guerra? Penso que não. E do mesmo modo, penso qe este acordo não têm grande significado como de demonstração de quebra de poder da parte da Rússia.

Anónimo disse...

Pippo não percebeu, a cedencia dos territorios é de pouca importancia, até porque poderá tratar-se como o Manuel Santos disse e penso que o Pippo também, de um gesto de boa vontade, ou não, não interessa. O relevante é que a Rússia provavelmente estará a fazer calculos errados, e a ver perigos onde eles não existem. A fraqueza da Rússia já há muito que é perceptivel, em nada alterando o recente facto essa percepção. Desculpe Pippo e quem diz que a Rússia é uma potencia que se poderá equipara à UE ou China, é só de quem não quer ver... Pessoalmente não tenho nada contra a Rússia, antes pelo contrário, até sou daqueles optimistas que acredito que ainda a verei como um estado membro da UE (sim ainda sou jovem e espero viver muitos anos), contribuindo para o seu desenvolvimento democrático, económico, desenvolvendo todo o seu potencial, e assumindo o seu lugar por direito no seio da familia Europeia, como o maior país Europeu, um entre muitos, mas para isso há que perder os tiques autoritários e totalitários. Utopia dirá, talvez... Mas não é por querer isso que me impede de ver o que de errado está na Rússia e de decisões erradas tomadas pelos actuais dirigentes politicos. Que decisões, a de fazer regredir a sociedade Russa em termos democráticos, no campo das liberdades e garantias dos seus cidadãos, quando usa o discurso prepotente em relação à Europa e relembra a sua dependencia energetica, quando agride os seus vizinhos para apenas sastisfazer as suas ambições politico-territoriais... Sabe eu sou daqueles que acredito que este seculo pode ser o Seculo Europeu, não Americano, não Chinês. Um século em que a Europa assuma novamente a liderança mundial, não contra ninguem, nem por oposição a ninguem, mas pelo bem estar de todos nós, pelo progresso e desenvolvimento da nossa sociedade, pela conquista do futuro e de novos horizontes como o espaço, etc. Claro não serei ingenuo ao ponto de acreditar que em tudo isto não está tambem um projecto de poder, claro que sim, mas isso será sempre inevitável. E a Rússia é crucial para que a UE consiga tudo isso, mas mais importante poderá fazer parte desse projecto, é preciso é que alguém lhes diga isso (não acredito na impossibilidade de absorção da UE e consequente limitação do alargamento enquanto todos os países Europeus não estejam na UE). Só a titulo de curiosidade até onde acham que a Rússia com o seu projecto individualista e egoísta de poder, de subjugação para poder dominar, poderá chegar como potencia mundial, se conseguisse satisfazer os seus intentos de puxar os países Eslavos para a sua órbita, e a Asia Central, e mesmo o Caucaso, mesmo assim teria um potencial inferior á URSS. E mesmo a URSS acabou da forma que acabou. Será que não está na altura de olhar para o futuro e construir se calhar algo de novo. Não valerá a pena. De qualquer forma, todas estas reflexões não interessam nada porque a força da realidade é abismal, e ao menos a Rússia tem possibilidade de escolher como qualquer outro país Europeu, só dependendo deles o seu futuro. Abraço.

Anónimo disse...

