A Rússia assinalou hoje o Dia da Unidade Nacional, jornada que foi celebrada com manifestações de vários quadrantes políticos e que ficou marcada por confrontos de rua na capital russa.
Dezenas de policias russos ocuparam posições na estação de metro Arbatskaia, no centro de Moscovo, para onde os nacionalistas russos do Movimento Contra a Imigração Ilegal tinham convocado uma concentração que não fora autorizada pelas autoridades.
Os agentes não actuaram no interior da estação de metropolitano, mas apenas apelavam aos militantes nacionalistas a saírem para a rua, onde eram esperados por fortes destacamentos da OMON (polícia de intervenção).
Quando os manifestantes tentaram cortar uma das principais artérias rodoviárias de Moscovo e começaram a lançar very-lights, a OMON carregou e, segundo dados oficiais, deteve cerca de quinhentas pessoas, que mais tarde libertou.
As autoridades de Moscovo tinham autorizado uma manifestação nacionalista, mas noutro bairro da cidade.
Empunhando ícones ortodoxos, bandeiras imperiais russas e soviéticas, os manifestantes nacionalistas exigiram a “Rússia para os russos!” e a “realização de uma política verdadeiramente russa”.
“Não se admite que imigrantes ilegais entrem aos milhões no nosso país e nos roubem o emprego. Com a crise, estão a ser despedidos milhares de russos e o Governo faz de conta que nada está a acontecer”, declarou à Lusa Mikhail, estudante universitário.
O mais recente relatório da organização não governamental russa SOVA, que monitoriza os crimes de ódio no país, faz um balanço de 75 imigrantes mortos na Rússia em 2008 em ataques raciais, outros 291 feridos, apenas até Setembro deste ano. O número acusa novo aumento em relação a 2007, em que 57 pessoas foram mortas em crimes raciais (mais 19 por cento do que em 2006).
A Rússia Unida, partido dirigido pelo primeiro-ministro Vladimir Putin, juntou cerca de oito mil manifestantes no centro de Moscovo para apelar à concórdia no país.
Não obstante a atmosfera de alegria e relaxe reinante entre os manifestantes, os oradores não deixaram de abordar os problemas económicos e sociais que enfrenta a Rússia.
Andrei Issaev, um dos dirigentes da Rússia Unida, declarou que o seu partido condena a “posição dos patrões que despedem as pessoas sem pagarem subsídios ou compensações”.
“Dizemos um não decisivo a isso!”, sublinhou Issaev durante uma intervenção no comício.
Manifestações semelhantes tiveram lugar em numerosas cidades russas e só em Novossibirsk ficaram marcadas por confrontos entre antifascistas e nacionalistas russos.
O Dia da Unidade Nacional ficou também marcado pela explosão de duas bombas em Moscovo e no Daguestão, no Cáucaso do Norte. A última provocou ferimentos em quatro polícias.
O Dia da Unidade Nacional começou a ser oficialmente celebrado em 2005 e simboliza a força do espírito nacional russo. Esta festa nacional visa recordar o dia 04 de Novembro de 1612, quando forças populares e tropas russas expulsaram os invasores polacos de Moscovo.
Na realidade, o Kremlin tentou, com esta celebração, fazer esquecer outra data importante da História da Rússia e que foi celebrada até muito recentemente: o dia 07 de Novembro, dia da revolução comunista de 1917.
Dezenas de policias russos ocuparam posições na estação de metro Arbatskaia, no centro de Moscovo, para onde os nacionalistas russos do Movimento Contra a Imigração Ilegal tinham convocado uma concentração que não fora autorizada pelas autoridades.
Os agentes não actuaram no interior da estação de metropolitano, mas apenas apelavam aos militantes nacionalistas a saírem para a rua, onde eram esperados por fortes destacamentos da OMON (polícia de intervenção).
Quando os manifestantes tentaram cortar uma das principais artérias rodoviárias de Moscovo e começaram a lançar very-lights, a OMON carregou e, segundo dados oficiais, deteve cerca de quinhentas pessoas, que mais tarde libertou.
As autoridades de Moscovo tinham autorizado uma manifestação nacionalista, mas noutro bairro da cidade.
Empunhando ícones ortodoxos, bandeiras imperiais russas e soviéticas, os manifestantes nacionalistas exigiram a “Rússia para os russos!” e a “realização de uma política verdadeiramente russa”.
“Não se admite que imigrantes ilegais entrem aos milhões no nosso país e nos roubem o emprego. Com a crise, estão a ser despedidos milhares de russos e o Governo faz de conta que nada está a acontecer”, declarou à Lusa Mikhail, estudante universitário.
O mais recente relatório da organização não governamental russa SOVA, que monitoriza os crimes de ódio no país, faz um balanço de 75 imigrantes mortos na Rússia em 2008 em ataques raciais, outros 291 feridos, apenas até Setembro deste ano. O número acusa novo aumento em relação a 2007, em que 57 pessoas foram mortas em crimes raciais (mais 19 por cento do que em 2006).
A Rússia Unida, partido dirigido pelo primeiro-ministro Vladimir Putin, juntou cerca de oito mil manifestantes no centro de Moscovo para apelar à concórdia no país.
