domingo, novembro 30, 2008

Actor britânico paga 300 mil euros para jantar com Mikhail Gorbatchov


O célebre autor britânico Hugh Grant pagou cerca de 300 mil euros para jantar com o antigo Presidente soviético, Mikhail Gorbatchov, declarou este na cerimónia de lançamento dos primeiros cinco volumes das suas “Obras Escolhidas”.
“Eu realmente recebi recentemente o conhecido actor britânico e um homem de negócios. Na Primavera, realizámos um leilão de beneficiência em Londres, organizado pela fundação Raísa Gorbatchova”.
Esta fundação, criada pela esposa do último dirigente soviético, presta assistência a crianças com doenças oncológicas na Rússia.
“Realizamos acções semelhantes para conseguir fundos para a fundação e pomos à venda lotes originais, por exemplo, o voo num bombardeiro moderno, que tínhamos acordado com os militares”, acrescentou Gorbatchov.
“Este ano, um “jantar na casa do Presidente Gorbatchov” foi posto à venda por 50 mil libras estrelinas, mas um homen de negócios e Hugs Grant decidiram pagar cada um 250 mil libras estrelinas. Isso são quase 700 mil dólares”, continuou.
“Se alguém se quiser inscrever, eu estou pronto”, concluiu Gorbatchov bem humorado.
Esse leilão, que contou com a presença do músico Bono, dos actores Orlando Bloom e Kevin Spacey, permitiu juntar quatro milhões de dólares para o combate ao cancro.
Raísa Gorbatchova faleceu de leucemia a 20 de Setembro de 1999.

5 comentários:

Anónimo disse...

Então, el Comandante ficou rendido a Medvedev? Pois, o homem está velho, mas não taralhoco.

MSantos disse...

Esperemos que um dia a História seja justa com este grande homem.

Cumpts
Manuel santos

Jacob disse...

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Não sabia que Gorbatchov tinha Obras Escolhidas, vou aguardar o lançamento em português para comprar; dele conhecia somente o livro "Perestroika - novas idéais para o meu país e para o mundo".
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Lamento pelo que ouvi dizer, que Gorbatchov não é benquisto politicamente na Rússia. Eu o tenho como um dos políticos mais importantes do século que passou. Infelizmente, o socialismo perdeu a disputa hegemônica para o capitalismo e ele teve não só a coragem de reconhecer isso, como o desprendimento para promover as mudanças.
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Foi graças a iniciativa de Gorbatchov, que nós, latino-americanos, pudemos experimentar a democracia política. Até então, a América Latina era coalhada de golpes de estado promovidos por militares a mando dos Estados Unidos e com a ajuda da burguesia nativa. Só na Bolívia são mais de 180 golpes de estado desde sua independência. O comunismo era o bicho papão que alguns espertos brandiam para se enriquecerem ao lado dos norte-americanos.
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Sabemos hoje que o caminho é o do aperfeiçoamento dessa democracia burguesa; a democracia é uma pedra bruta que precisa ser burilada. Estamos longe ainda do perfil de partidos políticos ideológicos como possui a Europa, mas iniciamos a caminhada, isso é o que importa. E, se podemos caminhar, o devemos a Gorbatchov.
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Anónimo disse...

Jacob, você tem realmente visäo estratégica, característica que pouco abunda no mundo, ao que parece.
Deixe-me apenas que faça um reparo ao seu raciocínio: "partidos políticos ideológicos" na Europa é coisa que acabou em 1990, agora a ideologia é a do capitalismo selvagem. Agora, deixem ver... há uma crise nos partidos, porque parece que afinal o capitalismo selvagem entra em crise!

A América Latina pode e *deve* servir de exemplo de como sair com sucesso de ditaduras torcionárias para uma sociedade mais justa! Talvez o consiga porque a família ainda é o cerne da sociedade, e näo o materialismo barato--do imediatismo, consumismo, egoísmo--como um comentador reparou noutra entrada.

Anónimo disse...
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