Sérgio,

Infelizmente tenho de discordar de você. Esta fraqueza da Rússia percebida, como você citou, trata-se de um conceito propagado por Europeus e Americanos. A URSS, acabou por vários motivos, mas o principal deles foi exatamente o de um Estado sustentar os demais, talvez se o final da Segunda Guerra as "Grandes Potências", vencedoras do lado ocidental tivessem sido menos gananciosas, como agem até hoje e ao contrário tivessem disponibilizado a travar outro tipo de relacionamento com a Rússia talvez hoje existisse uma situação diferente. Porém, na Conferência de Potsdam um dos pacotes levados à mesa de negociações foi a primeira bomba nuclear americana, que foi a Trinity, detonada em Alamogordo Novo México em 16 de julho de 1945, dias antes da Conferência. Quanto as outras duas quem pagou o pato foi o Japão que levou a Little Boy em Hiroshima e a Fat Man em Nagasaki em agosto. O objetivo era um só, fazer Stalin engolir o seu pedido de idenização da alemanha glosado, sair humilhado e ficar com o lado desolado e pobre da Europa. Naquele momento os aliados não tinham condições de enfrentar a União Soviética de forma convencional e a União Soviética com suas maiores cidades devastadas, 27 milhões de mortos e com seu parque industrial reduzido a 25% do que era não tinha condições de resistir a um ataque nuclear. O confronto de poder e ideologias, levou União Sovética sob a batuta de Stalin e Kruschev mais adiante adicionar mais erros à sua lista interminável, terminando por apoiar os Governos Comunistas que surgiram, sufocar os movimentos rebeldes como o da Hungria em 1956 e o de Praga em 1968 e sustentar estes governos, assim como o de Cuba, exaurindo gradativamente a economia da Rússia e levando ao desfecho que conhecemos. A China quer de volta todos os territórios que lhes tiraram um dia, se acham que a Rússia está mostrando fraqueza devolvendo pacíficamente, é um ledo engano, aguardem os próximos capítulos, pois não serão "SUPERPOTÊNCIAS TRANQUILAS" de acordo com o conceito de Andrew Moravsik, que conterão a onda que está por vir.

Abraços

Anónimo disse...

Infelizmente, Sérgio, acho-o demasiado sonhador. Não o entenda como uma crítica destrutiva ou paternalista mas tão somente como uma observação de alguém que já foi optimista e acreditava no progresso da Humanidade e que entretanto abriu os olhos para outras realidades. Eu também sonho e sonho com uma união livre entre todos os países da Civilização Europeia, mas não sei se viverei tempo suficiente para ver este meu sonho tornado realidade ou pior ainda, ver o meu sonho cair por terra.

Já agora, deixe-me dizer-lhe que o domínio autoritário ou autocrático não determina nessáriamente a falência de um país ou mesmo de uma sociedade, e sinceramente não vejo que nos dias de hoje tenhamos democracia na Europa Ocidental. Há ideologias permitidas e outras proibidas, votamos em "partidos" os quais nomeiam "deputados" que teoricamente nos representam mas que fazem o que o partido lhes manda fazer, dizemos aquilo que nos permitem dizer (sob pena de censura por violarmos o "politicamente correcto), e os amigalhaços que mandam fazem o que querem e lhes apetece da canalha (isto é, en nós, o povo).

O problema da Rússia, assim como o da restante Europa, é demográfico, não político. Será a demografia a ditar o nosso sucesso ou o nosso ocaso. De momento não vejo o nosso futuro como sendo mais risonho do que o da Rússia, e a breve trecho (breve, no meu conceito de brevidade histórica, é claro!) poderemos assistir à extinção do Homem europeu. Mas não covém dizer isto muita vezes ou ainda vou fazer companhia ao Mario Machado, eheheh!

Na minha opinião, portanto, este caso fronteiriço nada tem que ver com equilíbrio de poderes, e sinceramente não vejo o poder da Rússia a diminuir, antes pelo contrário. Desde o descalabro dos anos 90 até agora o país melhorou bastante, e a sua economia, ao menos, baseia-se na economia real (de "res", coisa), e não na economia virtual como a Ocidental, que só produz "serviços" e especulação, com os resultados que se sabe.
Assim, penso realmente que a Rússia mantiver estabilidade demográfica, ou mesmo melhorar a este nível, ela terá condições para a breve trecho poder ombrear com a EU, talvez daqui a 10/20 anos.

Um abraço,

MSantos disse...

O amigo Sérgio é mais do que um sonhador; é um idealista, qualidade rara hoje em dia. Seria muito bom a sua visão tornada realidade, quer para nós europeus, quer para o mundo. Se isso poderá vir a ser realidade? A minha primeira resposta é não, mas vamos ver o que o futuro nos reserva. Como alguém disse, depois da queda do muro tudo é possível.

Continue.