Não obstante a atmosfera de alegria e relaxe reinante entre os manifestantes, os oradores não deixaram de abordar os problemas económicos e sociais que enfrenta a Rússia.
Andrei Issaev, um dos dirigentes da Rússia Unida, declarou que o seu partido condena a “posição dos patrões que despedem as pessoas sem pagarem subsídios ou compensações”.
“Dizemos um não decisivo a isso!”, sublinhou Issaev durante uma intervenção no comício.
Manifestações semelhantes tiveram lugar em numerosas cidades russas e só em Novossibirsk ficaram marcadas por confrontos entre antifascistas e nacionalistas russos.
O Dia da Unidade Nacional ficou também marcado pela explosão de duas bombas em Moscovo e no Daguestão, no Cáucaso do Norte. A última provocou ferimentos em quatro polícias.
O Dia da Unidade Nacional começou a ser oficialmente celebrado em 2005 e simboliza a força do espírito nacional russo. Esta festa nacional visa recordar o dia 04 de Novembro de 1612, quando forças populares e tropas russas expulsaram os invasores polacos de Moscovo.
Na realidade, o Kremlin tentou, com esta celebração, fazer esquecer outra data importante da História da Rússia e que foi celebrada até muito recentemente: o dia 07 de Novembro, dia da revolução comunista de 1917.
8 comentários:
Lembro-me quando regressei a Portugal, estávamos nos princípios de Abril, e passado umas semanas o pessoal do Pushkin (Instituto Estatal de Língua Russa) enviou-me um mail dizendo que o Instituto estava fechado com os alunos lá dentro, com reservas suplementares de comida e cercado por forças policiais, e isto porque naquela semana se celebrava a morte do Adolfo e os neo-nazis andavam pelas ruas à caça de estrangeiros (de preferência árabes, pretos, indianos e claro, o seu cechenozito, só para matar saudades... literalmente).
Enfim, é como dizia o outro, “há muita coisa para dizer mas temos pouco tempo...”
"Manifestações semelhantes tiveram lugar em numerosas cidades russas e só em Novossibirsk ficaram marcadas por confrontos entre antifascistas e nacionalistas russos."
Na Rússia dó há dessa escumalha em Novosibirsk, na Europa, estão por todo o lado...
afonsinho, escumalha nacionalista há em todo o lado...
... agora antifascistas é que há poucos!
O que é sintomático do desnorte dos nacionalistas é empunharem bandeiras imperias e soviéticas (o outro império)... fachos e imperialistas! Isso é chäo que já deu uvas!
Bem, não sei onde vive o senhor Maquiavel vive para dizer que escumalha anti-fascista é pouca se comparada á escumalha Nacionalista.
Mas pelo seu comentário depreendo que não viva na Europa (Ocidental). Enfim, venha até cá, e depois falamos...
"O que é sintomático do desnorte dos nacionalistas é empunharem bandeiras imperias e soviéticas"
Sem dúvida. Especialmente bandeiras Soviéticas que bandeiras Imperiais já podem ter outro tipo de simbolismo, dependendo da bandeira é óbvio...
No entanto, não deixa de ser preocupante que se tolerem bandeiras Soviéticas por entre aqueles que se dizem Nacionalistas onde quer que seja.
Creio que as bandeiras Soviéticas representem uma certa saudade que alguns Russos possam sentir da sua situação Económica durante o auge do período Soviética. Enfim, uma manifestação de ignorância, pura e simples (o que aliás abunda em muitos grupos que se dizem Nacionalistas mas por vezes não passam de paranóicos racistas).
Realmente vivo numa Europa bem oriental... e NÓRDICA! Onde os ideiais do antifascismo (liberdade, democracia, paz, justiça social) se praticam desde há muito! Há quem inveje a nossa vida cá no frio, porque será?
E mais respeitinho, porque é graças à "escumalha" antifascista que você näo fala alemäo nem russo. Da França à Jugoslávia, da Noruega à Itália, dos EUA à URSS, foi essa "escumalha" quem ajudou à libertaçäo da Europa.
A verdadeira escumalha, a nacionalista, estava toda contente de braço no ar a dar loas ao "Fura".
Mas caro Milhazes, o 07/11 continua a ser comemorado, ainda que de forma oficiosa, näo é verdade?
Caro Maquiavel, o 07/11 é comemorado pelos partidos comunistas, mas já não se trata de um feriado nacional. Oficialmente, realiza-se uma parada militar, mas que visa celebrar a célebre parada militar de 07.11.41, quando as tropas soviéticas dirigiram-se da Praça Vermelha para a frente de combate, que estava a pouco mais de 20 quilómetros do centro da capital russa.
Ah, esqueci de dizer, não foram os “invasores” polacos, mas exército libertador polaco – lituano – ucraniano, que em vão tentou explicar aos moscovitas que é melhor ter um Rei legítimo, da casa Wasa do que um tzar qualquer da família Romanoff. Não foi possível e 300 anos depois deu naquilo que deu, os polacos e lituanos vivem na UE e os russos emigram para qualquer lado à procura dos melhores dias...
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