O julgamento do assassinato da jornalista Anna Politkovakaia, anunciou Murad Mussaiev, advogado de um dos arguidos.
“O juiz decidiu que o processo será público, por isso sejam benvindos”, declarou o advogado, dirigindo-se aos numerosos jornalistas russos e estrangeiros, reunidos à entrada da Sala do Tribunal Militar do Distrito de Moscovo.
Na semana passada, o julgamento começou à porta aberta, mas, depois da primeira sessão, o juiz, invocando um pedido dos jurados e o facto de existirem documentos secretos no processo, anunciou que as restantes sessões iriam realizar-se sem a presença dos jornalistas.
Porém, mais tarde, um dos jurados desmentiu essa versão, declarando que 19 dos 20 jurados não estavam contra a presença de repórteres da imprensa escrita.
Murad Mussaiev lançou um pouco de luz sobre o presumível inspirador do assassinato da jornalista.
“Na fase da investigação, o procurador-geral declarou que se tratava de uma pessoa grande e monstruosa que se encontrava no estrangeiro (acusação dirigida a Boris Berezovski, oligarca russo que encontrou asilo político na Grã-Bretanha), mas, no processo, vemos que esse alguém não é tão grande, nem tão monstruosa, mas que é um político que se encontra no interior do país”, declarou o adovogado de acusação. Segundo ele, “no processo estão o motivo e o inspirador, pelo menos a causa individual da inspirador: reportagens críticas de Politkovskais que desmascaram alguns políticos”.
Tanto o autor intelectual do crime, que a polícia russa afirma ter identificado, como a pessoa que presumivelmente disparou o gatilho, Rustam Makhmudov, encontram-se em parte desconhecida.
Dois irmãos de Makhmudov, Djabrail e Ibraguim, e um polícia reformado, Serguei Khadjikurbanov, estão no banco dos réus como presumíveis cúmplices. Também está a ser julgado um ex-coronel do Serviço Federal de Segurança (ex-KGB) da Rússia, Pavel Riaguzov. No início, as autoridades afirmavam que Riaguzov tinha conseguido o endereço de Politkovskaia e o tinha comunicado a um dos suspeitos, mas esta acusação foi retirada mais tarde.
Presentemente, ele é acusado de abuso de poder e extorsão à margem do assassinato.
Anna Politkovskaia ficou conhecida por defender os direitos humanos e pelas suas reportagens críticas sobre a política de Moscovo na Tchetchénia e noutras regiões do Cáucaso do Norte. Escreveu vários livros sobre a guerra na Tchetchénia e A Rússia de Putin, tendo recebido numerosos prémios internacionais.
A jornalista foi abatida a tiro junto da sua residência em Moscovo, a 07 de Outubro de 2006, quando preparava mais um artigo sobre as torturas sistemáticas na Tchetchénia.
“O juiz decidiu que o processo será público, por isso sejam benvindos”, declarou o advogado, dirigindo-se aos numerosos jornalistas russos e estrangeiros, reunidos à entrada da Sala do Tribunal Militar do Distrito de Moscovo.
Na semana passada, o julgamento começou à porta aberta, mas, depois da primeira sessão, o juiz, invocando um pedido dos jurados e o facto de existirem documentos secretos no processo, anunciou que as restantes sessões iriam realizar-se sem a presença dos jornalistas.
Porém, mais tarde, um dos jurados desmentiu essa versão, declarando que 19 dos 20 jurados não estavam contra a presença de repórteres da imprensa escrita.
Murad Mussaiev lançou um pouco de luz sobre o presumível inspirador do assassinato da jornalista.
“Na fase da investigação, o procurador-geral declarou que se tratava de uma pessoa grande e monstruosa que se encontrava no estrangeiro (acusação dirigida a Boris Berezovski, oligarca russo que encontrou asilo político na Grã-Bretanha), mas, no processo, vemos que esse alguém não é tão grande, nem tão monstruosa, mas que é um político que se encontra no interior do país”, declarou o adovogado de acusação. Segundo ele, “no processo estão o motivo e o inspirador, pelo menos a causa individual da inspirador: reportagens críticas de Politkovskais que desmascaram alguns políticos”.
Tanto o autor intelectual do crime, que a polícia russa afirma ter identificado, como a pessoa que presumivelmente disparou o gatilho, Rustam Makhmudov, encontram-se em parte desconhecida.
Dois irmãos de Makhmudov, Djabrail e Ibraguim, e um polícia reformado, Serguei Khadjikurbanov, estão no banco dos réus como presumíveis cúmplices. Também está a ser julgado um ex-coronel do Serviço Federal de Segurança (ex-KGB) da Rússia, Pavel Riaguzov. No início, as autoridades afirmavam que Riaguzov tinha conseguido o endereço de Politkovskaia e o tinha comunicado a um dos suspeitos, mas esta acusação foi retirada mais tarde.
Presentemente, ele é acusado de abuso de poder e extorsão à margem do assassinato.
Anna Politkovskaia ficou conhecida por defender os direitos humanos e pelas suas reportagens críticas sobre a política de Moscovo na Tchetchénia e noutras regiões do Cáucaso do Norte. Escreveu vários livros sobre a guerra na Tchetchénia e A Rússia de Putin, tendo recebido numerosos prémios internacionais.
A jornalista foi abatida a tiro junto da sua residência em Moscovo, a 07 de Outubro de 2006, quando preparava mais um artigo sobre as torturas sistemáticas na Tchetchénia.
5 comentários:
Entrevista de Yelena Bonner, viuva do Andrei Sakharov sobre a Rússia actual:
http://idelo.ru/533/1.html (em russo)
[OFF} O jornal "O Correio Brasiliense" publica hoje uma interessante notícia sobre a viagem ao Brasil do Presidente Medvedev.
Como o acesso ao jornal é restrito, o artigo pode ser lido no site do PPS, um importante partido político brasileiro:
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Luiz Carlos Azedo: Saída à francesa
Por: Correio Braziliense
Nas Entrelinhas
É por causa do satélite de comunicações e do submarino nuclear que o presidente Lula prefere a parceria com a França, em detrimento dos Estados Unidos e da Rússia
Não existe nada que deixe um russo mais satisfeito com a hospitalidade brasileira do que um bom rodízio de churrasco regado a caipirinha. O risco é o convidado passar mal de tanto comer e beber. Nada mais natural, portanto, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereça um banquete à gaúcha ao jovem presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, sob a guarda do Cristo Redentor, no Palácio Guanabara, no Rio, tendo como co-anfitrião o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).
Rússia
Por trás da gastronomia, porém, há dois recados: o Brasil pretende comprar os “soviéticos” helicópteros de ataque MI-35, verdadeiros tanques voadores, mas...
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na íntegra em:
http://portal.pps.org.br/portal/showData/106322
Caro Amigo José Milhazes,
Confira no meu blog toda a repercussão da visita de Dmitri Medevdev no meu blog.São três reportagens.Também postei a declaração conjunta dos dois presidentes,que foi fornecida pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.Caso queira comentar,será um privilégio ler suas ponderações!
Respeitosamente,
Thiago Pires_Editor Blog Interesse Nacional
a gang do Putin, óbvio!
augusto
Milhazes;
A esquerda já tem o veredicto: foi o governo George W. Bush.
Saudações.
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