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

Não compreendo com algumas pessoas afirmam algo tão absurdo como dizer que a china é uma ameaça á russia.
A russia tem capacidade para fazer desaparecer a china do mapa em 24h.
Acho que as pessoas ainda não compreendem muito bem as capacidades militares da russia e EUA.Estes 2 países têm um arsenal nuclear suficiente para destruir o planeta, quanto mais 1 país como a china.A china é um atraso e será sempre um atraso, não tem uma sociedade criativa como as ocidentais, eles de facto são bons numa coisa, a copiar e produzir em massa(com má qualidade) aquilo que na europa/eua já se produz.

l.

Anónimo disse...

Gostaria de agradecer ao I ou L, peço desulpa mas é dificil de determinar, pelos seus esclarecimentos, de forma a não repetirem-se os comentários absurdos como aqueles que aqui se verificam. De qualquer forma gostaria de acrescentar o seguinte, apesar dos argumentos convincentes usados na sua intervenção:
1- A China é o país mais populoso do mundo;
2- A sua economia já assume lugar de destaque, com tendencia a melhorar muito nos próximos anos;
3- Em termos territoriais é o terceiro ou quarto maior país do mundo;
4- É um país nuclear;
5- Tem o maior exército do mundo;
6- Possui tecnologia espacial capaz de por homens em orbita, já vai na terceira missão espacial tripulada;
7- Tem o objectivo de instalar uma base na Lua até 2020;
8- É capaz de copiar o que de melhor se faz noutros países e utilizar esses conhecimentos a seu favor;
9- Tem uma sociedade fortemente disciplinada e integrada numa cadeia de comando como é o Partido Comunista Chinês;
10- Tem uma civilização milenar á qual entre várias descobertas e criações é-lhe atribuida a criação da pólvora, do papel, etc.
11- Podia ficar por aqui nisto, pois a China é um país de superlativos, e cada vez mais, a caminho de ser uma super-potencia.
12- Quando o Japão começou a sua industrialização disseram exactamente o mesmo dele, até á sua primeira vitória com uma potencia Europeia, a Rússia.

Anónimo disse...

sr sergio,

1-A china é o país com mais população do mundo, mas isso irá alterar-se brevemente, a india irá ultrapassar a china em população.
A china mais do que um país é um problema, 1,3 mil milhões de habitantes é demais, os apíses europeus têm um equilibrio entre area/recursos que os chineses não têm, o planeta está em causa.

2- A economia da china continua a ser miseravel( apesar de estar a crescer 10% ano ano), o rendimento per capita é de 6000$(13% do rendimento per capita norte americano), e estamos a falar de PPC e não PIB senão o pib chines é 5% do norte americano.

3- A china é superpovoada no zona ocidental, no interior é um deserto em crescimento, a area da china é relativamente pequena para a dimensão da população.

4-É um país nuclear com uma capacidade calculada de 200-400 ogivas, com tecnologia ICBM/IMBM ultrapassada e soviética, senm capacidade SLBM e bombardeiros estratégicos, a capacidade nuclear da china comparada com a russia ou eua é insignificante.

5-Tem o maior exercito do mundo, sem qualidade, sem uma tradição militar competente, o exercito chines foi até derrotado pelo vietname a cerca de 30 anos.

6 e 7- devia dizer antes, possui uma tecnologia comprada/copiada aos russos que permite colocar homens no espaço. Essa tecnologia não é mais do que uma versão modificada da nave soyus de 1967.A china vai instalar uma base na lua quando as galinhas e patos tiverem dentes.

8 a china copia porque não têm massa cinzenta para criar nada.

9- tem uma sociedade triste, represiva autoritária e sem futuro.
A china vai pagar caro o facto de reprimir a sua juventude, os chineses são neste momento numeros e não seres humanos. Alguem que não é livre não é um homem, é um bicho.

10-tem uma civilização que tudo o que fez foi sempre em colectivo, no ocidente a visão do homem e sociedade é radicalmente oposta, desde o renascimento que na europa o homem é o centro do uniververso, nas china o centro de tudo é o estado.

11- acredito mais que a china está a caminho de se tornar um super-problema

12- O japão ocidentalizou-se, copiou tudo do ocidente e agora volta a ficar pra traz.

A vantagem do japão e china é que este se mantiveram com uma população homogenea, enquanto que a europa e eua aderiram ao multiculturalismo, essa sim, vai ser a rasão pela qual, eu acredito que a europa e eua vão perder a sua grandesa que sempre foi o povo europeu.

Não aprecio musica chinesa,cinema(é so filmes de artes marciais) , cultura, gastronomia(comem cães),lojas chineses,nem acho o povo chines bonito, realmente gostava de perceber o que algum vê de especial num país como a china...

luis.

Anónimo disse...

Luis para seu conhecimento anexo um artigo publicado por
NinHao Centro de Idioma e Cultura Chinesa.

Invenções chinesas


A China faz mais parte da nossa vida do que imaginamos. Além dos vários produtos que usamos diariamente em casa, no trabalho e na escola serem fabricados no país, muitos outros foram inventados lá. Alguns, essenciais.
Várias invenções chinesas foram absorvidas por outras culturas de tal maneira, que estas se vangloriam de ser autoras de idéias que a China já adotava há centenas de anos.

Para dar um exemplo apenas, o alemão Gutenberg é tido como o criador dos tipos ou caracteres móveis para impressão, no ano de 1448. Na realidade, este sistema foi inventado durante a Dinastia Tang (de 618 a 906) e o primeiro livro do mundo foi impresso na China em 868, ou seja, 580 anos antes do europeu.

No terreno da culinária também houve tentativas de apropriação. O sorvete foi disputado por diversas nações, mas foram encontrados documentos que datam do século XIII, registrando o método pelo qual era feita a iguaria na China. Na Inglaterra, o rei Charles II foi o primeiro a provar um sorvete, mais de trezentos anos depois.

Depois de muita discussão em que italianos e árabes reclamavam para si a autoria do macarrão, em 2000 um grupo de arqueólogos liderados por Lu Houyuan publicou, no respeitado periódico científico britâncio Nature, sua descoberta de fios de macarrão cozido, protegidos por uma tigela de cabeça para baixo, embutida em argila marrom-amarelada, em Lajia, no Noroeste da China. Segundo os pesquisadores: “O macarrão era fino (com cerca de 0,3 cm de diâmetro), delicado, com mais de 50 cm de comprimento e de cor amarela. Parecia muito o La-Mian, um macarrão tradicional chinês que é feito puxando-se e esticando-se a massa com a mão diversas vezes”. A descoberta data de 4.000 anos atrás.

Entre os inventos e descobertas que o Ocidente não teve como negar a origem chinesa, estão: Papel, pólvora, fogos de artifício, pipas, guarda-chuvas, ábaco (primeiro instrumento de contagem), porcelana, sismógrafo (aparelho para detectar terremotos), a balança (conhecida como “balança romana”), o ferro fundido (liga de estanho e cobre), uso de animais para o trabalho na agricultura, a arte da equitação, o primeiro relógio para fins astronômicos, o modelo planetário, a bússola, o leme e vários outros instrumentos de navegação, moagem de grãos com maquinário de bambu, o uso da seda para manufatura de vestuário, leques, brinquedos e uma infinidade de outros usos para o tecido. Não é, portanto, exagero, dizer que a China é o verdadeiro berço da civilização.

Anónimo disse...

Sérgio e L., no meio das vossas posições estará a verdade. Quanto ao último posto do L., não concordo com os pontos 6 a 9, e os pontos 4 e 5 são parcialmente verdade (não creio que eles sejam tão limitados, apesar de tudo.)
Já agora, sem procurar dar ares de superioridade, gostaria que lessem o que escrevi algures neste blog aquando da comparação entre a Rússia e a China:

“Já vi aqui escrito por mais que uma vez que a Rússia deveria deixar de competir militarmente com o Ocidente e investir em outras formas de aumentar o seu poderio, nomeadamente copiando a China.
Ora, o paralelismo com a China é falacioso, por vários motivos:

Logo para começar, porque a China nunca foi uma superpotência, não tem esse historial e não nutre sentimentos de perda de poder e território, ao contrário da Rússia;

Por outro lado, o potencial militar chinês ainda é bem mais fraco que o russo. O melhor que os chineses têm é material, precisamente, comprado a Moscovo, como os Su-30MKK, os destroyers da classe Sovremeny ou os submarinos da classe Kilo, ou material com forte influência russa como os caças JF-17 ou os tanques Type 98 e 99.
A China, no entanto, está a ser vista pelos seus vizinhos como uma ameaça, não só devido aos números mas também devido ao seu forte investimento militar, mormente no sector aero-naval e de projecção de forças. As pretenções chinesas nas Spratley e nas Paracel, para além de Taiwan, são vistas com bastante apreensão por todos os países da zona. A alteração que se verificou no Japão quanto ao emprego de forças militares, e o rearmamento da JDF, deriva das atitudes belicistas da China.

Portanto, sob o ponto de vista militar, a China é de facto uma ameaça dentro da sua zona. À medida que for crescento sê-lo-á a uma escala mais vasta. E quando isso ac, nessa altura falaremos.

Sob o ponto de vista internacional, o poderia económico da China baseia-se na completa falta de direitos dos trabalhadores e na produção a baixo preço (e baixa qualidade), no comércio baseado nas redes familiares (sobretudo no SE Asiático) e nos apoios estatais ao comércio e investimento, nomeadamente nos grandes projectos de obras públicas (como em África). É fácil dizer que a Rússia deveria seguir o caminho da China, mas porque não o seguem também os países do Ocidente? Todos, neste momento, estão a perder concorrência faca à China, que é quem mais investe em África (ao contrário do Ocidente, a China não faz caridade e está-se nas tintas para critérios de democracia e boa governação, pois a ela só interessam o dinheiro e os recursos naturais).
Deveria a Rússia (e o Ocidente) seguir este exemplo?

A China sofre gravíssimos problemas ambientais ("China Says More Milk Products Show Signs of Being Tainted", noticia hoje o NYTimes) e sociais, com a incapacidae do país em alimentar 20% da população mundial com apenas 8% dos solos aráveis, ou com a incapacidade em crescer a ponto de elevar mais do que 300 mi de habitantes a um nível de classe média. As assimetrias sociais crescem a um ritmo alucinante, e há revoltas constantes de camponeses as quais raramente são noticiadas (as autoridades chinesas exercem um verdadeiro controlo sobre a internet, ao contrário das russas).

Em suma, não só devido às suas características específicas como devido aos graves problemas internos, o que a poderá levar a seguir uma atitude bem mais belicista, a China não é um bom exemplo a seguir.”

Abraço,

Anónimo disse...

Pippo e Sérgio,

Antes de qualquer coisa gostaria de parabenizá-los por sempre nos proporcionar discussões inteligentes e com conteúdo dentro do Blog, independente dos posicionamentos e ideologias, o que vem a conferir a este ambiente as suas principais caracterísiticas de troca de idéias, aproximação de nacionalidades e liberdade de expressão. Vocês estão certos quanto à contribuição Chinesa para a ciência e em tecnologias que ajudaram a desenvolver os primeiros passos da humanidade, também quanto a questão dos direitos humanos, sua representatividade econômica no contexto atual e a ameaça que representa seu constante crescimento militar. No ponto de vista militar a China é a terceira potência mundial, seus equipamentos, tanques, aviões, navios e peças de artilharia podem não ser comparáveis aos da Rússia ou Estados Unidos mas são em grande quantidade e a China hoje possui poder suficiente para empreender uma campanha em sua área de influência e interesse. Discordo Pipppo quanto à sua colocação que a China não nutre sentimentos de perda de poder e territórios, é o maior engano que tem cometido o ocidente pois a China tem suas pretensões e as vem obtendo sem disparar um só tiro por enquanto, já tendo conseguido Hong Kong, Macau, as territórios que estavam sobre controle da Rússia, faltando agora Taiwan que é o próximo passo. Como já disse antes e é do conhecimento de todos, a paciência chinesa é milenar. Enquanto a Europa e os Estados Unidos se embatem com a Rússia a China vai ganhando seu espaço e se fortalecendo. A pressão contra a Rússia vai continuar e a Rússia continuará a ampliar o seu arsenal, modernizar seus equipamentos e manter o seu continuo rearmamento. A Rússia não terá motivos para se preocupar com a China por enquanto, assim como a China não terá a Rússia como sua prioridade nos primeiros momentos, afinal Taiwan não é um aliado da Rússia e tem mais um detalhe, não foi a Rússia que invadiu e ocupou a Mandchuria. Estes são os ressentimentos recentes, para mais adiante ficam as Guerras do Ópio e o Levante dos Boxers, para este futuro "Superpotências Tranquilas", acabarão por repetir as consequências e atitudes da Segunda Guerra, afinal foi uma nação de 80 milhões de habitantes e escassos recursos naturais que derrotou praticamente quase todas as nações da Europa, pela permissividade, inércia, vacilos e falta de vontade de se arriscar como aconteceu com a França e a Inglaterra.

Cordiais abraços a todos

Anónimo disse...

Atenção, Wanard, quando eu digo que "China não nutre sentimentos de perda de poder e territórios", refiro-me ao facto da China não se sentir esbulhada em termos territoriais pois não teve perdas sensíveis de território a não ser Taiwan, o qual é, e assume-se, como China, mas não como parte da RPC.
Portanto, não existe na RPC um objectivo de recuperar territórios perdidos, ou se ele existe não é muito referido (o Mao disse, nos anos 60, que toda a Manchúria - parte russa incluída - tinha de ser chinesa, e foi isso que empatou a resolução deste diferendo fronteiriço que está em questão).

Contudo, é evidente que a RPC nutre desejos territoriais, sobretudo locais estratégicos (corredores, estreitos, zonas com recursos), e é destes desejos que podem surgir (aliás, surgirão) as próximas guerras regionais. Ao ritmo a que a Armada chinesa cresce, os EUA já terão problemas em defronta-la, incorrendo numa escalada de meios e em baixas suplementares em caso de conflito.

Quanto ao resto sou levado a concordar consigo, mas isso parece-e óbvio, basta ler o que eu escrevo.

Abraço,

Anónimo disse...

Compreendi Pippo, agradecido amigo pelos exclarecimentos.

Grande abraço,

Anónimo disse...

Caro amigo Wandard a estima é recíproca. Caro amigo Manuel Santos como dizia aquela letra dos Beatles, não sou o único sonhador, e ainda bem que assim é, e a parte do idealista aceito-a sem qualquer problema. Quanto ao Pippo, claro que estarei atento aquilo que escreve e é sempre com prazer que o faço, quando não for mais para o contradizer (estou a brincar). Por fim quanto ao nosso caro anfitrião que tem andado um pouco arredado deste espaço, não sei se por falta de tempo ou de assunto, aqui fica o meu reparo á sua ausencia sentida. Abraço.
PS - Claro que há muitos mais intervenientes que têm a minha estima e consideração, apenas não os citarei para não correr o risco de esquecer alguém, apenas frisando que aqui neste espaço do Sr. josé Milhazes, com todos aqueles que nele participam, a discutir geo-estratégia, politica internacional e assuntos relacionados com a Rússia me sinto como em casa.

Pippo disse...

É bom poder conversar com pessoas do vosso nível. A maior parte não sabe ou não quer saber, e muitos são aqueles que não têm capacidade de reflexão e discussão adulta. Felizmente há excepções, e aqui estou muito bem acompanhado. Tenho de agradecer ao JM por esta oportunidade, e já agora: por onde anda, amigo Milhazes???

E agora, só para vos dar um docinho, deixo-vos uma perspectiva argentina sobre o petróleo brasileiro.

http://www.clarin.com/diario/2008/07/10/conexiones/home.html

Abraço amigo,

Anónimo disse...

É bom poder conversar com pessoas do vosso nível. A maior parte não sabe ou não quer saber, e muitos são aqueles que não têm capacidade de reflexão e discussão adulta. Felizmente há excepções, e aqui estou muito bem acompanhado. Tenho de agradecer ao JM por esta oportunidade, e já agora: por onde anda, amigo Milhazes???

E agora, só para vos dar um docinho, deixo-vos uma perspectiva argentina sobre o petróleo brasileiro.

http://www.clarin.com/diario/2008/07/10/conexiones/home.html

Abraço amigo,

MSantos disse...

Caríssimos
Vós haveis dito tudo. Aviso já que a minha opinião vai ser pobríssima comparada com o vosso conhecimento revelado.

Tudo o que foi dito pró e a favor da China está correctíssimo. A China é um potente motor a arrancar, com elevadíssimo potencial, esperança e expectativas. No entanto por muito potente que esse motor seja, tem, no seu arranque, a inércia inicial a vencer, que são os monumentais (para não dizer brutais) problemas pela frente, que já mencionaram.
Se vai conseguir vencer a inércia ou colapsar num estrondoso desastre económico e humano (para não falar do ambiental) isso será a grande incógnita que o séc. XXI revelará. Seria muito bom que a China se humanizasse mais e conseguisse vencer este monumental desafio. Seria uma vitória da humanidade e do progresso ao conseguir pôr aquela grande massa humana a viver condignamente e a dar grandes contributos para o pregresso e desenvolvimento da humanidade.

A Rússia poderá ser classificada como um país previsível, que segue sempre um padrão. Até mesmo o mundo islâmico, particularmente a facção extremista (já todos sabemos o que esperar daí) segue uma determinada linha.

Efectivamente a China será o joker do baralho.

Também eu me congratulo muito por este espaço que me dá a oportunidade de debater um tema tão fascinante com uma maioria de interlocutores inteligentes, cordiais e mais esclarecidos do que eu (assim possa eu aprender mais com eles) e no aspecto secundário, concorde ou não com as suas análises.

É raríssimo encontrar na net um espaço assim, onde haja respeito e entendimento mútuos independentemente das posições defendidas por cada um.

Bem hajam todos

Manuel Santos

Anónimo disse...

amigos,

A china e india têm o direito de se desenvolver e atingir todo o seu potêncial, mas será que o planeta vai resistir?
A população do planeta está quase a atingir 7 mil milhões e esse numero vai continuar a crescer, mesmo que a economia mundial prospere será sempre dificil encontrar recursos para alimentar toda esta população. Existem estudos que apontam que esse nivel populacional não é sustentavel a longo prazo.
Os EUA nos anos 60'70' tinham uma ambição de manter o nivel populacional em 200 milhões, esse plano não foi pra frente porque a economia mundial quando para de crescer começa a colapsar.Para mim é este "o problema" principal da humanidade, se for possivel atingir um nivel estavel de população com o ambiente/recursos dentro de um estado livre e organizado, penso que as coisas correm bem, a china não me parece enquadrar esta realidade.

bruno

Anónimo disse...

O Bruno coloca uma questão interessante, à qual eu acho que países como a China e a India, e a restante população mundial não podem atingir o pleno desenvolvimento das suas populações pelo modelo convencional seguido pelos países agora denominados desenvolvidos. A chave para esse desenvolvimento que se quer sustentável é a inovação e utilização de novas tecnologias. Sem grandes desenvolvimentos cito apenas dois exemplos. Energia, neste campo já se produz energia considerada limpa através das energias renováveis (o nosso Ministro da Economia até diz que vivemos uma nova revolução industrial) e novos projectos de investigação nesse campo como o International Thermonuclear Experimental Reactor - ITER. Alimentação, começa a aquacultura a ser considerada como uma alternativa segura á escassez de peixe nos oceanos gerada pela pesca intensiva. Pensem nisto, a agricultura já já centenas de anos que é praticada de uma forma intensiva para a alimentação, enquanto que a aquacultura embora conhecida pela humanidade apenas era praticada em escala menor e em agua doce, estando apenas agora a dar os primeiros passos nos oceanos. A esta querem chamar revolução azul. Abraço.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Pippo, eu não desapareci, apenas acho que a conversa está interessante e vou aprendendo. Continuem.

Jest nas Wielu disse...

Chineses na Rússia:

Quantidade dos cidadãos chineses a residir na Rússia (legais + ilegais):
Hoje 8 milhões, até 2010 serão 21 milhões, até 2020 - 44 milhões, etc.

Fonte:
http://www.polit.ru/research/2008/10/20/demoscope347.html